Apoio no SUS: potências e desafios na efetivação das Rede de Atenção à Saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lauer, Paula Carvalho
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/180857
Resumo: A seguinte dissertação apresenta um trabalho cartográfico, elaborado a partir de minhas experiências de trabalho como apoiadora no SUS. Em 2015, iniciei um trabalho como psicóloga no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), sendo esse o cenário que me convidou a retornar à academia e a sistematizar parte do conhecimento produzido nesse cotidiano de trabalho. Objetiva-se aqui tecer uma reflexão acerca do papel do apoio para a efetivação das Redes de Atenção à Saúde (RAS), bem como para o fortalecimento do SUS, considerando a Atenção Primária (AP) como centro ordenador dessas redes. Através do relato das experiências vivenciadas neste contexto, o texto visa produzir análises desse cenário, exemplificado em casos-guia construídos a partir de situações do cotidiano de trabalho no NASF, embasando-as na legislação do SUS, em materiais didáticos produzidos pelo Ministério da Saúde e em textos balizadores das discussões teóricas acerca da função apoio e suas implicações no cenário da saúde pública. Nesse sentido, o texto discute o apoio matricial como metodologia de trabalho do NASF e sua interface com o apoio institucional enquanto possibilidade de transformação do modelo de gestão e de cuidado. Essas reflexões apontam como uma das potências da função apoio, a troca dos saberes entre as equipes, possibilitando a construção compartilhada de novos modos de produzir saúde. Observa-se ainda, que a aproximação de novas/os trabalhadoras/es, lançando novos olhares sobre os processos de trabalho, motiva e fortalece as equipes para o desenvolvimento de ações menos verticalizadas, mais compartilhadas, integrais e humanizadas. Outra potência verificada relaciona-se ao fato do apoio possibilitar à equipe o reconhecimento de que a mesma já desenvolve ações assertivas permitindo que essas/es trabalhadoras/es se apropriem dos saberes/fazeres contidos em suas próprias práticas. Muitos desafios estão postos no trabalho de apoio junto à AP, como a necessidade de ampliação das equipes de NASF, bem como da cobertura de AP local. No sentido de concretizar um apoio que favoreça a democratização das relações de gestão e de cuidado, se faz necessário também o incremento da formação de trabalhadoras/es do NASF de forma permanente e sistematizada.
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Através do relato das experiências vivenciadas neste contexto, o texto visa produzir análises desse cenário, exemplificado em casos-guia construídos a partir de situações do cotidiano de trabalho no NASF, embasando-as na legislação do SUS, em materiais didáticos produzidos pelo Ministério da Saúde e em textos balizadores das discussões teóricas acerca da função apoio e suas implicações no cenário da saúde pública. Nesse sentido, o texto discute o apoio matricial como metodologia de trabalho do NASF e sua interface com o apoio institucional enquanto possibilidade de transformação do modelo de gestão e de cuidado. Essas reflexões apontam como uma das potências da função apoio, a troca dos saberes entre as equipes, possibilitando a construção compartilhada de novos modos de produzir saúde. Observa-se ainda, que a aproximação de novas/os trabalhadoras/es, lançando novos olhares sobre os processos de trabalho, motiva e fortalece as equipes para o desenvolvimento de ações menos verticalizadas, mais compartilhadas, integrais e humanizadas. Outra potência verificada relaciona-se ao fato do apoio possibilitar à equipe o reconhecimento de que a mesma já desenvolve ações assertivas permitindo que essas/es trabalhadoras/es se apropriem dos saberes/fazeres contidos em suas próprias práticas. Muitos desafios estão postos no trabalho de apoio junto à AP, como a necessidade de ampliação das equipes de NASF, bem como da cobertura de AP local. No sentido de concretizar um apoio que favoreça a democratização das relações de gestão e de cuidado, se faz necessário também o incremento da formação de trabalhadoras/es do NASF de forma permanente e sistematizada.The following dissertation presents a cartographic work, elaborated from my work experiences as a supporter in SUS (Unique Health System – the brazilian public health care). In 2015, I have started working as a psychologist at the Family Health Support Center (NASF), being this the scenario that invited me to return to the academy and systematize some of the knowledge produced in this daily work. The objective here is to reflect about the role of support for the implementation of Health Care Networks (RAS), as well as for the strengthening of the SUS, considering Primary Health Care (AP) as the coordinating center of these networks. Through the report of the experiences lived in this context, the text aims to produce analyzes of this scenario, exemplified in guide cases constructed from situations of daily work in the NASF, based on SUS´s legislation, in didactic materials produced by the Ministry of Health and in texts that support the theoretical discussions about the support function and its implications in the public health scenario. In this sense, the text discusses the matrix support as NASF’s work methodology and its interface with the institutional support as a transformation possibility of the management and care model. These reflections point out the exchange of knowledge between teams as one of the strenghts of the support function, enabling the shared construction on new ways to produce health. It is also observed that the approach of new workers, bringing new views on the working processes, motivates and strengthens the teams for the development of less verticalized, more shared, integrals and humanized actions. Another verified strenght relates to the fact that the support allows the team to recognize that they already develop assertive actions, allowing these workers to appropriate the knowledges / actions contained in their own practices. Many challenges lie in AP support work, such as the need to expand NASF’s teams as well as local AP coverage. In order to concretize a support that favors the democratization of management and care relations, it is also necessary to increase the training of NASF’s workers in a permanent and systematized basis.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Yasui, Silvio [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Lauer, Paula Carvalho2019-02-26T19:04:12Z2019-02-26T19:04:12Z2018-08-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/18085700091326733004048021P6porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-18T13:45:54Zoai:repositorio.unesp.br:11449/180857Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-06-18T13:45:54Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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