O cotidiano de trabalho dos agentes comunitários de saúde: relações com os usuários e equipe de saúde
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/98423 |
Resumo: | Nos últimos anos, o agente comunitário de saúde (ACS) tem sido objeto de estudos, voltados para a análise de sua identidade na Estratégia de Saúde da Família (ESF). Nesse contexto, o presente estudo buscou apreender como os agentes comunitários da ESF, da cidade de Botucatu/SP, se percebem em seu cotidiano de trabalho. A pesquisa incluiu ACS de todas as Unidades de Saúde da Família do referido município. Foram realizados três grupos focais com quinze ACS no total, sendo agrupados com um representante de cada unidade. Em cada reunião, o agrupamento ocorreu a partir da visita em cada unidade, sorteio dos sujeitos e convite para participação nos grupos focais, sendo definido de acordo com o tempo de experiência profissional. O conteúdo absorvido dos três grupos focais realizados foi sistematizado em oito temas e 19 subtemas para sua análise e discussão. A análise dos dados mostrou que as maiores dificuldades eram referentes às condições de trabalho, ao tipo de população atendida e a burocracia existente no cotidiano. No que tange as relações dos agentes comunitários com os usuários, a necessidade do vínculo ficou evidenciada para o exercício da profissão. O agente espera ser bem recepcionado e as relações muitas vezes se confundem e vão além da profissional, tornando-se por vezes relações de amizade. A falta de suporte e a troca de profissionais atuantes na equipe como um todo é relatada como um fator negativo levando a descontinuidade do trabalho desenvolvido. Para o ACS ele não parece ser visto com a devida importância na equipe e os difíceis casos encontrados nas visitas domiciliares não são considerados com o valor que precisariam ter, culminando assim na falta de resolutividade do serviço e no baixo suporte para ele. Algumas sugestões principais podem ser apontadas, como a melhora da elucidação dos propósitos da ESF para a população e para... |
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O cotidiano de trabalho dos agentes comunitários de saúde: relações com os usuários e equipe de saúdeAgente comunitário de saúdeSaúde públicaHealthcare community agentFamily Healthcare StrategyNos últimos anos, o agente comunitário de saúde (ACS) tem sido objeto de estudos, voltados para a análise de sua identidade na Estratégia de Saúde da Família (ESF). Nesse contexto, o presente estudo buscou apreender como os agentes comunitários da ESF, da cidade de Botucatu/SP, se percebem em seu cotidiano de trabalho. A pesquisa incluiu ACS de todas as Unidades de Saúde da Família do referido município. Foram realizados três grupos focais com quinze ACS no total, sendo agrupados com um representante de cada unidade. Em cada reunião, o agrupamento ocorreu a partir da visita em cada unidade, sorteio dos sujeitos e convite para participação nos grupos focais, sendo definido de acordo com o tempo de experiência profissional. O conteúdo absorvido dos três grupos focais realizados foi sistematizado em oito temas e 19 subtemas para sua análise e discussão. A análise dos dados mostrou que as maiores dificuldades eram referentes às condições de trabalho, ao tipo de população atendida e a burocracia existente no cotidiano. No que tange as relações dos agentes comunitários com os usuários, a necessidade do vínculo ficou evidenciada para o exercício da profissão. O agente espera ser bem recepcionado e as relações muitas vezes se confundem e vão além da profissional, tornando-se por vezes relações de amizade. A falta de suporte e a troca de profissionais atuantes na equipe como um todo é relatada como um fator negativo levando a descontinuidade do trabalho desenvolvido. Para o ACS ele não parece ser visto com a devida importância na equipe e os difíceis casos encontrados nas visitas domiciliares não são considerados com o valor que precisariam ter, culminando assim na falta de resolutividade do serviço e no baixo suporte para ele. Algumas sugestões principais podem ser apontadas, como a melhora da elucidação dos propósitos da ESF para a população e para...In the last few years, community health agents (CHAs) have been the object of study in the analysis of their identity in the Family Health Strategy (FHS). In this context, the present study aimed at apprehending how community agents in the city of Botucatu/SP perceive themselves in their routine work. The study includes CHAs from all Family Health Units in the abovementioned city. Three focal groups consisting of a total number of fifteen CHAs were performed. The participants were grouped with one representative from each unit. In each meeting, grouping occurred from a visit to each unit, a random selection of subjects and an invitation to participate in the focal groups. Groups were defined according to the period of professional experience. The content absorbed from the three focal groups performed was systematized into eight themes and 19 sub-themes for analysis and discussion. Data analysis showed that the greatest difficulties were related to work conditions, the type of population assisted and the bureaucracy existing in routine work. As regards the relationship of community agents with users, the need for ties to exercise their profession was observed. Agents expect to be well received, and relationships are often mixed, reach beyond the professional sphere and, thus, sometimes become a friendship relation. The lack of support and the exchange of professionals working on the theme as a whole is reported as a negative factor that leads to discontinuity of the work developed. To the CHAs, they do not seem to be given their due importance on the team, and the difficult cases found during home visits are not as seriously considered as they should be, thus resulting in the lack of resolutivity in the service and little support to it. Some suggestions can be indicated, among which is the improvement in the elucidation of FHS purposes to the population and to the team itself... (Complete abstract click electronic access below)Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Martins, Sueli Terezinha Ferreira [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Gonçalves, Ivana Regina [UNESP]2014-06-11T19:29:34Z2014-06-11T19:29:34Z2009-08-31info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis147 f.application/pdfGONÇALVES, Ivana Regina. O cotidiano de trabalho dos agentes comunitários de saúde: relações com os usuários e equipe de saúde. 2009. 147 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina de Botucatu, 2009.http://hdl.handle.net/11449/98423000598688goncalves_ir_me_botfm.pdf33004064078P9Alephreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-09-04T13:10:59Zoai:repositorio.unesp.br:11449/98423Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462024-09-04T13:10:59Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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Nos últimos anos, o agente comunitário de saúde (ACS) tem sido objeto de estudos, voltados para a análise de sua identidade na Estratégia de Saúde da Família (ESF). Nesse contexto, o presente estudo buscou apreender como os agentes comunitários da ESF, da cidade de Botucatu/SP, se percebem em seu cotidiano de trabalho. A pesquisa incluiu ACS de todas as Unidades de Saúde da Família do referido município. Foram realizados três grupos focais com quinze ACS no total, sendo agrupados com um representante de cada unidade. Em cada reunião, o agrupamento ocorreu a partir da visita em cada unidade, sorteio dos sujeitos e convite para participação nos grupos focais, sendo definido de acordo com o tempo de experiência profissional. O conteúdo absorvido dos três grupos focais realizados foi sistematizado em oito temas e 19 subtemas para sua análise e discussão. A análise dos dados mostrou que as maiores dificuldades eram referentes às condições de trabalho, ao tipo de população atendida e a burocracia existente no cotidiano. No que tange as relações dos agentes comunitários com os usuários, a necessidade do vínculo ficou evidenciada para o exercício da profissão. O agente espera ser bem recepcionado e as relações muitas vezes se confundem e vão além da profissional, tornando-se por vezes relações de amizade. A falta de suporte e a troca de profissionais atuantes na equipe como um todo é relatada como um fator negativo levando a descontinuidade do trabalho desenvolvido. Para o ACS ele não parece ser visto com a devida importância na equipe e os difíceis casos encontrados nas visitas domiciliares não são considerados com o valor que precisariam ter, culminando assim na falta de resolutividade do serviço e no baixo suporte para ele. Algumas sugestões principais podem ser apontadas, como a melhora da elucidação dos propósitos da ESF para a população e para... |
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