Puérpio e escuta clínica: um trabalho preventivo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2003 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://proex.reitoria.unesp.br/congressos/Congressos/2__Congresso/Sa_de/Saude33.htm http://hdl.handle.net/11449/148352 |
Resumo: | Introdução: O presente trabalho versa sobre a adequação a algo “novo”, “desconhecido” às mulheres, causador de ansiedades, fantasias, temores...o puerpério, considerado como crise vital. Algumas mulheres sabem lidar melhor com esta situação, já outras, não possuem capacidade psíquica para vivenciar este momento carregado de angústia. Tal situação acompanha a mãe desde o início da gestação, prolongando-se para o momento do parto e após o nascimento, podendo ser intensificada ainda mais por fatores intra e interpessoais. Somam-se a isto, possíveis intercorrências do período de internação. A parturiente, portanto, pode encontrar-se emocionalmente mais frágil, confusa e vulnerável, prejudicando a sua relação com o bebê. Esta relação, todavia, deveria ser saudável, pois, influencia diretamente no desenvolvimento físico e psíquico da criança. Objetivos: Este trabalho tem um caráter preventivo, propiciando uma receptividade à mãe no pós-parto, promovendo, assim, um melhor vínculo mãe-bebê. Especificamente, tem os seguintes objetivos: 1) Acolher as angústias da nova mãe, oferecendo-lhe um suporte psicológico. Compreendendo sentimentos, fantasias e medos decorrentes deste período de mudança – de um filho idealizado da gestação, para um filho concreto que se apresenta à mãe após o parto. 2) Estimular uma relação mais saudável entre ambos, contribuindo através de esclarecimentos e informações a respeito de aspectos do desenvolvimento infantil. Métodos: Local: Maternidade da Santa Casa de Misericórdia de Assis. Forma de intervenção: escuta individual e orientação em cada leito onde as puérperas se encontram, durando vinte minutos com cada mãe. Todas são usuárias do Sistema Único de Saúde. Resultados: até a presente data foram atendidas 40 puérperas no período pós-parto.Essas mães estão situadas entre a faixa etária que vai dos 17 aos 28 anos, sendo multíparas e vem a instituição para ter o seu segundo ou terceiro filho, em média. Além disso, há uma prevalência de puérperas que possuem relacionamento conjugal estável. No que se refere ao pré-natal, todas as parturientes realizaram este acompanhamento. Este quadro pode ter contribuído para o fato de todas as mães apresentarem-se amamentando. Quanto ao tipo de parto, nota-se um número elevado de cesárias ( 19), em detrimento do número de partos normais (08). Com essa intervenção, supõe-se que ocorra: conscientização da mãe, das emoções ambivalentes pela qual passa durante o pós-parto; compreensão da mãe perante temas trabalhados conforme suas demandas – lactação, comportamentos do recém nascido, rivalidade fraterna ( devido às mães serem multíparas). Trabalhamos com suposição de resultados, devido ao seu caráter muito subjetivo para ser mensurado. |
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