Atividade do extrato etanólico de Asclepias curassavica L. no controle de Spodoptera frugiperda (Lepidoptera:Noctuidae) (J.E.Smith,1917) em plantas de milho Zea mays L.

• Autor(a) principal: Leão, Renato Marcos de
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNOESTE
• Texto Completo: http://bdtd.unoeste.br:8080/jspui/handle/jspui/1599
• topic: Inseticida natural; plantas inseticidas; lagarta militar; falsa-erva-de-rato; extrato vegetal.; Nature insecticide; insecticide plants; military caterpillar; false ratweed; plant extract.; CIENCIAS AGRARIAS::AGRONOMIA

Spodoptera frugiperda destaca-se como principal inseto-praga da cultura do milho. A fim de minimizar os impactos do controle químico de praga, retoma-se estudos de plantas com ação inseticida. O presente trabalho objetivou verificar a ação de A. curassavica sobre S. frugiperda sobre plantas de Zea mays L. As plantas foram coletadas, secas e moídas, e a partir do pó foi confeccionado o extrato etanólico bruto. Foi conduzido ensaio em casa de vegetação com milho e S. frugiperda de segundo instar, aplicado extrato nas concentrações de 0,5%, 0,25 % e 0,1% e flubendiamida, foi avaliado dano, mortalidade e fitoxidade. Teste de ação translaminar foi ensaiado em casa de vegetação com lagartas de segundo instar de S. frugiperda foi alocado em bolsa de tecido na folha do milho aplicado na parte abaxial da folha nas concentrações de 0,5%, 0,25 %, 0,1% e flubendiamida, foi avaliado dano e mortalidade. Teste de ação sistêmica foi com mesmos parâmetros, aplicando no solo extrato nas concentrações de 0,5%, 0,25 % e 0,1% e flubendiamida. Ensaio de preferência de oviposição sem chance de escolha foi conduzido, onde casais de pupas foram acondicionadas em gaiolas previamentes pulverizadas com concentrações de 0,5%, 1%, 2% e 4% em seu interior, avaliado viabilidade dos ovos. Três ensaios foram conduzidos a campo, primeiro foi aplicado extrato nas concentrações de 1%, 2 % e 4% e flubendiamida, os demais extratos nas concentrações de 0,5%, 0,25 % e 0,1% e flubendiamida, avaliando fitotoxidade, dano, número de planta, número de folhas e altura de plantas. Extrato etanólico foi fracionado por partição líquido-líquido com hexano, diclorometano e acetato de etila. No ensaio de aplicação tópica foi avaliado ação de contato do extrato bruto e frações a 0,5% e 4%. Foi caracterizado fitoquimicamente o extrato vegetal a fim de determinar a presença de compostos fenólicos, flavonóides e alcalóides. Teste de condução a campo com as concentrações 1%, 2% e 4% atingiram 100% na escala percentual de fitotoxidade não sendo possível prosseguir as avaliações. Dois anos ensaidos com menores concetrações, 0,1%, 0,25% e 0,5%, não causaram fitotoxidade. Em ambos anos, os danos por S. frugiperda, após 21 dias o tratamento 0,25% diferenciam-se da testemunha. Sobre a altura, 0,25% e 0,5% se destacam no primeiro ano, sendo no segundo ano 0,5% demonstra ser igual ao tratamento químico do primeiro até o último dia de avaliação. Apesar dos danos diferentes, ambos anos o número de plantas e folhas não diferem entre os tratamentos. Em ambos anos, ensaio pós 0 horas de aplicação, o tratamento contento extrato diferenciam da testemunha, sendo 0,1% portador das maiores mortalidades (75% e 100%). No ensaio pós 48 horas de aplicação, os tratamentos contento extrato não diferem da testemunha. Em ambos anos o consumo alimentar 0 horas, observa-se diferença em relação a testemunha no tratamento extrato 0,25%. Após 48 horas no primeiro ano, os tratamentos contento extrato foram maiores ou iguais a testemunha, diferentemente do segundo ano. Na conversão dos alimentos em peso em ambos anos se observa em 0 horas, todos os tratamentos não diferiram. Porém, no ensaio de 48 horas, tratamentos contento extrato não diferem entre si, porém o tratamento 0,1% difere da testemunha. Em condições de casa de vegetação extrato etanólico na concentração de 0,25% e 0,5% causaram mortalidade de 50% e 65%, respectivamente. Estas mesmas concentrações são detentoras dos menores danos nos tratamentos contendo extrato. Não foi encontrada fitotoxidade nos tratamentos contento extrato. Tratamentos contendo extrato não apresentaram ação sistêmica e translaminar. Análise fitoquímica quantitativa, o maior teor de polifenóis encontra-se no acetato de etila (97,16 µg/ml), flavonoides no extrato bruto (1890,27 µg/ml) e alcalóides no hexano (35,80 µg/ml). Na análise fitoquímica qualitativa, o extrato bruto foi o único a apresentar todos metabólitos (Flavonoides, alcaloides, polifenois totais, triterpenos, glicosídios cardiotônicos, saponinas e cumarinas). Nenhum dos tratamentos afetaram significantemente o número de posturas, de ovos ou porcentagem de eclosão das lagartas. Aplicação tópica das frações de 0,5 %, a mortalidade não foi verificada em nenhum tratamento ministrado nesta concentração, já com 4%, todos os tratamentos contendo as frações e o extrato bruto apresentaram dados de mortalidade superior comparados aos tratamentos testemunha sendo o extrato bruto o melhor atingindo 75% de mortalidade.