Estudo de aspectos relacionados ao trabalho e condições de saúde dos profissionais da atenção primária à saúde, durante a pandemia do Covid-19

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Custódio, Lia Borges de Mattos [UNESP]
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/237333
Resumo: Nesta pesquisa objetivou-se verificar os processos de trabalho, condições de saúde e disponibilidade de Equipamento de Proteção Individual aos profissionais da Atenção Primária em Saúde, no âmbito do Sistema Único de Saúde, durante a pandemia do Covid-19. Trata-se de um estudo transversal, quali-quantitativo, tipo inquérito, realizado com profissionais da saúde da atenção primária em 2021. Os profissionais receberam, via e-mail, o link para plataforma Google Formulário para participar do estudo, o qual era composto por questões sobre o perfil sociodemográfico, condições inerentes ao trabalho, ansiedade e aspectos da saúde do trabalhador. Foram incluídos 79 profissionais de um município do estado de SP, e excluídos aqueles que estavam afastados. A questão norteadora “O que mudou para melhor e para pior com a pandemia do Covid-19?” foi analisada com o emprego de análise de conteúdo, por categorização de palavras-chave, e técnicas computacionais para extração da opinião (positiva ou negativa) presente nos discursos. Foram empregadas técnicas computacionais de machine learning para análise dos fatores preditores da ansiedade, sendo testados 4 algoritmos para seleção do modelo final, tendo o algoritmo Randon Forest atingido o melhor desempenho (AUROC = 0,95). Na análise de conteúdo emergiram as classes “Biossegurança”, “Humanização”, “Estresse” e “Organização da demanda”. Considerando a opinião dos profissionais os relatos de “opinião negativa” situaram-se nas classes “Estresse” e “Organização da demanda” e no polo positivo “Biossegurança” e “Humanização”. Na avaliação dos fatores preditores da ansiedade, observou-se que 50,63% dos profissionais apresentaram sintomas de ansiedade e 67,95% relataram algum grau de interferência da pandemia nas atividades ou relacionamento com outras pessoas. O algoritmo apontou, como fatores preditores do desenvolvimento da ansiedade, realização de hora extra, ensino superior e área de formação da enfermagem. No que tange à rotina de trabalho e disponibilidade de Equipamento de Proteção Individual aos profissionais, 90,70% trabalhavam em mais de um turno, 62,79% foram deslocados de função, 81,40% estavam realizando atendimento de urgência, emergência e eletivo; e 86,05% relataram aumento na disponibilidade de Equipamento de Proteção Individual. Conclui-se que os trabalhadores da saúde apresentaram percepções com opinião positiva sobre biossegurança e humanização na atenção em saúde, bem como opiniões negativas relacionadas ao estresse e processo de organização da demanda. A realização de horas extras, formação de nível superior e ser da área de enfermagem foram fatores preditores positivos no desenvolvimento da ansiedade. Houve mudanças na rotina de trabalho e aumento na disponibilidade de Equipamento de Proteção Individual.
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Os profissionais receberam, via e-mail, o link para plataforma Google Formulário para participar do estudo, o qual era composto por questões sobre o perfil sociodemográfico, condições inerentes ao trabalho, ansiedade e aspectos da saúde do trabalhador. Foram incluídos 79 profissionais de um município do estado de SP, e excluídos aqueles que estavam afastados. A questão norteadora “O que mudou para melhor e para pior com a pandemia do Covid-19?” foi analisada com o emprego de análise de conteúdo, por categorização de palavras-chave, e técnicas computacionais para extração da opinião (positiva ou negativa) presente nos discursos. Foram empregadas técnicas computacionais de machine learning para análise dos fatores preditores da ansiedade, sendo testados 4 algoritmos para seleção do modelo final, tendo o algoritmo Randon Forest atingido o melhor desempenho (AUROC = 0,95). Na análise de conteúdo emergiram as classes “Biossegurança”, “Humanização”, “Estresse” e “Organização da demanda”. Considerando a opinião dos profissionais os relatos de “opinião negativa” situaram-se nas classes “Estresse” e “Organização da demanda” e no polo positivo “Biossegurança” e “Humanização”. Na avaliação dos fatores preditores da ansiedade, observou-se que 50,63% dos profissionais apresentaram sintomas de ansiedade e 67,95% relataram algum grau de interferência da pandemia nas atividades ou relacionamento com outras pessoas. O algoritmo apontou, como fatores preditores do desenvolvimento da ansiedade, realização de hora extra, ensino superior e área de formação da enfermagem. No que tange à rotina de trabalho e disponibilidade de Equipamento de Proteção Individual aos profissionais, 90,70% trabalhavam em mais de um turno, 62,79% foram deslocados de função, 81,40% estavam realizando atendimento de urgência, emergência e eletivo; e 86,05% relataram aumento na disponibilidade de Equipamento de Proteção Individual. Conclui-se que os trabalhadores da saúde apresentaram percepções com opinião positiva sobre biossegurança e humanização na atenção em saúde, bem como opiniões negativas relacionadas ao estresse e processo de organização da demanda. A realização de horas extras, formação de nível superior e ser da área de enfermagem foram fatores preditores positivos no desenvolvimento da ansiedade. Houve mudanças na rotina de trabalho e aumento na disponibilidade de Equipamento de Proteção Individual.The aimed of this study was to verify the work processes, health conditions and availability of Personal Protective Equipment to professionals in primary health care, in public health system, during the Covid-19 pandemic. This is a cross-sectional, qualitative-quantitative, survey-type study carried out with primary care health professionals in 2021. The professionals received, via e-mail, the link to the Google Form platform to participate in the study, which consisted of questions about the sociodemographic profile, conditions inherent to work, anxiety and aspects of worker health. It was included 79 professionals from a municipality in the state of SP and those who were on leave were excluded. The guiding question “What has changed for better and for worse with the Covid-19 pandemic?” it was analyzed using content analysis, by categorizing keywords, and computational techniques to extract the opinion (positive or negative) present in the speeches. Computational machine learning techniques were also used to analyze the predictors of anxiety, and 4 algorithms were tested to select the final model, with the Randon Forest algorithm achieving the best performance (AUROC = 0.95). In the content analysis, the classes “Biosafety”, “Humanization”, “Stress” and “Organization of demand” emerged. Considering the opinion of professionals, the reports of “negative opinion” were in the classes “Stress” and “Organization of demand” and in the positive pole “Biosecurity” and “Humanization”. In the evaluation of predictors of anxiety, it was observed that 50.63% of professionals had symptoms of anxiety and 67.95% reported some degree of interference from the pandemic in activities or relationships with other people. The algorithm pointed out, as predictors of anxiety development, overtime, higher education and nursing training area. Regarding the work routine and availability of Personal Protective Equipment to professionals, 90.70% worked more than one shift, 62.79% were displaced from their position, 81.40 % were performing urgent, emergency and elective care; and 86.05% reported an increase in the availability of Personal Protective Equipment. It was concluded that health workers presented perceptions with a positive opinion about biosafety and humanization in health care, as well as negative opinions related to stress and the demand organization process. Working overtime, higher education and being in the nursing field were positive predictors of anxiety development. There were changes in the work routine and an increase in the availability of Personal Protective Equipment.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)CAPES: 001Universidade Estadual Paulista (Unesp)Moimaz, Suzely Adas Saliba [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Custódio, Lia Borges de Mattos [UNESP]2022-11-03T12:06:46Z2022-11-03T12:06:46Z2022-09-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/23733333004021074P1porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-12-07T06:18:24Zoai:repositorio.unesp.br:11449/237333Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T19:42:52.178275Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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