Farmácia Viva e Educação Popular em Saúde: compartilhando saberes das plantas medicinais no município de Araraquara

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leite, Ana Luiza Mamede [UNESP]
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: https://hdl.handle.net/11449/257053
Resumo: A Educação Popular (EP) trata-se de uma prática político-pedagógica orientada pela construção de uma sociedade mais justa, democrática e não excludente, que para isso, busca valorizar a autonomia dos indivíduos a partir de vivências que possibilitem com que estes compreendam o mundo com novas percepções, proporcionando a eles a decisão de trilharem seus próprios caminhos. No que se diz respeito ao campo da saúde, a Educação Popular em Saúde (EPS) traz como metodologia um trabalho social, de imersão na realidade das classes populares por meio da valorização do diálogo e dos saberes prévios dos educandos como um instrumento de reorientação da atenção à saúde, com base em uma perspectiva participativa, amorosa, criativa e emancipadora. Em práticas como a fitoterapia, a relação dialógica entre a população e as instituições de saúde é relevante para o desenvolvimento da autoestima e autonomia dos pacientes acerca das suas opções terapêuticas e orientações corretas em relação às suas escolhas. O Projeto Farmácias Vivas (FV), criado pelo Prof. Dr. Francisco José de Abreu Matos da Universidade do Ceará (UFC) foi o primeiro programa de assistência social farmacêutica baseado na segurança e na eficácia terapêutica das plantas medicinais e orientado em integrar o seu uso tradicional com o científico. Em 2019, inspirado nas FV e na Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF) foi criado o projeto de extensão universitária "Implementação de um projeto piloto de Farmácia Viva em uma Unidade de Saúde em Araraquara-SP". Tal projeto procurou contribuir para o fortalecimento da fitoterapia no município, implementando uma horta medicinal e promovendo ações de educação em saúde relacionadas ao uso de plantas medicinais na Unidade de Saúde da Família (USF) Adalberto Roxo I e II "Dr. Antônio Carlos Pizzolitto". Nessa direção, o presente trabalho teve como objetivo utilizar a metodologia de Educação Popular em Saúde para desenvolver as ações de educação em saúde no Projeto Piloto de Farmácia Viva, através de rodas de conversas, oficinas, capacitações e produção de materiais didáticos, atuando com ênfase na valorização do compartilhamento de saberes, no acolhimento e com um olhar integral sobre os sujeitos. O trabalho desenvolvido a partir desta metodologia evidenciou resultados extremamente positivos no que se diz respeito ao engajamento da comunidade e da equipe de saúde sobre as temáticas abordadas nas atividades, resgatando também a autonomia dos indivíduos para o uso das plantas medicinais como uma opção terapêutica acessível e segura.
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No que se diz respeito ao campo da saúde, a Educação Popular em Saúde (EPS) traz como metodologia um trabalho social, de imersão na realidade das classes populares por meio da valorização do diálogo e dos saberes prévios dos educandos como um instrumento de reorientação da atenção à saúde, com base em uma perspectiva participativa, amorosa, criativa e emancipadora. Em práticas como a fitoterapia, a relação dialógica entre a população e as instituições de saúde é relevante para o desenvolvimento da autoestima e autonomia dos pacientes acerca das suas opções terapêuticas e orientações corretas em relação às suas escolhas. O Projeto Farmácias Vivas (FV), criado pelo Prof. Dr. Francisco José de Abreu Matos da Universidade do Ceará (UFC) foi o primeiro programa de assistência social farmacêutica baseado na segurança e na eficácia terapêutica das plantas medicinais e orientado em integrar o seu uso tradicional com o científico. Em 2019, inspirado nas FV e na Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF) foi criado o projeto de extensão universitária "Implementação de um projeto piloto de Farmácia Viva em uma Unidade de Saúde em Araraquara-SP". Tal projeto procurou contribuir para o fortalecimento da fitoterapia no município, implementando uma horta medicinal e promovendo ações de educação em saúde relacionadas ao uso de plantas medicinais na Unidade de Saúde da Família (USF) Adalberto Roxo I e II "Dr. Antônio Carlos Pizzolitto". Nessa direção, o presente trabalho teve como objetivo utilizar a metodologia de Educação Popular em Saúde para desenvolver as ações de educação em saúde no Projeto Piloto de Farmácia Viva, através de rodas de conversas, oficinas, capacitações e produção de materiais didáticos, atuando com ênfase na valorização do compartilhamento de saberes, no acolhimento e com um olhar integral sobre os sujeitos. O trabalho desenvolvido a partir desta metodologia evidenciou resultados extremamente positivos no que se diz respeito ao engajamento da comunidade e da equipe de saúde sobre as temáticas abordadas nas atividades, resgatando também a autonomia dos indivíduos para o uso das plantas medicinais como uma opção terapêutica acessível e segura.Popular Education is a political-pedagogical practice guided by the construction of a more just, democratic and non-excluding society, which for this purpose seeks to value the autonomy of individuals based on experiences that enable them to understand the world with new perceptions, giving them the decision to follow their own path. With regard to the field of health, Popular Health Education uses social work as a methodology, immersion in the reality of the popular classes through valuing dialogue and prior knowledge of students as an instrument for reorienting the health care, based on a participatory, loving, creative, and emancipating perspective. In practices such as phytotherapy, the dialogical relationship between the population and health institutions is relevant for the development of self-esteem and autonomy of patients in relation to their therapeutic options and correct guidance regarding their choices. The Farmácias Vivas Project, created by Prof. Dr. Francisco José de Abreu Matos of the University of Ceará was the first pharmaceutical social assistance program, based on the safety and therapeutic efficacy of medicinal plants and guided by a methodology that integrates its traditional and scientific use. In 2019, inspired by the Farmácia Viva and the National Policy on Medicinal and Phytotherapeutic Plants, a university extension project was created "Implementation of a pilot project of Farmácia Viva in a Health Unit in Araraquara-SP". This project sought to contribute to the strengthening of phytotherapy in the municipality, implementing a medicinal garden and promoting health education actions related to the use of medicinal plants at the Family Health Unit Adalberto Roxo I and II "Dr. Antônio Carlos Pizzolitto". In this direction, the present work aimed to use the methodology of Popular Education in Health to develop the actions of the Pilot Project of Farmácia Viva, through conversation circles, workshops, training and production of didactic materials, acting with emphasis on the appreciation of sharing of knowledge, in welcoming and with a comprehensive look at the subjects. The work carried out based on this methodology showed extremely positive results with regard to the engagement of the community and the health team on the themes addressed in the activities, also rescuing the autonomy of individuals for the use of medicinal plants as an accessible and affordable therapeutic option.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Moreira, Raquel Regina Duarte [UNESP]Oliveira, José Ricardo SoaresLeite, Ana Luiza Mamede [UNESP]2024-08-15T16:42:17Z2024-08-15T16:42:17Z2023-05-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfLEITE, Ana Luiza Mamede. Farmácia Viva e Educação Popular em Saúde: compartilhando saberes das plantas medicinais no município de Araraquara. 2023. 58 f. 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