Emissão de gases de efeito estufa e pegada de carbono na produção de pepino, tomate e alface em dois sistemas de cultivo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Breno de Jesus
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/192132
Resumo: O cultivo consorciado de hortaliças é considerado uma alternativa ao sistema convencional, pois caracteriza-se pela maior eficiência do uso da terra e de insumos. Por esta razão, acredita-se ser este um modelo de cultivo mais sustentável e de baixa emissão de gases de efeito estufa (GEE). Assim, objetivou-se estimar a emissão direta e indireta de GEE e a pegada de carbono por quilograma de hortaliça produzida nos sistemas de consórcio e monocultivo, em ambiente protegido. Para isso, baseado em trabalhos publicados sobre a eficiência agronômica destes sistemas, foram comparados consórcios de pepino-alface e de tomate-alface com monocultivos de pepino, tomate e alface. Duas unidades funcionais foram selecionadas para estimar o impacto de cada sistema, um quilograma de hortaliça produzido e um hectare de cultivo. O total de GEE emitido para cada sistema de cultivo foi convertido em CO2 equivalente (CO2eq), utilizando a metodologia do IPCC e fatores específicos (Tier 2). As emissões totais de GEE nos dois consórcios (16.368 kg CO2eq ha-1 ) foram cerca de 35 % menores que o total emitido quando em monocultivos (25.273 kg CO2eq ha-1 ), sendo a infraestrutura e fertilizantes sintéticos as principais fontes contribuintes nos dois sistemas. A pegada de carbono para a produção de um quilograma de hortaliça em consórcio (0,105 kg CO2eq kg-1 ) é cerca de cinco vezes menor que em monocultivo (0,516 kg CO2eq kg-1 ), e essa diferença se deve, também, às diferentes produtividades das culturas. Os resultados confirmam que os consórcios de pepino-alface e de tomate-alface devem ser fomentados pois são mitigadores de GEE em relação aos seus respectivos monocultivos.
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