Tumor venéreo transmissível espontâneo canino: a inserção do transposon line-1 no gene C-MYC e os critérios de malignidade

• Autor(a) principal: Fonseca, Luciano Santos da [UNESP]
• Data de Publicação: 2009
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/89259
• topic: Cão - Doenças; Doenças sexualmente transmissiveis; Tumores em animais - Aspectos genéticos; Dog; Cytology

O Tumor Venéreo Transmissível (TVT) é uma das neoplasias mais antigas e em contínua propagação entre hospedeiros. É a segunda neoplasia mais diagnosticada em cães no Serviço de Patologia de Botucatu Dentre as alterações moleculares mais encontradas no TVT está o rearranjo do protooncogene c-MYC resultante da inserção do segmento de DNA repetitivo conhecido como LINE (Long Interspersed Element). O objetivo deste trabalho foi a identificação dos critérios citopatológicos de malignidade nos grupos linfocítóide e plasmocitóide pela técnica de Papanicolaou, a detecção do rearranjo LINE-1/c-MYC nas células do TVT e a realização do sequenciamento genético. Com a coloração de Papanicolaou, os critérios de malignidade nucleares mais observados foram espessamento da membrana nuclear, ranhura nuclear, nucléolo angular e halo perinucleolar. A Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) amplificou um produto de 340pb em 100% das amostras analisadas e o sequenciamento genético confirmou a presença do rearranjo LINE-1/c-MYC. Concluiu-se que a especificidade desta alteração genética é indiscutível corroborando para mais estudos que permitirão o melhor entendimento quanto ao mecanismo de formação deste rearranjo. A coloração de Papanicolaou constituiu uma grande contribuição não apenas para o diagnóstico citológico do TVT, como também, ferramenta valiosa para evidenciação de critérios de malignidade que normalmente não são visualizados quando se utiliza corantes tipo Romanowsky. Para futuras investigações, este estudo poderá servir de esteio para correlacionar morfologia, critérios de malignidade e estudos moleculares ainda não realizados em conjunto para o TVT.