Uso da biosusceptometria de corrente alternada para imageamento e quantificação de nanopartículas magnéticas em modelo de cirrose associada à hepatocarcinogênese

• Autor(a) principal: Willmann, Raffael Greggio
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: https://hdl.handle.net/11449/252015
• topic: Biosusceptometria AC; Cirrose; Nanopartículas magnéticas; Imagens quantitativas; Problema inverso

Nos últimos anos, as nanopartículas magnéticas (NPMs) têm desempenhado um papel significativo como sondas multifuncionais para o diagnóstico e tratamento de doenças hepáticas. Estudos demonstram que, quando introduzidas na corrente sanguínea, essas nanopartículas são predominantemente retidas no tecido hepático. No contexto de técnicas para a detecção e monitoramento de NPMs, o sistema de Biosusceptometria de Corrente Alternada (BAC) tem apresentado resultados notáveis. Foi realizada uma abordagem para a aquisição de imagens quantitativas estáticas de forma ex vivo para monitoramento da biodistribuição de NPMs no tecido hepático, utilizando o sensor BAC Mono Canal para o escaneamento e o sensor BAC Cavidade para a obtenção de resultados refinados. Isso permite avaliar a biodistribuição após a administração intravenosa em animais, proporcionando uma visão abrangente. Sendo assim, este estudo teve como problemática avaliar como a condição de hepatocarcinogênese associada à cirrose afeta a distribuição das NPMs no fígado. Para isso, foram utilizados 36 ratos machos da linhagem Wistar, com peso entre 200 e 300 gramas, divididos em grupos controle e tratado. O grupo tratado foi submetido a um protocolo de indução de Carcinoma Hepatocelular (CHC) por meio de injeções de Dietilnitrosamina (DEN+TAA) e Tioacetamida (TIO) ao longo de um ciclo de oito semanas. Após esse protocolo, os animais foram submetidos a cirurgia de canulação da veia femoral para administração intravenosa das NPMs (na dose de 32 mg/kg), sob anestesia (uretano a 1,5 mg/kg). As NPMs utilizadas foram de ferrita de manganês revestidas com citrato (Cit-nFe2O4), sintetizadas por co-precipitação. Os resultados permitiram reconstruir imagens estáticas e quantitativas obtendo informações relevantes sobre a distribuição das NPMs no tecido hepático. Ficou evidente que os animais submetidos ao protocolo de indução de CHC apresentaram maior acúmulo das NPMs. Isso aponta para a deterioração da função hepática devido às alterações vasculares resultantes da evolução da doença, o que influencia o fluxo sanguíneo e, consequentemente, o acúmulo das NPMs. Além disso, o estudo destacou a eficácia do sistema BAC na detecção, monitoramento e quantificação das NPMs em tecidos biológicos.