Projeto Passo Fundo-RS: indicadores de saúde de participantes de um grupo de terceira idade

• Autor(a) principal: Stobbe, Júlio César
• Data de Publicação: 2006
• Outros Autores: Nascimento, Nair Mônica do, Bruscatto, Neide, Piccoli, Jacqueline da Costa Escobar, Backes, Luciano Marcelo, Cruz, Ivana Beatrice Mânica da
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano (Online)
• Texto Completo: http://seer.upf.br/index.php/rbceh/article/view/21

O objetivo do artigo é descrever os indicadores socioeconômicos, culturais e da saúde de indivíduos que freqüentam um grande grupo de terceira idade de Passo Fundo-RS, comparando adultos (GA < 60 anos) com idosos (GI > 60 anos), e comparar indicadores de saúde com os dos idosos descritos no Relatório do Idoso (Remi - RS). O estudo foi do tipo transversal, observacional, descritivo-analítico, de base comunitária, não probabilístico. Os dados foram coletados por entrevista estruturada e, adicionalmente, foram realizados exames físicos e laboratoriais. Dos 452 indivíduos investigados, 86,5%, são mulheres e 13,5%, homens. A maioria era natural de Passo Fundo e de etnia brasileira. A idade do grupo foi 65,4 ± 9,4 anos (32-89). Desses, 113 (25%) eram adultos (GA) e 338 (75%), idosos (> 60 anos, GI). GA e GI foram então comparados. Idosos apresentavam uma pressão arterial sistólica significativamente maior, sendo as demais variáveis biológicas similares entre os grupos. Idosos apresentaram um maior número de indivíduos não alfabetizados (GA = 3,6%, GI = 10,1%), aposentados (GA = 36,3%, GI = 72,5%), imunizados (GA = 32,7%, GI = 87,0%), com uma audição regular-ruim, osteoporose (GA = 21,2%, GI = 32,0%), hipertensão (GA = 44,2%, GI = 56,2%), infarto (IAM) (GA = 2,7%, GI = 10,4%) e doenças osteoarticulares (GA = 24,8%, GI = 35,2%). A comparação com os idosos do Remi mostrou que esta amostra possuía menor renda, era composta por não alfabetizados, tabagistas, cardíacos, com doenças pulmonares. Ocorreu prevalência maior de osteoporose e neoplasias. Os resultados mostram a ocorrência de diferenças regionais nos indicadores de saúde de idosos, sugerindo que podem ser importantes para o estabelecimento de programas preventivos regionais.