Instabilidade glicêmica em neonato equino com sepse: relato de caso

Bibliographic Details
Main Author: Vicentini, Yuri Ferreira [UNESP]
Publication Date: 2021
Other Authors: Lima, Anne Yaguinuma de [UNESP], Silvon, Laiza Thomasini [UNESP], Guedes, Renata da Cunha [UNESP], Leoni, Victoria Galvão [UNESP], Gomes, Thais da Silva [UNESP], Mendes, Luiz Cláudio Nogueira [UNESP], Lucas, Flávia de Almeida [UNESP]
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Source: Repositório Institucional da UNESP
Download full: http://hdl.handle.net/11449/243552
Summary: Introdução: A mensuração da glicemia em neonatos é de extrema importância devido à escassa reserva energética nesta fase, predispondo-os à hipoglicemia e o quadro se agrava em casos de sepse. Relato de caso: No Hospital Veterinário da FMVA-UNESP foi atendida uma potra com 1 mês de idade, SRD, mordida por outro equino na região cervical, onde se formou um abcesso/flegmão que serviu como fonte de infecção que se disseminou para a vértebra C3. Após 20 dias com infecção ativa e sem tratamento adequado na propriedade, o animal foi posicionado em decúbito lateral e após não conseguiu se manter em estação novamente, decorridos 4 dias deste fato foi levada ao HV. Resultado: O animal foi diagnosticado com fratura e osteomielite em C3 e sepse. Durante a internação a glicemia foi aferida com glicosímetro Accu-Chek® a cada 2 horas e foi observado uma instabilidade glicêmica (Figura 1), mesmo quando em infusão contínua de glicose 5% (4ml/kg/h) precedida de bolus (5ml de glicose 50% diluída em 15ml de ringer com lactato). Nos momentos em que a glicemia estava abaixo de 100mg/dL foi realizado bolus de glicose e remensuração após 15 minutos. A média de resposta no aumento da glicemia após os bolus foi de 11,5mg/dL, sendo que em uma das remensurações houve queda da glicemia, mesmo com o animal em infusão contínua de glicose. O quadro clínico não evoluiu como esperado, resultando em agravamento devido às demais complicações do decúbito quando se optou pela eutanásia. Após este procedimento foi coletado líquido cefalorraquidiano que se apresentava em hipoglicorraquia (61mg/dL, abaixo do valor de referência: 80mg/dL, correspondente a 2/3 da glicemia plasmática, que estava 120mg/dL). Conclusões: A instabilidade glicêmica ocorreu devido ao processo inflamatório instaurado, gerando maior demanda metabólica celular de glicose, que resultou em hipoglicorraquia.
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