Nunca pensei nisso como problema: estudo sobre gênero e uso de benzodiazepínicos na estratégia saúde da família

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rabelo, Ionara Vieira Moura [UNESP]
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/105605
Resumo: No Brasil, existe um alto consumo de medicamentos benzodiazepínicos (BZD), maior entre as mulheres, principalmente, idosas. A dependência ao BZD ocorre com o apoio do sistema de saúde, que permite a prescrição e repetição de receitas por tempo prolongado. Contribuem para esta prática: a hegemonia do discurso biomédico sem problematizar a categoria gênero e demais indicadores sociais; a falta de uma legislação e fiscalização mais eficazes, sobre o comércio e dispensação de BZD. Percebe-se que as práticas de atenção à saúde reafirmam uma objetivação do corpo feminino, contribuindo para a medicalização das relações de gênero. Essa pesquisa objetiva investigar a interface saúde mental e gênero, dentro das práticas de cuidado das equipes da estratégia saúde da família (ESF), com foco, na utilização de ansiolíticos. Esse estudo utilizou a pesquisa-ação, contemplando dois momentos: uma aproximação e diagnóstico do campo, utilizando metodologia quantitativa e, logo após, uma proposta de intervenção com metodologia qualitativa. Transversaliza esse estudo, a perspectiva de gênero que tenta compreender como as relações e dinâmicas sociais são capazes de atualizar-se, para promover uma organização social da diferença sexual. A pesquisa foi realizada em seis equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) de duas cidades brasileiras: Assis e Goiânia. No primeiro momento, de diagnóstico, foram avaliados todos os prontuários de usuários e usuárias dos ansiolíticos Diazepam e Clonazepam, das seis ESF selecionadas, aplicando um questionário que avaliava questões relacionadas ao uso de BZD, totalizando 132 participantes
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