Mancha de mirotécio em algodoeiro causada por Myrothecium roridum

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Meyer, Maurício Conrado
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Silva, Juliano César da, Maia, Gerliane Lorena, Bueno, César Júnior [UNESP], Souza, Nilton Luiz de [UNESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-54052006000400016
http://hdl.handle.net/11449/27701
Resumo: A mancha de mirotécio causada por Myrothecium roridum Tode ex Fr. foi observada em lavouras de algodão no sul do Maranhão, causando reduções de produtividade de até 60%. Os sintomas da doença são lesões necróticas, circulares, com estruturas salientes, os esporodóquios, de distribuição irregular. Foram observadas lesões nos pecíolos, brácteas, folhas e maçãs de algodoeiro cv. Deltapine Acala 90, Fibermax 966 e Sure Grow 821. O isolamento do fungo foi realizado em meio de cultura batata-dextrose-ágar (BDA). O teste de patogenicidade foi realizado em maçãs sadias, destacadas de algodoeiro cv. Fibermax 966, no estádio vegetativo R6, previamente desinfestadas. Foram testados 13 isolados de M. roridum, oito provenientes de algodão e cinco de soja. Avaliações das estruturas fúngicas foram realizadas com auxílio de microscópio óptico equipado com um micrômetro ocular. Os isolados causaram infecções em maçãs de algodão e destacou-se como mais agressivo o MA-75, proveniente de algodão, apresentando diâmetro médio de lesão de 1,3cm, aos sete DAI e 2,7cm aos 14 DAI. Todos os isolados formaram esporodóquios dispostos concenticamente em meio BDA. Os conídios são unicelulares, hialinos a oliváceos, abundantemente produzidos em massa verde-oliva a preta. Os conídios de isolados provenientes de algodão mediram, em média, 5,1µm x 1,5µm, e os obtidos de soja, 5,8µm x 1,5µm. Estes resultados relatam a ocorrência da mancha de mirotécio, causada por M. roridum, em lavouras comerciais de algodão no Brasil.
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