Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileira: séculos XVI-XVII

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Schunk, Rafael [UNESP]
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/86903
Resumo: Na história da colonização brasileira, a produção de imagens sagradas representou um importante papel didático no processo de ensino e conversão religiosa do território conquistado, sobretudo incentivado nas oficinas conventuais jesuíticas, beneditinas, franciscanas e carmelitas. No planalto de Piratininga, as pioneiras relações sociais estabelecidas por meio de laços matrimoniais entre tupis e portugueses foram de encontro à secular sociedade paraguaia formada por espanhóis e guaranis, gerando uma mescla de culturas que resultaram na idéia de sertão: local onde a miscigenação e liberdade fugiram de tratados ibéricos e controles metropolitanos. Pelos velhos caminhos indígenas Peabirus, os bandeirantes paulistas avançaram no interior do continente em busca de riquezas, levando consigo suas experiências e retornando com a prata de Potosí e mão de obra missioneira. No meio deste caminho estava Santana de Parnaíba e a arte do primeiro grande artista brasileiro: Frei Agostinho de Jesus. Residindo no Mosteiro dos Beneditinos desta localidade a partir de 1643 transforma o panorama cultural do Brasil, um significativo momento das artes plásticas nacionais. Em Parnaíba, o mestre encontrou uma sociedade original, miscigenada, criando obras-primas, testemunhos da arte sacra paulista, berço da identidade nacional. A série de imagens em terracota desenvolvidas nesta região integra umas das primeiras tradições brasileiras de escultura religiosa somando contribuições de artistas como Frei Agostinho da Piedade, Mestre de Angra dos Reis e entalhadores missioneiros. A partir desse evento forma-se um conjunto de santeiros que seguirão estéticas eruditas e populares formando a Escola Cultural do Vale do Rio Tietê e Paraíba do Sul. Toda essa agitação social irá acompanhar os pioneiros no processo de expansão do país rumo a Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás...
id UNSP_f9a121801f3ed58a0621b6a2b9ea8ee3
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/86903
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileira: séculos XVI-XVIIAgostinho de Jesus, c.1600-1661, FreiArte barrocaEscultura barrocaArte brasileiraArte - HistoriaArte - Sec. XVIArte - Séc. XVIIArt - HistoryNa história da colonização brasileira, a produção de imagens sagradas representou um importante papel didático no processo de ensino e conversão religiosa do território conquistado, sobretudo incentivado nas oficinas conventuais jesuíticas, beneditinas, franciscanas e carmelitas. No planalto de Piratininga, as pioneiras relações sociais estabelecidas por meio de laços matrimoniais entre tupis e portugueses foram de encontro à secular sociedade paraguaia formada por espanhóis e guaranis, gerando uma mescla de culturas que resultaram na idéia de sertão: local onde a miscigenação e liberdade fugiram de tratados ibéricos e controles metropolitanos. Pelos velhos caminhos indígenas Peabirus, os bandeirantes paulistas avançaram no interior do continente em busca de riquezas, levando consigo suas experiências e retornando com a prata de Potosí e mão de obra missioneira. No meio deste caminho estava Santana de Parnaíba e a arte do primeiro grande artista brasileiro: Frei Agostinho de Jesus. Residindo no Mosteiro dos Beneditinos desta localidade a partir de 1643 transforma o panorama cultural do Brasil, um significativo momento das artes plásticas nacionais. Em Parnaíba, o mestre encontrou uma sociedade original, miscigenada, criando obras-primas, testemunhos da arte sacra paulista, berço da identidade nacional. A série de imagens em terracota desenvolvidas nesta região integra umas das primeiras tradições brasileiras de escultura religiosa somando contribuições de artistas como Frei Agostinho da Piedade, Mestre de Angra dos Reis e entalhadores missioneiros. A partir desse evento forma-se um conjunto de santeiros que seguirão estéticas eruditas e populares formando a Escola Cultural do Vale do Rio Tietê e Paraíba do Sul. Toda essa agitação social irá acompanhar os pioneiros no processo de expansão do país rumo a Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás...The production of sacred images played important role for the teaching process and religious conversion for the history of the Brazilian colonization. Jesuits, Benedictines, Franciscans and Carmelites, had encouraged the production of sacred images in their handcrafts spaces. At the Piratininga plateau, the first social relationships have been born through marriages between Tupis and Portugueses. The opposite of the secular Paraguayan society, made up of Spanish and Guaranis. These relationships, turned into a mix of cultures resulting in an idea of backwoods: miscegenation and freedom, ran away from Iberic control. The pioneers from São Paulo “paulistas” used the old indigenas ways, looking for wealth. They returned to the silver of Potosi, bringing their experience and missionary labor. Through the middle of the way, in Santana de Parnaíba, was Frar Agostinho de Jesus, the first, and most important Brazilian artist. From 1643, Frar Agostinho living with the Benedictines transformed the culture of Brazil, into a significant moment of national art. In Parnaíba, the master found an original and mixed society, creating masterpieces, standarts of sacred art in São Paulo, birth of national identity. The series of images in terracotta developed in this region includes one of the first Brazilian traditions of religious sculpture by adding contributions from artists such as Frar Agostinho da Piedade, Master of Angra dos Reis and carvers missionaries. This event result in the foundation of the important “The School Culture of the Tietê and Paraíba do Sul River Valley”. All this unrest will follow the pioneers in the expansion of the country towards Minas Gerais, Mato Grosso and Goiás... (Complete abstract click electronic access below)Universidade Estadual Paulista (UNESP)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Tirapeli, Percival [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Schunk, Rafael [UNESP]2014-06-11T19:22:28Z2014-06-11T19:22:28Z2012-08-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis395 f. : il.application/pdfSCHUNK, Rafael. Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileira: séculos XVI-XVII. 2012. 395 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Instituto de Artes, 2012.http://hdl.handle.net/11449/86903000718598schunk_r_me_ia.pdf33004013063P414236364637977950000-0001-5041-9641Alephreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-12-29T06:14:22Zoai:repositorio.unesp.br:11449/86903Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T21:33:12.318243Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileira: séculos XVI-XVII
title Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileira: séculos XVI-XVII
spellingShingle Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileira: séculos XVI-XVII
Schunk, Rafael [UNESP]
Agostinho de Jesus, c.1600-1661, Frei
Arte barroca
Escultura barroca
Arte brasileira
Arte - Historia
Arte - Sec. XVI
Arte - Séc. XVII
Art - History
title_short Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileira: séculos XVI-XVII
title_full Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileira: séculos XVI-XVII
title_fullStr Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileira: séculos XVI-XVII
title_full_unstemmed Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileira: séculos XVI-XVII
title_sort Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileira: séculos XVI-XVII
author Schunk, Rafael [UNESP]
author_facet Schunk, Rafael [UNESP]
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Tirapeli, Percival [UNESP]
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.contributor.author.fl_str_mv Schunk, Rafael [UNESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Agostinho de Jesus, c.1600-1661, Frei
Arte barroca
Escultura barroca
Arte brasileira
Arte - Historia
Arte - Sec. XVI
Arte - Séc. XVII
Art - History
topic Agostinho de Jesus, c.1600-1661, Frei
Arte barroca
Escultura barroca
Arte brasileira
Arte - Historia
Arte - Sec. XVI
Arte - Séc. XVII
Art - History
description Na história da colonização brasileira, a produção de imagens sagradas representou um importante papel didático no processo de ensino e conversão religiosa do território conquistado, sobretudo incentivado nas oficinas conventuais jesuíticas, beneditinas, franciscanas e carmelitas. No planalto de Piratininga, as pioneiras relações sociais estabelecidas por meio de laços matrimoniais entre tupis e portugueses foram de encontro à secular sociedade paraguaia formada por espanhóis e guaranis, gerando uma mescla de culturas que resultaram na idéia de sertão: local onde a miscigenação e liberdade fugiram de tratados ibéricos e controles metropolitanos. Pelos velhos caminhos indígenas Peabirus, os bandeirantes paulistas avançaram no interior do continente em busca de riquezas, levando consigo suas experiências e retornando com a prata de Potosí e mão de obra missioneira. No meio deste caminho estava Santana de Parnaíba e a arte do primeiro grande artista brasileiro: Frei Agostinho de Jesus. Residindo no Mosteiro dos Beneditinos desta localidade a partir de 1643 transforma o panorama cultural do Brasil, um significativo momento das artes plásticas nacionais. Em Parnaíba, o mestre encontrou uma sociedade original, miscigenada, criando obras-primas, testemunhos da arte sacra paulista, berço da identidade nacional. A série de imagens em terracota desenvolvidas nesta região integra umas das primeiras tradições brasileiras de escultura religiosa somando contribuições de artistas como Frei Agostinho da Piedade, Mestre de Angra dos Reis e entalhadores missioneiros. A partir desse evento forma-se um conjunto de santeiros que seguirão estéticas eruditas e populares formando a Escola Cultural do Vale do Rio Tietê e Paraíba do Sul. Toda essa agitação social irá acompanhar os pioneiros no processo de expansão do país rumo a Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás...
publishDate 2012
dc.date.none.fl_str_mv 2012-08-23
2014-06-11T19:22:28Z
2014-06-11T19:22:28Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv SCHUNK, Rafael. Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileira: séculos XVI-XVII. 2012. 395 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Instituto de Artes, 2012.
http://hdl.handle.net/11449/86903
000718598
schunk_r_me_ia.pdf
33004013063P4
1423636463797795
0000-0001-5041-9641
identifier_str_mv SCHUNK, Rafael. Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileira: séculos XVI-XVII. 2012. 395 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Instituto de Artes, 2012.
000718598
schunk_r_me_ia.pdf
33004013063P4
1423636463797795
0000-0001-5041-9641
url http://hdl.handle.net/11449/86903
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 395 f. : il.
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.source.none.fl_str_mv Aleph
reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808129334734487552