Maior nível de atividade física associa-se a melhor função cognitiva em renais crônicos em hemodiálise
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Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://dx.doi.org/10.5935/0101-2800.20120028 http://hdl.handle.net/11449/11307 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: Pacientes com doença renal crônica (DRC) apresentam menor tolerância ao exercício e baixa capacidade funcional, o que os torna, via de regra, sedentários. Outra alteração importante encontrada na DRC é a disfunção cognitiva. O sedentarismo tem sido associado à disfunção cognitiva na população geral, porém, poucos estudos avaliaram essa associação na DRC. OBJETIVOS: Verificar associação entre o nível de atividade física e a função cognitiva de pacientes com DRC que realizam hemodiálise (HD). MÉTODOS: Foram avaliados 102 pacientes que realizam HD. Os participantes responderam o Questionário Internacional de Atividade Física, que avalia o nível de atividade física e o Mini Exame do Estado Mental, utilizado para o rastreamento cognitivo. Os pacientes foram divididos em três grupos conforme a classificação do nível de atividade física (GI: ativos/GII: irregularmente ativos/GIII: sedentários). Foi aplicada análise de regressão logística adotando-se como variável desfecho a presença de disfunção cognitiva e preservando como variáveis independentes aquelas com probabilidade estatística de diferença entre os grupos inferior a 0,1. Foi considerado estatisticamente significante o valor de p inferior a 0,05. RESULTADOS: Os grupos foram semelhantes quanto à idade, tempo de HD, escolaridade e tabagismo. Apresentaram diferença estatisticamente significante quanto à raça, índice de massa corporal, presença de diabetes mellitus, doença de base e grau de déficit cognitivo. Quanto aos dados laboratoriais, os grupos diferiram quanto à creatinina, glicemia, hemoglobina e hematócrito. Houve associação entre o nível de atividade física e função cognitiva, mesmo ajustando-se para as variáveis de confusão. CONCLUSÃO: O maior nível de atividade física associou-se a melhor função cognitiva em renais crônicos em HD, independentemente das variáveis de confusão avaliadas. |
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Maior nível de atividade física associa-se a melhor função cognitiva em renais crônicos em hemodiáliseGreater level of physical activity associated with better cognitive function in hemodialysis in end stage renal diseasediáliseexercíciotranstornos cognitivosuremiacognition disordersdialysisexerciseuremiaINTRODUÇÃO: Pacientes com doença renal crônica (DRC) apresentam menor tolerância ao exercício e baixa capacidade funcional, o que os torna, via de regra, sedentários. Outra alteração importante encontrada na DRC é a disfunção cognitiva. O sedentarismo tem sido associado à disfunção cognitiva na população geral, porém, poucos estudos avaliaram essa associação na DRC. OBJETIVOS: Verificar associação entre o nível de atividade física e a função cognitiva de pacientes com DRC que realizam hemodiálise (HD). MÉTODOS: Foram avaliados 102 pacientes que realizam HD. Os participantes responderam o Questionário Internacional de Atividade Física, que avalia o nível de atividade física e o Mini Exame do Estado Mental, utilizado para o rastreamento cognitivo. Os pacientes foram divididos em três grupos conforme a classificação do nível de atividade física (GI: ativos/GII: irregularmente ativos/GIII: sedentários). Foi aplicada análise de regressão logística adotando-se como variável desfecho a presença de disfunção cognitiva e preservando como variáveis independentes aquelas com probabilidade estatística de diferença entre os grupos inferior a 0,1. Foi considerado estatisticamente significante o valor de p inferior a 0,05. RESULTADOS: Os grupos foram semelhantes quanto à idade, tempo de HD, escolaridade e tabagismo. Apresentaram diferença estatisticamente significante quanto à raça, índice de massa corporal, presença de diabetes mellitus, doença de base e grau de déficit cognitivo. Quanto aos dados laboratoriais, os grupos diferiram quanto à creatinina, glicemia, hemoglobina e hematócrito. Houve associação entre o nível de atividade física e função cognitiva, mesmo ajustando-se para as variáveis de confusão. CONCLUSÃO: O maior nível de atividade física associou-se a melhor função cognitiva em renais crônicos em HD, independentemente das variáveis de confusão avaliadas.INTRODUCTION: Patients with chronic kidney disease (CKD) have a lower exercise tolerance and poor functional capacity, carry on a sedentary lifestyle. Another important change found in patients with CKD is cognitive dysfunction. Physical inactivity has been associated with cognitive dysfunction in the general population, but few studies have evaluated this association in CKD. OBJECTIVES: To assess the association between physical activity and cognitive function in patients with CKD on hemodialysis (HD). METHODS: We evaluated 102 patients undergoing HD. The participants completed the International Physical Activity Questionnaire, which assesses the level of physical activity and the Mini Mental State Examination, used for cognitive screening. Patients were divided into three groups according to their level of physical activity (GI: active/GII: irregularly active/GIII: sedentary). It was applied logistic regression analysis and adopted as outcome variable the presence of cognitive impairment and preserving as independent variables those with a probability of statistical difference between groups of less than 0.1. It was considered statistically significant when p less than 0.05. RESULTS: The groups were similar in age, duration of HD, and smoking. Statistically significant difference regarding race, body mass index, diabetes mellitus, underlying disease and degree of cognitive impairment. Regarding laboratory data, the groups differed in terms of creatinine, glucose, hemoglobin and hematocrit. There was significant association with better physical activity and cognitive function, even adjusting for confounding variables. CONCLUSION: the highest level of physical activity was associated with better cognitive function in CKD patients undergoing HD.UNESP Faculdade de Medicina de BotucatuUNESP Faculdade de Medicina de BotucatuSociedade Brasileira de NefrologiaUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Stringuetta-Belik, Fernanda [UNESP]Shiraishi, Flávio Gobbis [UNESP]Oliveira e Silva, Viviana Rugolo [UNESP]Barretti, Pasqual [UNESP]Caramori, Jacqueline Socorro Costa Teixeira [UNESP]Villas Bôas, Paulo José Fortes [UNESP]Martin, Luis Cuadrado [UNESP]Franco, Roberto Jorge da Silva [UNESP]2014-05-20T13:33:04Z2014-05-20T13:33:04Z2012-12-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article378-386application/pdfhttp://dx.doi.org/10.5935/0101-2800.20120028Jornal Brasileiro de Nefrologia. Sociedade Brasileira de Nefrologia, v. 34, n. 4, p. 378-386, 2012.0101-2800http://hdl.handle.net/11449/1130710.5935/0101-2800.20120028S0101-28002012000400011S0101-28002012000400011.pdf5496411983893479709593355785515149232031684466150000-0003-4979-4836SciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporJornal Brasileiro de Nefrologiainfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-08-14T17:23:09Zoai:repositorio.unesp.br:11449/11307Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-14T17:23:09Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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