Insegurança alimentar em lares de mães solo em situação de vulnerabilidade econômica no município de Franca/SP.

• Autor(a) principal: Arias, Gabriela Amaral [UNESP]
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: https://hdl.handle.net/11449/257352; https://orcid.org/0009-0001-0640-5741
• topic: Insegurança alimentar; Mães solo; Vulnerabilidade econômica; CRAS; Carolina Maria de Jesus

O presente trabalho buscou analisar as ações direcionadas ao combate da insegurança alimentar em lares de mães solo no município de Franca/SP em consonância com a Política Nacional de Assistência Social, tendo como objetivos específicos compreender as condições históricas e sociais que propiciaram o avanço do modo de produção capitalista, do racismo e da insegurança alimentar, conhecer o Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional brasileiro e compreender o trabalho realizado pelos CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) junto às mães solos no município de Franca no combate à insegurança alimentar. Para tanto, utilizou como caminho metodológico a pesquisa bibliográfica e documental de abordagem marxista. Assim, iremos debater a história da luta pela terra no Brasil e como isso se relaciona com os dados atuais da fome no país, além de abordarmos o quadro sexista que atinge as mães solo, de forma a promover maior incidência de insegurança alimentar e nutricional. A insegurança alimentar é uma pauta extremamente atual e necessária, que está ligada diretamente com a concentração latifundiária no Brasil. A falta da reforma agrária popular e as dificuldades sociais e políticas enfrentadas pela Política de Segurança Alimentar e Nutricional do Brasil e de Franca/SP prejudicam o combate à fome e à desnutrição. Hoje, conforme os dados da Rede PENSSAN (2022), 33 milhões de pessoas estão passando fome no Brasil, dado que incide mais profundamente sobre as mulheres mães solo. Devido à estrutura sexista existente no país, as mulheres mães solo se encontram em maior tendência a vivenciarem a vulnerabilidade econômica e social e a insegurança alimentar. Para as mulheres pretas os desafios são ainda mais profundos: enfrentar a misoginia e o racismo simultaneamente traz maiores desafios para sobreviver, cuidar e alimentar crianças e adolescentes. O livro “Quarto de Despejo” e a vida da autora, Carolina Maria de Jesus, como mulher preta, favelada e mãe solo de três crianças, será capaz de nos mostrar as características da fome, sua cor, raça, classe social e gênero.