Violência sexual contra crianças: a inserção da perspectiva de gênero em pesquisas de pós-graduação da área da Educação (1987-2015)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/151606 |
Resumo: | Esta pesquisa teve como objetivo investigar como a perspectiva de gênero se insere nas produções acadêmicas sobre violência sexual contra crianças, produzidas em programas de pós-graduação da área da Educação. Os documentos analisados foram dissertações e teses brasileiras sobre violência sexual contra crianças, publicadas entre os anos 1987-2015, levantadas no Banco de Teses e Dissertações do portal CAPES. Primeiramente foi feito um balanço das produções científicas sobre a violência sexual contra crianças de todas as áreas de conhecimento para, depois, realizar uma análise crítica das pesquisas vinculadas à área da Educação. Os sentidos analíticos e interpretativos na utilização da perspectiva de gênero foram tais como: a) sentido completo: abordar não só as diferenças sociais e culturais entre as masculinidades e feminilidades, mas também o entendimento de como se produzem essas diferenças como desigualdades de poder, relacionando-as à violência sexual contra crianças; b) sentido parcial: abordar as diferenças sociais e culturais entre as masculinidades e feminilidades, porém sem explicitar que essas construções de gênero se traduzem em desigualdades de poder, enfocando-se em outras categorias para analisar esse fenômeno; c) invisibilidade da categoria de gênero: não relacionar a perspectiva de gênero à compreensão sobre a violência sexual contra crianças, utilizando outras categorias analíticas para discorrer sobre o fenômeno. Foram localizadas 415 pesquisas (337 dissertações e 78 teses) sobre a violência sexual contra crianças, havendo 31 estudos da área da Educação. Percebeu-se que a perspectiva de gênero se inseriu parcialmente nas produções científicas sobre violência sexual contra crianças da área da Educação. A maior parte das pesquisas chegou a mencionar as dimensões de gênero presentes na produção da violência sexual contra crianças, porém analisou o fenômeno por meio da categoria idade, não utilizando gênero como uma categoria analítica. Assim, evidencia-se a importância de a área da Educação produzir mais pesquisas sobre a violência sexual contra crianças, consolidando-se como um campo de conhecimento sobre o assunto, já que seu enfrentamento atravessa essa área. Da mesma maneira, percebe-se a necessidade em aproximar esses estudos da perspectiva de gênero, ampliando os olhares sobre o fenômeno, bem como utilizando essa categoria em todo o seu potencial analítico. |
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Violência sexual contra crianças: a inserção da perspectiva de gênero em pesquisas de pós-graduação da área da Educação (1987-2015)Sexual violence against children: the insertion of the gender perspective in post-graduate researches in the Education area (1987-2015)Violência sexual contra criançasGêneroEducaçãoSexual violence against childrenGenderEducationEsta pesquisa teve como objetivo investigar como a perspectiva de gênero se insere nas produções acadêmicas sobre violência sexual contra crianças, produzidas em programas de pós-graduação da área da Educação. Os documentos analisados foram dissertações e teses brasileiras sobre violência sexual contra crianças, publicadas entre os anos 1987-2015, levantadas no Banco de Teses e Dissertações do portal CAPES. Primeiramente foi feito um balanço das produções científicas sobre a violência sexual contra crianças de todas as áreas de conhecimento para, depois, realizar uma análise crítica das pesquisas vinculadas à área da Educação. Os sentidos analíticos e interpretativos na utilização da perspectiva de gênero foram tais como: a) sentido completo: abordar não só as diferenças sociais e culturais entre as masculinidades e feminilidades, mas também o entendimento de como se produzem essas diferenças como desigualdades de poder, relacionando-as à violência sexual contra crianças; b) sentido parcial: abordar as diferenças sociais e culturais entre as masculinidades e feminilidades, porém sem explicitar que essas construções de gênero se traduzem em desigualdades de poder, enfocando-se em outras categorias para analisar esse fenômeno; c) invisibilidade da categoria de gênero: não relacionar a perspectiva de gênero à compreensão sobre a violência sexual contra crianças, utilizando outras categorias analíticas para discorrer sobre o fenômeno. Foram localizadas 415 pesquisas (337 dissertações e 78 teses) sobre a violência sexual contra crianças, havendo 31 estudos da área da Educação. Percebeu-se que a perspectiva de gênero se inseriu parcialmente nas produções científicas sobre violência sexual contra crianças da área da Educação. A maior parte das pesquisas chegou a mencionar as dimensões de gênero presentes na produção da violência sexual contra crianças, porém analisou o fenômeno por meio da categoria idade, não utilizando gênero como uma categoria analítica. Assim, evidencia-se a importância de a área da Educação produzir mais pesquisas sobre a violência sexual contra crianças, consolidando-se como um campo de conhecimento sobre o assunto, já que seu enfrentamento atravessa essa área. Da mesma maneira, percebe-se a necessidade em aproximar esses estudos da perspectiva de gênero, ampliando os olhares sobre o fenômeno, bem como utilizando essa categoria em todo o seu potencial analítico.This research aimed to investigate how a gender perspective is inserted in the academic productions on sexual violence against children, produced in postgraduate programs in the area of Education. The documents analyzed were Brazilian theses and dissertations on sexual violence against children, published between 1987 and 2015, collected at the Bank of Theses and Dissertations of the CAPES portal. It was first made a balance of scientific production on sexual violence against children in all areas of knowledge to then conduct a review of research related to the field of education. The analytical and interpretive senses in the use of the gender perspective were such as: a) complete sense: address not only the social and cultural differences between masculinity and femininity, but also the understanding of how to produce these differences as power inequalities, relating them to sexual violence against children; b) partial sense: address the social and cultural differences between masculinity and femininity, but without specifying that these buildings gender translate into power inequalities, focusing on other categories to analyze this phenomenon; c) invisibility of gender category: not relate to gender perspective into the understanding of sexual violence against children, using other analytical categories to discuss the phenomenon. 415 surveys (337 dissertations and 78 theses) were found on sexual violence against children, with 31 studies in the area of Education. It was noticed that the gender perspective was partially inserted in the scientific productions on sexual violence against children of the Education area. Most of the studies mentioned gender dimensions in the production of sexual violence against children, but analyzed the phenomenon through the age category, not using gender as an analytical category. Thus, it is evident the importance of the Education area produce more research on sexual violence against children, consolidating itself as a knowledge of the subject field, as his coping through this area. Similarly, we see the need to approach these gender studies, increasing the looks on the phenomenon, as well as using this category in all its analytical potential.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Maia, Ana Cláudia Bortolozzi [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Spaziani, Raquel Baptista [UNESP]2017-09-15T13:10:24Z2017-09-15T13:10:24Z2017-07-17info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/15160600089183233004030079P2porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-12T14:09:38Zoai:repositorio.unesp.br:11449/151606Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T19:12:50.139323Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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