Potenciais evocados auditivos de tronco encefálico em idosos

• Autor(a) principal: Tonelotti, Francieli Trevizan Fernandes [UNESP]
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/150686
• topic: Idosos; Audição; Potencial evocado auditivo

Introdução: O Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico analisa a resposta eletrofisiológica gerada pelo sincronismo das estruturas da via auditiva. Ao considerar o aumento da expectativa de vida da população e a dificuldade de comunicação, verificou-se a necessidade de investigar e conhecer a dinâmica e a função auditiva central nos idosos. Objetivo: Descrever e comparar os potenciais evocados auditivos de tronco encefálico em jovens e idosos com estimulação monoaural e binaural, em duas situações de escuta, com e sem ruído competitivo. Metodologia: Estudo analítico, observacional e transversal. Realizado procedimento de pré-coleta composto por entrevista, avaliação audiológica básica e mini exame do estado mental. Participaram 20 idosos, de ambos os gêneros, a partir de 60 anos, com limiares auditivos dentro da normalidade ou com perda auditiva neurossensorial leve e 10 jovens, de ambos os gêneros, com limiares auditivos dentro da normalidade. Para a coleta de dados, o potencial foi registrado com equipamento Biologic’s de dois canais, estimulação monoaural e intensidade de 80 dBNA; o mesmo foi realizado com ruído competitivo em 70 dBNA. Por último, foi realizada pesquisa com estímulo binaural e cálculo do componente de integração binaural. Resultados: Foi realizada a análise e comparação das respostas obtidas com a estimulação monoaural e binaural nas situações de escuta, com e sem ruído competitivo nos dois grupos. No registro ipsilateral houve diferenças na latência da onda I entre os grupos na orelha esquerda com e sem mascaramento, juntamente com a estimulação monoaural versus binaural. O mesmo foi verificado na latência da onda III, exceto na orelha esquerda sem mascaramento. Na onda V, houve diferença entre os grupos e em ambas orelhas na condição ipsilateral. Ainda entre os grupos, houve diferença na orelha esquerda com a presença do mascaramento e com a estimulação binaural. Nos registros ipsilaterais em idosos, observou-se aumento de latência na orelha esquerda quando mascarada em comparação a condição sem mascaramento na orelha oposta. Houve diminuição na amplitude de registro contralateral na presença do ruído. Conclusão: Em todas as condições houve diferenças entre os registros de jovens e idosos, pois, na maioria, verificou-se aumento da latência em idosos principalmente na orelha esquerda com presença de ruído competitivo e amplitude mais elevada na população jovem.