Dimensão fractal como método de avaliação de diferentes protocolos no tratamento da ceratoconjuntivite seca em cães

• Autor(a) principal: Zulim, Luís Felipe da Costa
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNOESTE
• Texto Completo: http://bdtd.unoeste.br:8080/jspui/handle/jspui/1340
• topic: Fractal. Olho seco. Ômegas. Tacrolimus. Quantitativo. Biopsia.; Fractal, Dry Eye, Omegas, Tacrolimus, Quantitative, Biopsy.; CIENCIAS AGRARIAS::MEDICINA VETERINARIA

A ceratoconjuntivite seca (CCS) é uma oftalmopatia crônica, maior parte de origem imunomediada, comumente diagnosticada em cães e seres humanos. O tratamento convencional consiste no uso de colírios imunossupressores e lubrificantes oculares, e como adjuvante a suplementação oral de ácidos graxos e antioxidantes. Pesquisas recentes apontam o uso de células-tronco mesenquimais (CTM) em diversas doenças crônicas e degenerativas, sendo assim uma nova alternativa para o tratamento de CCS devido sua capacidade de regeneração tecidual e ações imunorreguladoras. O cálculo de dimensão fractal (DF) tem sido utilizado em diversas áreas da medicina como método adicional, matemático e quantitativo na avaliação de estruturas complexas e irregulares. O objetivo deste estudo foi avaliar e comparar, diferentes protocolos de tratamento na CCS, através do método de DF. No artigo 1 foram avaliadas 210 lâminas de biopsia de conjuntiva palpebral de cães, divididos em 7 grupos: grupo normalidade (olhos sadios), T0 (tacrolimus antes do tratamento), T6 (tacrolimus pós tratamento), TO0 (tacrolimus associado à ômega 3 oral antes do tratamento), TO6 (tacrolimus associado à ômega 3 oral pós tratamento), TOA0 (tacrolimus associado a ômega 3 + antioxidantes antes do tratamento) e TOA6 (tacrolimus associado a ômega 3 oral + antioxidantes pós tratamento). No artigo 2 foram avaliadas 84 lâminas histopatológicas divididas em 3 grupos: Grupo controle normal (n=28), grupo CTM0 no momento do diagnóstico CCS (n=28) e CTM6 após 6 meses do tratamento com CTM (n=28). No artigo 1 o grupo normalidade apresentou valor de dimensão fractal maior que os demais grupos (1,84± 0,04) e o grupo T0 menor valor (1,66 ±0,07). Foi encontrado diferença estatística significativa entre todos os grupos (p< 0,05), menos no grupo TO6 (1,81 ± 0,06) que apresentou valores mais próximos do grupo da normalidade. No artigo 2 houve diferença estatística (p<0,05) quando comparado o grupo CTM0 (1,71±0,15) com os grupos normalidade (1,78±0,03). O grupo CTM6 (pós tratamento) apresentou valores de DF semelhantes ao grupo da normalidade e sem diferença estatística (p=0,2). Concluímos que o cálculo DF avaliou matematicamente que tratamento com tacrolimus tópico associado a suplementação oral de ômega 3 apresentou valores mais próximos à normalidade, e o tratamento com CTM apresentou valores semelhantes ao grupo da normalidade, o que pode sugerir que estes protocolos de tratamento conseguiram restabelecer melhor o tecido conjuntival. Desta maneira, o método de dimensão fractal apresentou uma boa aplicabilidade e foi uma ferramenta importante para a análise das amostras de biopsias quantitativamente, podendo ser uma avaliação adicional de lâminas histopatológicas no estudo de patologias oculares.