Relação de marcadores do metabolismo do ferro com a intensidade da esteato hepatite não alcoólica (EHNA) em obesos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Marise Pereira da [UNESP]
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/149869
Resumo: A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é a alteração mais comum do metabolismo hepático, associada à obesidade, resistência à insulina e à síndrome metabólica. Compreende amplo espectro de alterações, que tem em comum a esteatose, em indivíduos que não consomem álcool. Além da sobrecarga de ingestão calórica, outros fatores como alterações do metabolismo do ferro podem estar relacionados à patogênese ou progressão da DHGNA. Analisamos no presente estudo as possíveis relações de marcadores do metabolismo do ferro com a intensidade das lesões hepáticas na DHGNA em indivíduos obesos. Foram estudados 88 indivíduos adultos, de ambos os gêneros, obesos (IMC >30), com diagnóstico histológico de DHGNA, acompanhados no ambulatório de Gastroenterologia e Hepatologia da FMB-Unesp. Os marcadores do metabolismo do ferro avaliados foram: níveis séricos de ferro, ferritina e transferrina, bem como o índice de saturação da transferrina (IST). A presença e intensidade da deposição de ferro no parênquima hepático foram investigadas pelo método histoquímico do Azul da Prússia (Perls). A intensidade da esteatose e o grau de fibrose foram avaliados nas biópsias hepáticas. Dos 88 indivíduos avaliados, 31 (35,2 %) apresentaram aumento dos níveis séricos de ferritina e 12 (13,6%) apresentaram valores de IST acima de 45 %. A avaliação histológica, das biópsias hepáticas, demonstrou a presença de fibrose em 48/88 casos (54,54%), sendo 21/88 (23,86%) de intensidade leve e 27/88 (30,68%) casos moderada/grave. A investigação da presença de hemossiderina demonstrou depósitos granulares finos no citoplasma dos hepatócitos periportais em 17/88 biópsias (19,32%). Não houve associação da presença de hemossiderina no parênquima hepático com a intensidade da fibrose. A análise de regressão logística identificou a presença de DMT2 ou glicemia de jejum > 100, dislipidemia e a presença de inflamação mista (lobular e portal) como fatores independentemente associados com a fibrose. Os resultados do presente estudo demonstraram que a presença do ferro no parênquima hepático é discreta em indivíduos obesos com DHGNA e provavelmente provavelmente não relacionada à patogênese ou progressão das lesões hepáticas que ocorrem nesta entidade.
id UNSP_e81cf650e1d59c4ca5320bac7a13854f
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/149869
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling Relação de marcadores do metabolismo do ferro com a intensidade da esteato hepatite não alcoólica (EHNA) em obesosRelationship iron metabolism markers with the intensity of Nonalcoholic steatohepatitis (NASH) in obeseDoença hepáticaEsteato hepatite não alcoólicaMetabolismo do ferroObesidadeLiver deseaseNonalcoholic steatohepatitisObesityIron metabolismA doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é a alteração mais comum do metabolismo hepático, associada à obesidade, resistência à insulina e à síndrome metabólica. Compreende amplo espectro de alterações, que tem em comum a esteatose, em indivíduos que não consomem álcool. Além da sobrecarga de ingestão calórica, outros fatores como alterações do metabolismo do ferro podem estar relacionados à patogênese ou progressão da DHGNA. Analisamos no presente estudo as possíveis relações de marcadores do metabolismo do ferro com a intensidade das lesões hepáticas na DHGNA em indivíduos obesos. Foram estudados 88 indivíduos adultos, de ambos os gêneros, obesos (IMC >30), com diagnóstico histológico de DHGNA, acompanhados no ambulatório de Gastroenterologia e Hepatologia da FMB-Unesp. Os marcadores do metabolismo do ferro avaliados foram: níveis séricos de ferro, ferritina e transferrina, bem como o índice de saturação da transferrina (IST). A presença e intensidade da deposição de ferro no parênquima hepático foram investigadas pelo método histoquímico do Azul da Prússia (Perls). A intensidade da esteatose e o grau de fibrose foram avaliados nas biópsias hepáticas. Dos 88 indivíduos avaliados, 31 (35,2 %) apresentaram aumento dos níveis séricos de ferritina e 12 (13,6%) apresentaram valores de IST acima de 45 %. A avaliação histológica, das biópsias hepáticas, demonstrou a presença de fibrose em 48/88 casos (54,54%), sendo 21/88 (23,86%) de intensidade leve e 27/88 (30,68%) casos moderada/grave. A investigação da presença de hemossiderina demonstrou depósitos granulares finos no citoplasma dos hepatócitos periportais em 17/88 biópsias (19,32%). Não houve associação da presença de hemossiderina no parênquima hepático com a intensidade da fibrose. A análise de regressão logística identificou a presença de DMT2 ou glicemia de jejum > 100, dislipidemia e a presença de inflamação mista (lobular e portal) como fatores independentemente associados com a fibrose. Os resultados do presente estudo demonstraram que a presença do ferro no parênquima hepático é discreta em indivíduos obesos com DHGNA e provavelmente provavelmente não relacionada à patogênese ou progressão das lesões hepáticas que ocorrem nesta entidade.The nonalcoholic fatty liver disease (NAFLD) is the most common modification of hepatic metabolism associated with obesity, insulin resistance and the metabolic syndrome. It comprises wide spectrum of changes, which have in common steatosis in individuals who do not consume alcohol. Besides calorie intake overload, other factors such as iron metabolism disorders may be related to the pathogenesis or progression of NAFLD. We analyzed in the present study the possible relationship of iron metabolism markers with the severity of liver injury in NAFLD in obese individuals. 88 adult subjects were studied, of both genders, obese (BMI> 30), with histological diagnosis of NAFLD, from ambulatory of gastroenterology and hepatology - FMB-Unesp. The markers of iron metabolism evaluated were: serum iron, transferrin and ferritin as well as the transferrin saturation index (STI). The presence and intensity of iron deposition in the liver parenchyma were investigated by histochemical method of Prussian blue (Perls). The intensity of steatosis and degree of fibrosis in liver biopsies were evaluated. Of the 88 individuals evaluated, 31 (35.2%) showed increased serum ferritin levels and 12 (13.6%) presented IST values above 45%. Histological evaluation of liver biopsies showed the presence of fibrosis in 48/88 cases (54.54%) and 21/88 (23.86%) mild and 27/88 (30.68%) moderate cases /serious. The investigation showed the presence of hemosiderin deposits in fine granular cytoplasm of periportal hepatocytes in 17/88 biopsies (19.32%). There was no association between the presence of hemosiderin in the liver parenchyma with the intensity of fibrosis. Logistic regression analysis identified the presence of T2DM or fasting glucose > 100, dyslipidemia and the presence of mixed inflammation (lobular and portal) as factors independently associated with fibrosis. The results of this study demonstrated that the presence of iron in the liver parenchyma is slight in obese subjects with NAFLD and probably not related to the pathogenesis or progression of liver damage occurring in this entity.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Caramori, Carlos Antonio [UNESP]Rodrigues, Maria Aparecida Marchesan [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Silva, Marise Pereira da [UNESP]2017-03-22T17:41:47Z2017-03-22T17:41:47Z2016-06-24info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/14986900087319633004064020P05518720125698768porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-11-23T06:10:12Zoai:repositorio.unesp.br:11449/149869Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462023-11-23T06:10:12Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Relação de marcadores do metabolismo do ferro com a intensidade da esteato hepatite não alcoólica (EHNA) em obesos
Relationship iron metabolism markers with the intensity of Nonalcoholic steatohepatitis (NASH) in obese
title Relação de marcadores do metabolismo do ferro com a intensidade da esteato hepatite não alcoólica (EHNA) em obesos
spellingShingle Relação de marcadores do metabolismo do ferro com a intensidade da esteato hepatite não alcoólica (EHNA) em obesos
Silva, Marise Pereira da [UNESP]
Doença hepática
Esteato hepatite não alcoólica
Metabolismo do ferro
Obesidade
Liver desease
Nonalcoholic steatohepatitis
Obesity
Iron metabolism
title_short Relação de marcadores do metabolismo do ferro com a intensidade da esteato hepatite não alcoólica (EHNA) em obesos
title_full Relação de marcadores do metabolismo do ferro com a intensidade da esteato hepatite não alcoólica (EHNA) em obesos
title_fullStr Relação de marcadores do metabolismo do ferro com a intensidade da esteato hepatite não alcoólica (EHNA) em obesos
title_full_unstemmed Relação de marcadores do metabolismo do ferro com a intensidade da esteato hepatite não alcoólica (EHNA) em obesos
title_sort Relação de marcadores do metabolismo do ferro com a intensidade da esteato hepatite não alcoólica (EHNA) em obesos
author Silva, Marise Pereira da [UNESP]
author_facet Silva, Marise Pereira da [UNESP]
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Caramori, Carlos Antonio [UNESP]
Rodrigues, Maria Aparecida Marchesan [UNESP]
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.contributor.author.fl_str_mv Silva, Marise Pereira da [UNESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Doença hepática
Esteato hepatite não alcoólica
Metabolismo do ferro
Obesidade
Liver desease
Nonalcoholic steatohepatitis
Obesity
Iron metabolism
topic Doença hepática
Esteato hepatite não alcoólica
Metabolismo do ferro
Obesidade
Liver desease
Nonalcoholic steatohepatitis
Obesity
Iron metabolism
description A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é a alteração mais comum do metabolismo hepático, associada à obesidade, resistência à insulina e à síndrome metabólica. Compreende amplo espectro de alterações, que tem em comum a esteatose, em indivíduos que não consomem álcool. Além da sobrecarga de ingestão calórica, outros fatores como alterações do metabolismo do ferro podem estar relacionados à patogênese ou progressão da DHGNA. Analisamos no presente estudo as possíveis relações de marcadores do metabolismo do ferro com a intensidade das lesões hepáticas na DHGNA em indivíduos obesos. Foram estudados 88 indivíduos adultos, de ambos os gêneros, obesos (IMC >30), com diagnóstico histológico de DHGNA, acompanhados no ambulatório de Gastroenterologia e Hepatologia da FMB-Unesp. Os marcadores do metabolismo do ferro avaliados foram: níveis séricos de ferro, ferritina e transferrina, bem como o índice de saturação da transferrina (IST). A presença e intensidade da deposição de ferro no parênquima hepático foram investigadas pelo método histoquímico do Azul da Prússia (Perls). A intensidade da esteatose e o grau de fibrose foram avaliados nas biópsias hepáticas. Dos 88 indivíduos avaliados, 31 (35,2 %) apresentaram aumento dos níveis séricos de ferritina e 12 (13,6%) apresentaram valores de IST acima de 45 %. A avaliação histológica, das biópsias hepáticas, demonstrou a presença de fibrose em 48/88 casos (54,54%), sendo 21/88 (23,86%) de intensidade leve e 27/88 (30,68%) casos moderada/grave. A investigação da presença de hemossiderina demonstrou depósitos granulares finos no citoplasma dos hepatócitos periportais em 17/88 biópsias (19,32%). Não houve associação da presença de hemossiderina no parênquima hepático com a intensidade da fibrose. A análise de regressão logística identificou a presença de DMT2 ou glicemia de jejum > 100, dislipidemia e a presença de inflamação mista (lobular e portal) como fatores independentemente associados com a fibrose. Os resultados do presente estudo demonstraram que a presença do ferro no parênquima hepático é discreta em indivíduos obesos com DHGNA e provavelmente provavelmente não relacionada à patogênese ou progressão das lesões hepáticas que ocorrem nesta entidade.
publishDate 2016
dc.date.none.fl_str_mv 2016-06-24
2017-03-22T17:41:47Z
2017-03-22T17:41:47Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/11449/149869
000873196
33004064020P0
5518720125698768
url http://hdl.handle.net/11449/149869
identifier_str_mv 000873196
33004064020P0
5518720125698768
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803046615321149440