Imigração e epidemias no estado de São Paulo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1996 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://dx.doi.org/10.1590/S0104-59701996000200004 http://hdl.handle.net/11449/29912 |
Resumo: | Esse artigo tem por objetivo apresentar e discutir aspectos de interesse sanitário no processo de imigração estrangeira para o estado de São Paulo, na primeira década após a proclamação da República. Objetiva também apresentar as relações da imigração com a formação dos serviços sanitários estaduais e com a elaboração do modelo tecno-assistencial por eles adotado a partir da década de 1890. Num momento em que a febre amarela era a mais freqüente e letal das epidemias que afetavam o estado, matando principalmente os estrangeiros, a defesa do fluxo migratório foi um dos fios condutores das ações em saúde pública. A combinação entre os interesses da cafeicultura, a expansão ferroviária, imigração e febre amarela definiu os rumos da ação sanitária promovida pelas oligarquias no poder nesse período em São Paulo. A organização autoritária do Estado brasileiro não dava espaço à implantação de ações individuais de assistência à saúde. Sempre reivindicada pela população urbana e rural, somente com o desenvolvimento da medicina previdenciária no país, na década de 1930, difundiram-se as ações de assistência individual à saúde. |
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Imigração e epidemias no estado de São PauloImmigration and epidemics in the state of São Paulohistória da saúde públicaimigraçãofebre amarelaepidemiologiahistória da ciênciahistory of public healthimmigrationyellow feverepidemiologyhistory of scienceEsse artigo tem por objetivo apresentar e discutir aspectos de interesse sanitário no processo de imigração estrangeira para o estado de São Paulo, na primeira década após a proclamação da República. Objetiva também apresentar as relações da imigração com a formação dos serviços sanitários estaduais e com a elaboração do modelo tecno-assistencial por eles adotado a partir da década de 1890. Num momento em que a febre amarela era a mais freqüente e letal das epidemias que afetavam o estado, matando principalmente os estrangeiros, a defesa do fluxo migratório foi um dos fios condutores das ações em saúde pública. A combinação entre os interesses da cafeicultura, a expansão ferroviária, imigração e febre amarela definiu os rumos da ação sanitária promovida pelas oligarquias no poder nesse período em São Paulo. A organização autoritária do Estado brasileiro não dava espaço à implantação de ações individuais de assistência à saúde. Sempre reivindicada pela população urbana e rural, somente com o desenvolvimento da medicina previdenciária no país, na década de 1930, difundiram-se as ações de assistência individual à saúde.The article discusses sanitation issues as aspects of the process of foreign immigration into São Paulo state during the first decade after the Proclamation of the Republic. The text also shows the relationships between this wave of immigration and the structuring of state sanitation services and the devising of the techno assistance model adopted by these services as of the 1890' s. At a time when yellow fever was the most common and lethal of the epidemics plaguing that state killing mainly foreigners one of the lodestars of public health actions was the defense of this inflow of immigrants. The interests of coffee growers, expansion of the railroads, immigration, and yellow fever all came into play when the oligarchies then in power in São Paulo defined what direction sanitation measures would take. The Brazilian government's authoritarian organization left no room for individual health assistance initiatives. Long a demand of both urban and rural populations, forms of individual health assistance became widespread only in the 1930' s, when Brazil developed its social health-care system.Universidade Estadual Paulista Faculdade de Ciências FarmacêuticasUniversidade Estadual Paulista Faculdade de Ciências FarmacêuticasCasa de Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo CruzUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Telarolli Junior, Rodolpho [UNESP]2014-05-20T15:16:07Z2014-05-20T15:16:07Z1996-10-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article265-283application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S0104-59701996000200004História, Ciências, Saúde-Manguinhos. Casa de Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, v. 3, n. 2, p. 265-283, 1996.0104-5970http://hdl.handle.net/11449/2991210.1590/S0104-59701996000200004S0104-59701996000200004S0104-59701996000200004.pdf71579694041788750000-0002-9070-4778SciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporHistória, Ciências, Saúde: Manguinhos0,144info:eu-repo/semantics/openAccess2024-06-24T13:08:00Zoai:repositorio.unesp.br:11449/29912Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-06-24T13:08Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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Esse artigo tem por objetivo apresentar e discutir aspectos de interesse sanitário no processo de imigração estrangeira para o estado de São Paulo, na primeira década após a proclamação da República. Objetiva também apresentar as relações da imigração com a formação dos serviços sanitários estaduais e com a elaboração do modelo tecno-assistencial por eles adotado a partir da década de 1890. Num momento em que a febre amarela era a mais freqüente e letal das epidemias que afetavam o estado, matando principalmente os estrangeiros, a defesa do fluxo migratório foi um dos fios condutores das ações em saúde pública. A combinação entre os interesses da cafeicultura, a expansão ferroviária, imigração e febre amarela definiu os rumos da ação sanitária promovida pelas oligarquias no poder nesse período em São Paulo. A organização autoritária do Estado brasileiro não dava espaço à implantação de ações individuais de assistência à saúde. Sempre reivindicada pela população urbana e rural, somente com o desenvolvimento da medicina previdenciária no país, na década de 1930, difundiram-se as ações de assistência individual à saúde. |
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