Zoneamento geoambiental das áreas de influência da exploração de argila na região de Rio Claro (SP)

• Autor(a) principal: Silva, Cynthia Camargo da [UNESP]
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: https://hdl.handle.net/11449/257579
• topic: Zoneamento geoambiental; Sensoriamento remoto; Argila; Geoenvironmental zoning; Remote sensing; Clay

Rio Claro é um dos municípios que constituem o Pólo Cerâmico de Santa Gertrudes, principal produtor de revestimento cerâmico do país e da América Latina e apresenta uma consistente cadeia de produção que parte desde a extração da matéria prima, argilas e siltitos da Formação Corumbataí explotados através de cavas a céu aberto, até o beneficiamento e comércio do produto final. A atividade é uma das principais fontes de renda da região e gera centenas de empregos, assim, tendo em vista a sua importância, é imprescindível que sejam discutidos métodos e ferramentas que permitam o desenvolvimento sustentável da atividade minerária, base da cadeia produtiva do PCSG.O presente trabalho utilizou técnicas de sensoriamento remoto e zoneamento geoambiental para mapear as cavas de mineração de argila em uma distância de até 2km do Rio Corumbataí, principal curso d’água de Rio Claro, e as áreas de influência dessas cavas, visando caracterizar os impactos ambientais decorrentes da região e relacioná-los com a legislação vigente e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Como resultado foram mapeadas 12 cavas de mineração de argila, cujo local que se encontram foi caracterizado como Área das Cavas, que apresenta 50% dos empreendimentos alocados em uma distância menor que 500 metros da margem do Rio Corumbataí, além das zonas geoambientais caracterizadas como Área de Operações: locais onde ocorrem as demais fases relacionadas ao pré beneficiamento e beneficiamento do minério, Área de Agropecuária, Áreas úmidas: composta pelo Rio Corumbataí, seus afluentes diretos, nascentes e Áreas de Preservação Permanentes e a Área urbana/edificada. Identificou-se que as zonas se encontram relacionadas pela proximidade e pelos impactos ambientais que lhe são inerentes e que a zona Área úmida/alagável é a que apresenta maior fragilidade por estar suscetível aos impactos ambientais das outras zonas. No trabalho também se observou a inconformidade de algumas situações na área de estudo, conforme o Novo Código Florestal, a sustentabilidade da atividade minerária com base no Novo Código de Mineração e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, com propostas de medidas mitigadoras para tornar a atividade minerária no município de Rio Claro mais sustentável.