O uso de 'mesmo' em cartas do português brasileiro dos séculos XVIII, XIX e XX.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Peres, Ana Carolina Teixeira
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/202296
Resumo: Este estudo investiga o uso de mesmo no português brasileiro, tomando como suporte teórico a Gramática Discursivo-Funcional, desenvolvida por Hengeveld e Mackenzie (2008). A proposta consiste em investigar, na história do português, a multifuncionalidade desse constituinte, relacionando-a às camadas propostas por esse modelo teórico, tendo como hipótese a de que, o caráter pragmático ou semântico determina a codificação do Nível Morfossintático com relação à posição assumida na unidade sintática (Oração ou Sintagma). Para tanto, toma-se como universo de pesquisa cartas particulares e cartas oficiais extraídas do córpus do Projeto para a História do Português Brasileiro (https://sites.google.com/site/corporaphpb). Os objetivos consistem em (i) verificar se os diferentes usos são morfossintaticamente codificados pela posição que ocupam no domínio do sintagma ou da oração, e (ii) se há diferença no uso desse constituinte no decorrer dos séculos XVIII, XIX e XX. Os resultados revelam que mesmo, no Nível Interpessoal, escopa Subatos, indicando a categoria pragmática Ênfase ou a função pragmática Contraste, e ocupa as posições inicial (PI) ou final (PF) do sintagma; já no Nível Representacional, atua ou como núcleo, ocupando sempre a posição medial (PM) do sintagma, ou como operador de identidade, posicionando-se à esquerda (domínio de PI), ou ainda como modificador, podendo ocupar, nesse caso, posições no domínio de P M(PM-1ou PM+1).
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