Efeito de herbicidas pré-emergentes no algodoeiro e período crítico de interferência de plantas daninhas

• Autor(a) principal: Lemos, Diogo Mendonça Rodrigues
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNOESTE
• Texto Completo: http://bdtd.unoeste.br:8080/jspui/handle/jspui/1498
• topic: competição; plantas daninhas; pré-emergentes; produtividade; qualidade da fibra.; competition; weeds; pre-emergence; productivity; fiber quality.; CIENCIAS AGRARIAS::AGRONOMIA

A cultura do algodoeiro é uma das principais commodities agrícolas do Brasil. A maior parte das cultivares de algodão disponíveis aos produtores possuem resistência aos herbicidas glifosato e glufosinato, o que, dependendo da frequência de uso, pode resultar em aumento da resistência de plantas daninhas a estes herbicidas. Sendo assim, o uso de pré-emergentes pode ser uma ferramenta de manejo para evitar a resistência das plantas daninhas aos herbicidas não seletivos. Assim, este trabalho teve por objetivos: 1) identificar o período crítico de remoção de plantas daninhas com e sem herbicida pré-emergente e 2) avaliar o controle de plantas daninhas com herbicidas pré-emergentes no algodoeiro. Dois experimentos foram conduzidos na Fazenda Bonito, no município de Riolândia-SP (19º 57’ 54,6” S 49º 36’ 50,9” W) com altitude média de 440 metros, na safra 2020/2021. No primeiro experimento foi determinado a remoção de plantas daninhas com e sem herbicida pré-emergente com a remoção de plantas daninhas em pós-emergência (capina manual) aos 7, 14, 21, 28, 35, 42 e 50 dias após a semeadura. O segundo experimento constou da aplicação dos herbicidas pré-emergentes: S-metolacloro, diuron, trifluralina, oxyfluorfen, clomazona, clomazona + diuron, pedimentalina, alacloro, diuron + trifluralina e o controle (sem manejo), utilizando um pulverizador manual pressurizado a CO2. A semeadura do algodoeiro (FM 911 GLTP), foi em sistema convencional de preparo do solo com subsolagem e gradagem. Cada parcela foi demarcada com 3,2 m de largura (4 linhas de algodão) e 8 m de comprimento. As avaliações compreenderam a biomassa das plantas daninhas, altura do algodoeiro, os componentes de produção (número de capulhos e peso médio de capulhos), rendimento de fibra e produtividade de fibra, e os parâmetros de qualidade da fibra como comprimento, micronaire, resistência e maturidade pelo método HVI (High Volume Instrumentals). Os resultados demonstraram que o uso do pré-emergente proporcionou o controle das plantas daninhas, não interferindo no número de nós, altura, densidade de plantas e qualidade de fibra do algodoeiro, comprovando que todos os tratamentos podem ser utilizados no manejo de plantas daninhas. A trifluralina teve uma maior eficiência de controle e menor biomassa de plantas daninhas, contribuindo para a maior produtividade do algodoeiro. O estudo do período crítico foi submetido ao modelo Weibull e a avaliação dos herbicidas pré-emergentes foi submetida à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Considerando uma perda de produtividade de 5%, o uso de clomazona + diuron atrasou a necessidade de um controle em pós-emergência em 82 dias, comparado ao não uso de pré-emergente. Concluindo, no período de interferência das plantas daninhas, a presença do tratamento com pré-emergente contribuiu para o controle das mesmas, resultando em menor biomassa e maior produtividade em comparação ao tratamento sem pré-emergente.