FATORES ASSOCIADOS AO ISOLAMENTO SOCIAL E SOLIDÃO ENTRE IDOSOS COMUNITÁRIOS EM TEMPOS DE PANDEMIA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Caroline de Fátima Ribeiro
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Silva, Juliana de Souza da, Araújo, Fabrícia Coelho de, Ohara, Daniela Gonçalves, Matos, Areolino Pena, Pinto, Ana Carolina Pereira Nunes, Pegorari, Maycon Sousa
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano (Online)
Texto Completo: http://seer.upf.br/index.php/rbceh/article/view/12016
Resumo: Introdução: Embora esforços tenham sido dispendidos na tentativa de encontrar tratamentos e vacinas eficazes para combater a COVID-19, outras demandas como a abordagem aos aspectos psicossociais precisam ser consideradas e nenhum estudo anterior investigou os fatores associados ao isolamento social e solidão entre idosos na pandemia atual. Objetivo: Analisar a associação entre o isolamento social e a solidão com as características socioeconômicas e de saúde e as variáveis relacionadas à COVID-19 em idosos comunitários em tempos de pandemia. Métodos: Estudo transversal conduzido com 86 idosos (71,78±6,98 anos) contatados via inquérito telefônico em Macapá/AP. Utilizou-se formulário estruturado para as variáveis socioeconômicas, clínicas e de saúde, isolamento social e solidão, e as relacionadas à COVID-19. Procedeu-se a estatística descritiva e inferencial pelo teste de correlação de Pearson e modelo de regressão linear. Resultados: 9,3% informaram diagnóstico positivo para covid-19, e desses, 3,5% foram hospitalizados. Referiram sentimentos de solidão 20,9% e 23,3% se encontravam socialmente isolados. As médias para as variáveis relacionadas à COVID-19 como medo, ansiedade e obsessão foram 19,01±7,25, 1,01±1,90 e 2,84±3,28, respectivamente. Houve correlação positiva e moderada entre as variáveis solidão e número de doenças; e fraca entre as variáveis solidão e número de medicamentos, sintomas depressivos e risco para sarcopenia. O modelo de regressão linear indicou que o maior escore de solidão associou-se ao maior número de doenças (β=0,288; p=0,007). Conclusão: Os resultados deste estudo sugerem uma provável resiliência dos idosos frente à COVID-19, apesar da associação da variável solidão com o número de doenças em tempos de pandemia.
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