Efeito agudo do exercício de alta intensidade e baixa intensidade com restrição de fluxo sanguineo sobre o custo energético

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kanagusko, João Victor Coelho
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: https://hdl.handle.net/11449/252259
Resumo: Recentemente, métodos de manipulação da resposta fisiológica aguda têm sido aplicados ao treinamento resistido (TR), com ênfase no treinamento com restrição de fluxo sanguíneo (RFS), explorado por seus benefícios na hipertrofia, força e resistência muscular. No entanto, não há pesquisas na literatura comparando gasto energético (GE), contribuição dos metabolismos energéticos e resposta do VO2 após o exercício (VO2débito) entre as sessões de baixa intensidade de carga associado a RSF (TR Low_RFS) e o de alta intensidade de carga (TR High_Conv). Este estudo teve como objetivo quantificar e comparar o gasto energético e o VO2 após o exercício entre os protocolos TRLow_RFS e TRHigh_Conv. Foram utilizados 8 participantes treinados e saudáveis do sexo masculino, com idade média de 25,6 ± 0,9 anos, altura de 179,2 ± 2,5 cm e peso de 84,9 ± 4,5 kg, que treinavam, no mínimo, há 6 meses. As cargas de treinamento foram determinadas pelo teste de uma repetição máxima (1RM). Os protocolos de treinamento consistiram em duas sessões: TRLow_RFS com 30% de 1RM e TRHigh_Conv com 70% de 1RM. As sessões incluíram séries de exercícios específicos com intervalos definidos. O protocolo TRLow_RFS consistiu em três séries de 15 repetições, 30 segundos de intervalo de recuperação entre as séries e três minutos entre os exercícios. O TR High_Conv foi composto por três séries de 12 repetições, 60 segundos de intervalo de recuperação entre as séries e dois minutos entre os exercícios. Os exercícios realizados em cada protocolo foram os mesmos, a saber: supino reto (SR), remada horizontal (RH), tríceps na polia (TP), rosca direta (RD), cadeira extensora (CE), mesa flexora (MF), leg-press 45º (LP45) e panturrilha no leg press 45º (PLP). Foram coletadas amostras de sangue para análise de lactato após cada exercício do protocolo de TR. A medição do VO2 durante e após cada sessão de TR foi realizada com um sistema automatizado portátil (K4b2, Cosmed, Roma, Itália), os resultados foram analisados estatisticamente, utilizando ANOVA para as diferenças intra e entre grupos, antes e após o protocolo experimental. O post-hoc de Tukey foi aplicado para análises com diferenças significativas, considerando um nível de significância de p<0,05. No entanto, o protocolo TRHigh_Conv resultou em um valor maior de GE devido ao aumento na quantidade de oxigênio utilizado durante o processo de recuperação pós-exercício (55,12% vs 44,88%, 64,11% vs 35,89% e 68,29% vs 31,71%, respectivamente modelo 1, 2 e 3), apesar da maior atividade glicolítica anaeróbia observada no TRLow_RFS (55,09% vs 44,91%, 55,11% vs 44,89% e 66,37% vs 33,63%, respectivamente modelo 1, 2 e 3). Concluiu-se que a estimativa do gasto energético (GE) no treino resistido foi influenciada pelo modelo matemático utilizado, contudo não se observou diferenças entre os protocolos de treino.
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Este estudo teve como objetivo quantificar e comparar o gasto energético e o VO2 após o exercício entre os protocolos TRLow_RFS e TRHigh_Conv. Foram utilizados 8 participantes treinados e saudáveis do sexo masculino, com idade média de 25,6 ± 0,9 anos, altura de 179,2 ± 2,5 cm e peso de 84,9 ± 4,5 kg, que treinavam, no mínimo, há 6 meses. As cargas de treinamento foram determinadas pelo teste de uma repetição máxima (1RM). Os protocolos de treinamento consistiram em duas sessões: TRLow_RFS com 30% de 1RM e TRHigh_Conv com 70% de 1RM. As sessões incluíram séries de exercícios específicos com intervalos definidos. O protocolo TRLow_RFS consistiu em três séries de 15 repetições, 30 segundos de intervalo de recuperação entre as séries e três minutos entre os exercícios. O TR High_Conv foi composto por três séries de 12 repetições, 60 segundos de intervalo de recuperação entre as séries e dois minutos entre os exercícios. Os exercícios realizados em cada protocolo foram os mesmos, a saber: supino reto (SR), remada horizontal (RH), tríceps na polia (TP), rosca direta (RD), cadeira extensora (CE), mesa flexora (MF), leg-press 45º (LP45) e panturrilha no leg press 45º (PLP). Foram coletadas amostras de sangue para análise de lactato após cada exercício do protocolo de TR. A medição do VO2 durante e após cada sessão de TR foi realizada com um sistema automatizado portátil (K4b2, Cosmed, Roma, Itália), os resultados foram analisados estatisticamente, utilizando ANOVA para as diferenças intra e entre grupos, antes e após o protocolo experimental. O post-hoc de Tukey foi aplicado para análises com diferenças significativas, considerando um nível de significância de p<0,05. No entanto, o protocolo TRHigh_Conv resultou em um valor maior de GE devido ao aumento na quantidade de oxigênio utilizado durante o processo de recuperação pós-exercício (55,12% vs 44,88%, 64,11% vs 35,89% e 68,29% vs 31,71%, respectivamente modelo 1, 2 e 3), apesar da maior atividade glicolítica anaeróbia observada no TRLow_RFS (55,09% vs 44,91%, 55,11% vs 44,89% e 66,37% vs 33,63%, respectivamente modelo 1, 2 e 3). Concluiu-se que a estimativa do gasto energético (GE) no treino resistido foi influenciada pelo modelo matemático utilizado, contudo não se observou diferenças entre os protocolos de treino.Recently, methods for manipulating acute physiological responses have been applied to resistance training (RT), with an emphasis on blood flow restriction (BFR) training, explored for its benefits in hypertrophy, strength, and muscular endurance. However, there is a lack of research in the literature comparing energy expenditure (EE), contribution of energy metabolism, and post-exercise oxygen consumption (VO2 debt) between low-intensity load sessions associated with BFR (Low_BFR_RT) and high-intensity load sessions (High_Conv_RT). This study aimed to quantify and compare energy expenditure and VO2 after exercise between the Low_BFR_RT and High_Conv_RT protocols. Eight trained and healthy male participants, with an average age of 25.6 ± 0.9 years, height of 179.2 ± 2.5 cm, and weight of 84.9 ± 4.5 kg, who had been training for at least 6 months, were included. Training loads were determined by the one-repetition maximum (1RM) test. The training protocols consisted of two sessions: Low_BFR_RT with 30% 1RM and High_Conv_RT with 70% 1RM. The sessions included specific exercise sets with defined intervals. The Low_BFR_RT protocol consisted of three sets of 15 repetitions, a 30-second rest interval between sets, and three minutes between exercises. The High_Conv_RT protocol comprised three sets of 12 repetitions, a 60-second rest interval between sets, and two minutes between exercises. The exercises performed in each protocol were the same, namely: bench press (BP), bent-over row (BOR), triceps pushdown (TP), bicep curl (BC), leg extension (LE), leg curl (LC), leg press 45° (LP45), and calf raise on leg press 45° (CR_LP). Blood samples were collected for lactate analysis after each exercise in the RT protocol. VO2 measurement during and after each RT session was conducted using a portable automated system (K4b2, Cosmed, Rome, Italy). The results were statistically analyzed using ANOVA for intra and inter-group differences before and after the experimental protocol. Tukey's post-hoc test was applied for analyses with significant differences, considering a significance level of p < 0.05. However, the High_Conv_RT protocol resulted in a higher EE value due to the increased oxygen consumption during the post-exercise recovery process (55.12% vs. 44.88%, 64.11% vs. 35.89%, and 68.29% vs. 31.71%, respectively, for models 1, 2, and 3), despite the higher anaerobic glycolytic activity observed in the Low_BFR_RT (55.09% vs. 44.91%, 55.11% vs. 44.89%, and 66.37% vs. 33.63%, respectively, for models 1, 2, and 3). In conclusion, the estimation of energy expenditure (EE) in resistance training was influenced by the mathematical model used, but no differences were observed between the training protocols.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Pessôa Filho, Dalton Muller [UNESP]Kanagusko, João Victor Coelho2023-12-21T17:33:01Z2023-12-21T17:33:01Z2023-12-06info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfKANAGUSKO, João Victor Coelho. Efeito agudo do exercício de alta intensidade e baixa intensidade com restrição de fluxo sanguíneo sobre o custo energético. 2023. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Educação Física) - Faculdade de Ciências, Universidade Estadual Paulista (Unesp), Bauru, 2023.https://hdl.handle.net/11449/252259porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-08-20T11:55:13Zoai:repositorio.unesp.br:11449/252259Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-20T11:55:13Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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