Infecção por reovirus aviário em frangos de corte no brasil: caracterização molecular de isolados e avaliação clínica, patológica e sorológica

• Autor(a) principal: Schaefer, Gustavo
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/217288
• topic: Artrite; Frango; Brasil; Infecção

Neste estudo, os sinais clínicos, exame patológico post-mortem, sorologia, isolamento viral e caracterização molecular de isolados de vírus foram direcionados para confirmar a ocorrência de infecção por Reovírus Aviário (ARV) em amostras de frangos de corte com artrite e tenossinovite criados em quatorze granjas distribuídas em unidades de avicultura em três estados brasileiros (Bahia - BA, Minas Gerais - MG e São Paulo - SP). Foram encontradas lesões macroscópicas e microscópicas características, como inchaço das articulações metatarsais e tenossinovite aguda a crônica, apresentando marcadas reações inflamatórias e hemorrágicas. A soroconversão entre pintos de um dia e frangos de abate foi detectada em frangos em unidades avícolas dos estados de MG e SP, enquanto altos títulos médios de anticorpos anti-ARV em ambas as idades foram detectados em granjas de BA. Quatorze isolados de ARV foram detectados por RT-qPCR e a análise de sequenciamento parcial de seu gene σC mostrou alta identidade com alguns isolados brasileiros recentes de ARV, mas esses vírus tinham alta variabilidade em relação às cepas de vacinas ARV e a filogenia os classificou em três grupos genéticos distintos: I (Subgrupo Ib), III e V. A variabilidade nos resíduos de aminoácidos deduzidos da proteína σC identificada nesses isolados de ARV resultou em mudanças relevantes na estrutura da proteína secundária e ocorreu predominantemente nos sítios antigênicos previstos desta proteína, incluindo aqueles que são críticos para neutralização de vírus. No geral, os resultados indicam que esses isolados de ARV com diferenças relevantes no gene σC e na proteína do capsídeo estão envolvidos na etiologia da artrite e tenossinovite que afeta frangos dessas granjas no Brasil e, devido à sua variabilidade genética e antigênica, eles podem não ser eficazes controlada por vacinas comerciais contra ARV contendo cepas de referência do agrupamento genético I.