Percepção sobre qualidade de vida entre idosos residentes em municípios de pequeno porte e sua relação com a religiosidade/espiritualidade

• Autor(a) principal: de Lima, Lara Carvalho Vilela
• Data de Publicação: 2014
• Outros Autores: Vilella, Wilza Vieira, Bittar, Cléria Maria Lobo
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano (Online)
• Texto Completo: http://seer.upf.br/index.php/rbceh/article/view/4221

Este trabalho configura-se como uma pesquisa qualitativa, realizada no interior do estado de Minas Gerais, com o objetivo de conhecer a relação entre a percepção de qualidade de vida de idosos e a religiosidade/espiritualidade. Foram realizadas entrevistas, cujo roteiro estruturado teve como base os domínios dos questionários WHOQOL-OLD e WHOQOL-BREF. O estudo foi realizado em cinco municípios mineiros de pequeno porte, de fevereiro a maio de 2013 e incluiu 32 idosos, entre 60 e 80 anos, de ambos os sexos, com residência nas zonas rural e urbana. Os relatos inclusos em cada pergunta foram então analisados, considerando o domínio de qualidade de vida (QV) a que cada tema se referia e sua relação com a religiosidade/ espiritualidade. Categorias foram propostas com base na análise do conteúdo das falas dos participantes. Observou-se que religiosidade e espiritualidade estiveram relacionadas aos diferentes temas abordados nas entrevistas, considerados determinantes de QV na velhice, influenciando, segundo a percepção dos idosos, na satisfação com a vida e a saúde, na aceitação e no enfrentamento de situações adversas, como a dependência e a morte, na participação social e nas atividades de lazer. Conclui-se que a religiosidade e a espiritualidade foram consideradas uma dimensão de QV na velhice, tendo impacto sob os diferentes aspectos na vida dos idosos, cujo conhecimento torna-se indispensável quando se propõem ações em promoção da saúde para esse segmento, em especial para aqueles que residem em municípios de pequeno porte, cujas práticas religiosas são intensas e, portanto, não podem ser excluídas de seus cotidianos.