Balanço hídrico da bacia do rio Corumbataí, SP: análise dos anos de 2013 e 2014

• Autor(a) principal: Pires, Felipe Henrique
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/238392
• topic: Bacia hidrográfica; Escoamento de base; Escoamento superficial; Balanço hídrico; Rio Corumbataí; Watershed; Base flow; Runoff; Water balance; Corumbataí River

O Brasil possui uma das maiores disponibilidades hídricas do mundo e junto a isso exerce grande papel na gestão de recursos hídricos, sendo que no estado de São Paulo ocorre uma divisão na exploração de água. A bacia do Rio Corumbataí é objeto de estudo deste trabalho e possui cinco sub-bacias que alimentam o rio principal. Desta forma, a gestão de recursos hídricos é considerada superficial, pois orienta as ações para uso da água captada. O objetivo deste estudo é elaborar o balanço hídrico da bacia. O Balanço hídrico é um método que utiliza as componentes do ciclo hidrológico e obedece ao princípio da continuidade e da conservação de massa. Para tal levantamento foram utilizados dados de estações pluviométricas e fluviométricas do DAEE, imagens de radar dos sensores IMERG (precipitação) e MODIS 16A02 (evapotranspiração). Nas estações pluviométricas foi proposta a utilização do método de Thiessen. Para os dados de escoamento de base e superficial, foi utilizado o método dos mínimos locais. O contexto geológico da bacia do Rio Corumbataí é situado por rochas do Paleozoico, Mesozoico e Cenozoico, com boa parte da bacia composta por rochas de maior porosidade e permeabilidade à rochas argilosas com porosidade baixa. Foram utilizadas onze estações pluviométricas para se calcular a média dos anos de 2013 a 2014, comparando os dados destas estações com os de radar. As vazões foram estudadas a partir de duas estações, a 4D-021 e 4D-023, gerando gráficos de escoamento superficial e de base, para depois estabelecer a curva de permanência com base nas vazões diárias. Na estação 4D-023 o Q95 foi 0.6 m³/s e a estação 4D-021 teve um Q95 de 5m³/s, calculando a produção específica de cada sub-bacia, respectivamente, 9.06 L/s/Km² e 3.14 L/s/Km². O balanço hídrico constatou que 68% e 110% representam a evapotranspiração dentro da bacia nos anos de 2013 e 2014. Com isso, os dados do sensor IMERG e a série histórica de pluviômetros são confiáveis para algumas avaliações de bacias hidrográficas, os filtros digitais foram satisfatórios para adquirir dados de escoamento de base e superficial. Também constatou-se que a alta produção específica está relacionado à geologia da bacia e que o ano de 2014 evidenciou um déficit hídrico por conta da diminuição do fluxo de base.