Avaliação dos efeitos do açaí (Euterpe oleracea Mart.) sobre a cardiotoxicidade aguda induzida pela doxorrubicina em ratos
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/150188 |
Resumo: | Introdução: a doxorubicina é um quimioterápico amplamente utilizado, mas apresenta a cardiotoxicidade como mais grave efeito colateral. A lesão miocárdica se inicia imediatamente após a infusão da droga e é mediada por lesão oxidativa, aumento de apoptose e ativação de metaloproteinases. O açaí é um fruto rico em antocianinas, que apresenta elevado efeito antioxidativo e anti-inflamatório. O objetivo do estudo foi avaliar o efeito do açaí na prevenção da disfunção ventricular e a influência no estresse oxidativo, na apoptose e na atividade das metaloproteinases de matriz no modelo experimental de cardiotoxicidade aguda induzida pela doxorrubicina em ratos. Material e métodos: Foram utilizados 64 ratos Wistar machos, alocados em 4 grupos: controle (C), açaí (A), doxorrubicina (D) e açaí-doxorrubicina (DA). Os ratos receberam dieta padrão (grupos C e D) ou dieta padrão suplementada com açaí a 5% (grupos A e DA) por 4 semanas. Após esse período receberam injeção de doxorrubicina 20mg/kg (grupos D e DA) ou salina (grupos C e A). Quarenta e oito horas após a injeção, foi realizado ecocardiograma e estudo do coração isolado e em seguida foi realizada eutanásia. Foi coletado tecido cardíaco para realização de zimografia, Western blot, avaliação do estresse oxidativo e metabolismo energético, além da dosagem da concentração dos metabólitos de oxido nítrico (NO) no soro. Os resultados foram analisados por ANOVA de duas vias e foi considerada significância estatística de 5%. Resultados: Os animais que receberam doxorrubicina apresentaram diminuição do peso corporal e diminuição da ingestão de água e ração após a injeção da droga e o açaí não interferiu nesses resultados. Quarenta e oito horas após a injeção da doxorrubicina, os animais que receberam apresentaram aumento do átrio esquerdo, aumento do diâmetro sistólico do ventrículo esquerdo, diminuição da fração de encurtamento do ventrículo esquerdo e diminuição da onda E’ septal ao doppler tissular. Quando os ratos receberam doxorrubicina e foram suplementados com açaí, houve melhora da fração de encurtamento e do E’ septal. A doxorrubicina reduziu a +dP/dt, a –dP/dt e a pressão sistólica máxima, sugerindo piora tanto na função sistólica, quanto diastólica, no entanto o açaí não foi capaz de prevenir a disfunção ventricular no estudo do coração isolado. A doxorrubicina também ativou MMP-2, aumentou o estresse oxidativo, provocou alterações no metabolismo energético, com predomínio do metabolismo glicídico e causou aumento na apoptose, evidenciado por aumento na expressão proteica da caspase-3 ativa. Quando o açaí foi administrado conjuntamente, observamos melhora do metabolismo energético cardíaco, porém sem efeito na atividade de metaloproteinases de matriz, no estresse oxidativo ou na apoptose. Não observamos diferenças nas dosagens séricas dos metabólitos do NO entre os grupos. Conclusão: A doxorrubicina induziu alterações na estrutura e função cardíaca, além de aumento do estresse oxidativo, mudanças no metabolismo energético, ativação de MMP-2 e aumento da apoptose. O açaí preveniu o aparecimento de disfunção cardíaca e atenuou as mudanças no metabolismo energético. |
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Avaliação dos efeitos do açaí (Euterpe oleracea Mart.) sobre a cardiotoxicidade aguda induzida pela doxorrubicina em ratosEvaluation of the effects of açaí (Euterpe oleracea Mart.) On acute cardiotoxicity induced by doxorubicin in ratsEstresse oxidativoDoxorrubicinaAçaíMetabolismo energéticoIntrodução: a doxorubicina é um quimioterápico amplamente utilizado, mas apresenta a cardiotoxicidade como mais grave efeito colateral. A lesão miocárdica se inicia imediatamente após a infusão da droga e é mediada por lesão oxidativa, aumento de apoptose e ativação de metaloproteinases. O açaí é um fruto rico em antocianinas, que apresenta elevado efeito antioxidativo e anti-inflamatório. O objetivo do estudo foi avaliar o efeito do açaí na prevenção da disfunção ventricular e a influência no estresse oxidativo, na apoptose e na atividade das metaloproteinases de matriz no modelo experimental de cardiotoxicidade aguda induzida pela doxorrubicina em ratos. Material e métodos: Foram utilizados 64 ratos Wistar machos, alocados em 4 grupos: controle (C), açaí (A), doxorrubicina (D) e açaí-doxorrubicina (DA). Os ratos receberam dieta padrão (grupos C e D) ou dieta padrão suplementada com açaí a 5% (grupos A e DA) por 4 semanas. Após esse período receberam injeção de doxorrubicina 20mg/kg (grupos D e DA) ou salina (grupos C e A). Quarenta e oito horas após a injeção, foi realizado ecocardiograma e estudo do coração isolado e em seguida foi realizada eutanásia. Foi coletado tecido cardíaco para realização de zimografia, Western blot, avaliação do estresse oxidativo e metabolismo energético, além da dosagem da concentração dos metabólitos de oxido nítrico (NO) no soro. Os resultados foram analisados por ANOVA de duas vias e foi considerada significância estatística de 5%. Resultados: Os animais que receberam doxorrubicina apresentaram diminuição do peso corporal e diminuição da ingestão de água e ração após a injeção da droga e o açaí não interferiu nesses resultados. Quarenta e oito horas após a injeção da doxorrubicina, os animais que receberam apresentaram aumento do átrio esquerdo, aumento do diâmetro sistólico do ventrículo esquerdo, diminuição da fração de encurtamento do ventrículo esquerdo e diminuição da onda E’ septal ao doppler tissular. Quando os ratos receberam doxorrubicina e foram suplementados com açaí, houve melhora da fração de encurtamento e do E’ septal. A doxorrubicina reduziu a +dP/dt, a –dP/dt e a pressão sistólica máxima, sugerindo piora tanto na função sistólica, quanto diastólica, no entanto o açaí não foi capaz de prevenir a disfunção ventricular no estudo do coração isolado. A doxorrubicina também ativou MMP-2, aumentou o estresse oxidativo, provocou alterações no metabolismo energético, com predomínio do metabolismo glicídico e causou aumento na apoptose, evidenciado por aumento na expressão proteica da caspase-3 ativa. Quando o açaí foi administrado conjuntamente, observamos melhora do metabolismo energético cardíaco, porém sem efeito na atividade de metaloproteinases de matriz, no estresse oxidativo ou na apoptose. Não observamos diferenças nas dosagens séricas dos metabólitos do NO entre os grupos. Conclusão: A doxorrubicina induziu alterações na estrutura e função cardíaca, além de aumento do estresse oxidativo, mudanças no metabolismo energético, ativação de MMP-2 e aumento da apoptose. O açaí preveniu o aparecimento de disfunção cardíaca e atenuou as mudanças no metabolismo energético.Introduction: the doxorubicin is a widely used chemotherapeutic, but it presents cardiotoxicity as a most severe side effect. The myocardial injury immediately begins after the infusion of the drug and is mediated by oxidative injury, increased apoptosis and Metalloproteinases activation. The açaí berry is a fruit rich in anthocyanins, which provides high antirust and antiinflammatory effect. The goal of this study is to evaluate the effect of the açaí berry in the prevention of ventricular dysfunction and the influence on oxidative stress, in the apoptosis and in the of matrix Metalloproteinases activity in the experimental model of acute cardiotoxicity induced by doxorubicin in rats. Material and methods: 64 male Wistar rats were used, allocated in four (4) groups: control (C), açaí (A), doxorubicin (D) and açaí-doxorubicin (AD). The rats received standard diet (groups C and D) or standard diet supplemented with açaí berry to 5% (groups A and AD) for 4 weeks. After this period the rats received doxorubicin injection 20 mg/kg (groups D and AD) or saline (groups C and A). Forty-eight hours after the injection, an Echocardiogram was performed and a study of the isolated heart, and the following procedure was the euthanasia performance. The cardiac tissue of the rats were collected for zymography, Western blot, oxidative stress and energy metabolism evaluation, as well as the metabolic concentration dosage determination of nitric oxide (NO) in the blood serum. The results were analyzed by a two-way ANOVA and there was a statistical significance of 5%. Results: the rats who received doxorubicin showed decreased body weight and decreased water intake and feed after the drug injection and also the açaí berry did not interfere in the results. Forty-eight hours after the doxorubicin injection, the animals which were injected presented an increased left atrium, increased left ventricle systolic diameter, left ventricle systolic diameter decrease, left ventricle shortening and E’ wave to doppler tissular decrease. When the rats received doxorubicin and were supplemented with açaí berry, there was an improvement of the shortening fraction an the E’. The doxorubicin reduced the + dP/dt,-dP/dt and the maximum systolic pressure, suggesting a worsening in both systolic and diastolic function, however the açaí berry was not capable of preventing de ventricular 10 dysfunction on the study of the isolated heart. We did not observe any differences in the NO metabolites dosage between the groups. The doxorubicin also activated MMP-2, increased oxidative stress, caused changes in energetic metabolism, with predominance of the glycidic metabolism and caused an increase in the apoptosis, evidenced by the increase in the active caspase 3 expression. When the açai berry was administered jointly, we observed an improvement of the cardiac energetic metabolism, with no effect in the metalloproteinases of matrix or in the apoptosis. Conclusion: The doxorubicin induced alterations in the structure and cardiac functions, besides the increase of the oxidative stress, energetic metabolism changes, MMP-2 activation and increase in apoptosis. The açaí berry prevented cardiac dysfunction and attenuated the energetic metabolism changes.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Polegato, Bertha Furlan [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Mathias, Lívia Maria Beraldo Simões [UNESP]2017-04-17T12:54:03Z2017-04-17T12:54:03Z2017-02-17info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/15018800088412533004064020P0porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-09-03T17:18:41Zoai:repositorio.unesp.br:11449/150188Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462024-09-03T17:18:41Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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Introdução: a doxorubicina é um quimioterápico amplamente utilizado, mas apresenta a cardiotoxicidade como mais grave efeito colateral. A lesão miocárdica se inicia imediatamente após a infusão da droga e é mediada por lesão oxidativa, aumento de apoptose e ativação de metaloproteinases. O açaí é um fruto rico em antocianinas, que apresenta elevado efeito antioxidativo e anti-inflamatório. O objetivo do estudo foi avaliar o efeito do açaí na prevenção da disfunção ventricular e a influência no estresse oxidativo, na apoptose e na atividade das metaloproteinases de matriz no modelo experimental de cardiotoxicidade aguda induzida pela doxorrubicina em ratos. Material e métodos: Foram utilizados 64 ratos Wistar machos, alocados em 4 grupos: controle (C), açaí (A), doxorrubicina (D) e açaí-doxorrubicina (DA). Os ratos receberam dieta padrão (grupos C e D) ou dieta padrão suplementada com açaí a 5% (grupos A e DA) por 4 semanas. Após esse período receberam injeção de doxorrubicina 20mg/kg (grupos D e DA) ou salina (grupos C e A). Quarenta e oito horas após a injeção, foi realizado ecocardiograma e estudo do coração isolado e em seguida foi realizada eutanásia. Foi coletado tecido cardíaco para realização de zimografia, Western blot, avaliação do estresse oxidativo e metabolismo energético, além da dosagem da concentração dos metabólitos de oxido nítrico (NO) no soro. Os resultados foram analisados por ANOVA de duas vias e foi considerada significância estatística de 5%. Resultados: Os animais que receberam doxorrubicina apresentaram diminuição do peso corporal e diminuição da ingestão de água e ração após a injeção da droga e o açaí não interferiu nesses resultados. Quarenta e oito horas após a injeção da doxorrubicina, os animais que receberam apresentaram aumento do átrio esquerdo, aumento do diâmetro sistólico do ventrículo esquerdo, diminuição da fração de encurtamento do ventrículo esquerdo e diminuição da onda E’ septal ao doppler tissular. Quando os ratos receberam doxorrubicina e foram suplementados com açaí, houve melhora da fração de encurtamento e do E’ septal. A doxorrubicina reduziu a +dP/dt, a –dP/dt e a pressão sistólica máxima, sugerindo piora tanto na função sistólica, quanto diastólica, no entanto o açaí não foi capaz de prevenir a disfunção ventricular no estudo do coração isolado. A doxorrubicina também ativou MMP-2, aumentou o estresse oxidativo, provocou alterações no metabolismo energético, com predomínio do metabolismo glicídico e causou aumento na apoptose, evidenciado por aumento na expressão proteica da caspase-3 ativa. Quando o açaí foi administrado conjuntamente, observamos melhora do metabolismo energético cardíaco, porém sem efeito na atividade de metaloproteinases de matriz, no estresse oxidativo ou na apoptose. Não observamos diferenças nas dosagens séricas dos metabólitos do NO entre os grupos. Conclusão: A doxorrubicina induziu alterações na estrutura e função cardíaca, além de aumento do estresse oxidativo, mudanças no metabolismo energético, ativação de MMP-2 e aumento da apoptose. O açaí preveniu o aparecimento de disfunção cardíaca e atenuou as mudanças no metabolismo energético. |
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