Crescimento radicular do algodoeiro em função da aplicação de cloreto de mepiquate

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mello, Patrícia Rafaella de
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNOESTE
Texto Completo: http://bdtd.unoeste.br:8080/jspui/handle/jspui/1199
Resumo: Na cultura do algodoeiro, uma das tecnologias recomendadas é o uso de reguladores vegetais para manipulação da arquitetura das plantas, sendo o cloreto de mepiquate (CM), um dos mais utilizados. Os principais efeitos dele sobre a cultura são a redução no crescimento, no número e no tamanho dos ramos reprodutivos e uma melhoria das proporções entre as partes vegetativas e reprodutivas. Neste trabalho, estudou-se a resposta de diferentes doses de cloreto de mepiquate sobre o crescimento radicular de plantas de algodão e sua relação com o crescimento vegetativo e reprodutivo. O experimento foi realizado em casa de vegetação, em tubos de PVC adaptados com uma parede frontal de vidro (rizotrons). O experimento foi dividido em duas partes, pois trabalhou-se com dois estádios diferentes, B3 e F1. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados e os tratamentos foram constituídos por quatro doses de cloreto de mepiquate: 0, 10, 20 e 40 g i.a ha-1 e três repetições. A aplicação foliar nos estádios B3 e F1 ocorreu aos 30 e 50 dias após a emergência das plantas, respectivamente. Foram avaliados altura de plantas e número de folhas aos 0, 7, 10, 14, 17 e 21 dias após aplicação (DAA). O crescimento radicular, foi avaliado aos 0, 7, 14 e 21 DAA, após isso, as plantas foram cortadas à altura do colo, as raízes foram lavadas e analisadas quanto ao comprimento, diâmetro e volume através do software WinRhizo. O peso específico da folha, área foliar, massa de matéria seca de folhas, de estruturas reprodutivas e de raiz e o teor e acúmulo de carboidratos da raiz foram avaliados aos 21 dias após a aplicação para cada estádio. A aplicação de cloreto de mepiquate em B3 e F1 reduziu a altura de plantas e o número de nós, conforme houve aumento da dose, porém, a altura em B3 e o número de nós em F1 só foi controlada até os 17 DAA. A área foliar, em F1, diminui à medida que se aumenta as doses de CM. Em B3 a massa de matéria seca das folhas, estruturas reprodutivas, radicular e total, diminui conforme aumento na dose de regulador. Já em F1, estas massas de matéria seca apresentaram aumento até a dose de 20 g i.a. ha-1 e depois houve queda nos valores. O teor e acúmulo de carboidratos na raiz aumenta no estádio B3, conforme há aumento nas doses de CM. O comprimento radicular total diminui com a aplicação de 40 g i.a ha-1 no estádio B3, como também diminui o comprimento da raiz principal e lateral. Por outro lado, a aplicação de cloreto de mepiquate em F1, aumenta o comprimento radicular total, da raiz principal e raízes laterais. Concluiu-se que a aplicação de cloreto de mepiquate no estádio B3 equilibra o crescimento entre as partes vegetativa e reprodutiva, porém doses mais elevadas como 20 e 40 g i.a. ha-1 podem reduzir o comprimento radicular, e isso requer um cuidado especial em áreas de solos arenosos, déficit hídrico no final do ciclo, ocorrência de nematoides, pois o comprometimento do sistema radicular pode limitar a produtividade.
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O experimento foi realizado em casa de vegetação, em tubos de PVC adaptados com uma parede frontal de vidro (rizotrons). O experimento foi dividido em duas partes, pois trabalhou-se com dois estádios diferentes, B3 e F1. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados e os tratamentos foram constituídos por quatro doses de cloreto de mepiquate: 0, 10, 20 e 40 g i.a ha-1 e três repetições. A aplicação foliar nos estádios B3 e F1 ocorreu aos 30 e 50 dias após a emergência das plantas, respectivamente. Foram avaliados altura de plantas e número de folhas aos 0, 7, 10, 14, 17 e 21 dias após aplicação (DAA). O crescimento radicular, foi avaliado aos 0, 7, 14 e 21 DAA, após isso, as plantas foram cortadas à altura do colo, as raízes foram lavadas e analisadas quanto ao comprimento, diâmetro e volume através do software WinRhizo. O peso específico da folha, área foliar, massa de matéria seca de folhas, de estruturas reprodutivas e de raiz e o teor e acúmulo de carboidratos da raiz foram avaliados aos 21 dias após a aplicação para cada estádio. A aplicação de cloreto de mepiquate em B3 e F1 reduziu a altura de plantas e o número de nós, conforme houve aumento da dose, porém, a altura em B3 e o número de nós em F1 só foi controlada até os 17 DAA. A área foliar, em F1, diminui à medida que se aumenta as doses de CM. Em B3 a massa de matéria seca das folhas, estruturas reprodutivas, radicular e total, diminui conforme aumento na dose de regulador. Já em F1, estas massas de matéria seca apresentaram aumento até a dose de 20 g i.a. ha-1 e depois houve queda nos valores. O teor e acúmulo de carboidratos na raiz aumenta no estádio B3, conforme há aumento nas doses de CM. O comprimento radicular total diminui com a aplicação de 40 g i.a ha-1 no estádio B3, como também diminui o comprimento da raiz principal e lateral. Por outro lado, a aplicação de cloreto de mepiquate em F1, aumenta o comprimento radicular total, da raiz principal e raízes laterais. Concluiu-se que a aplicação de cloreto de mepiquate no estádio B3 equilibra o crescimento entre as partes vegetativa e reprodutiva, porém doses mais elevadas como 20 e 40 g i.a. ha-1 podem reduzir o comprimento radicular, e isso requer um cuidado especial em áreas de solos arenosos, déficit hídrico no final do ciclo, ocorrência de nematoides, pois o comprometimento do sistema radicular pode limitar a produtividade.In the cotton crop, one of the recommended technologies is the use of plant regulators to manipulate plant architecture, with mepiquate chloride (CM) being one of the most used. Its main effects on culture are the reduction in growth, number and size of reproductive branches and an improvement in the proportion between vegetative and reproductive parts. In this work, the response of different doses of mepiquate chloride on the root growth of cotton plants and its relationship with vegetative and reproductive growth was studied. The experiment was carried out in greenhouse, in PVC pipes adapted with a glass front wall (rizotrons). The experiment was divided into two parts, because it worked with two different stages, B3 and F1. The experimental design was a randomized complete block design and the treatments consisted of four doses of mepiquate chloride: 0, 10, 20 and 40 g i.a ha-1 and three replicates. The foliar application in the B3 and F1 stages occurred 30 and 50 days after plant emergence, respectively. Plant height and number of leaves were evaluated at 0, 7, 10, 14, 17 and 21 days after application (DAA). Root growth was evaluated at 0, 7, 14 and 21 DAA, after which the plants were cut at the height of the colon, the roots were washed and analyzed for length, diameter and volume using WinRhizo software. The specific weight of leaf, leaf area, leaf dry mass, reproductive and root structures, and root content and carbohydrate accumulation were evaluated at 21 days after application for each stage. The application of mepiquat chloride in B3 and F1 reduced plant height and number of nodes as dose increased, but the height in B3 and the number of nodes in F1 was only controlled until 17 DAA. The leaf area, in F1, decreases as CM doses increase. In B3 the leaf dry matter mass, reproductive structures, root and total, decreases as the dose of regulator increases. In F1, these masses of dry matter showed increase up to the dose of 20 g i.a. ha-1 and then there was decrease in the values. The content and accumulation of carbohydrates in the root increases in the B3 stage, as there is an increase in CM doses. The total root length decreases with the application of 40 g i.a ha-1 in the B3 stage, but also decreases the length of the main and lateral roots. On the other hand, the application of mepiquate chloride in F1 increases the total root length of the main root and lateral roots. It was concluded that the application of mepiquate chloride in the B3 stage balances the growth between the vegetative and reproductive parts, but higher doses such as 20 and 40 g ai ha-1 can reduce root length, and this requires special attention in areas of sandy soils, water deficit at the end of the cycle, occurrence of nematodes, as root system compromise may limit productivity.Universidade do Oeste PaulistaMestrado em AgronomiaBrasilUNOESTEMestrado em AgronomiaEcher, Fábio Rafaelhttp://lattes.cnpq.br/1055156892739409Santos, Ana Claudia Pachecohttp://lattes.cnpq.br/4702700799379040Ferrari, Samuelhttp://lattes.cnpq.br/9533757202293230Mello, Patrícia Rafaella de2019-10-11T13:37:21Z2019-05-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfMello, Patrícia Rafaella de. Crescimento radicular do algodoeiro em função da aplicação de cloreto de mepiquate. 2019. 57f. Dissertação (Mestrado em Agronomia) - Universidade do Oeste Paulista, Presidente Prudente, 2019.http://bdtd.unoeste.br:8080/jspui/handle/jspui/1199porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNOESTEinstname:Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE)instacron:UNOESTE2019-10-12T04:00:16Zoai:bdtd.unoeste.br:jspui/1199Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.unoeste.br:8080/jspui/PUBhttp://bdtd.unoeste.br:8080/oai/requestbdtd@unoeste.bropendoar:2019-10-12T04:00:16Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNOESTE - Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE)false
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