CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS DA POLIFARMÁCIA E HIPERPOLIFARMÁCIA EM NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS DO AMPAL

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rubert, Viviane Maura
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Silva, Fernanda Mambrini Só e, Bós, Ângelo José Gonçalves
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano (Online)
Texto Completo: http://seer.upf.br/index.php/rbceh/article/view/13613
Resumo: INTRODUÇÃO: Nonagenários e centenários são o grupo de idosos que mais cresce no Brasil, com alta prevalência de múltiplas morbidades. Entretanto, pouco se sabe sobre o uso concomitante de vários medicamentos nesses grupos: polifarmácia (5 ou mais medicamentos) ou hiperpolifarmácia (10 ou mais medicamentos) e sua possível relação com as características sociodemográficas. OBJETIVO: Relacionar características sociodemográficas com polifarmácia e hiperpolifarmácia em nonagenários e centenários do Projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL) (CAAE: 55906216.0.0000.5336). MÉTODOS: Análise secundária das avaliações dos participantes do AMPAL realizadas em 2016, classificadas em: polifarmácia, hiperpolifarmácia e controle (< 5 medicamentos). As características sociodemográficas foram observadas para os três grupos e a associação testada pelo Qui-quadrado. RESULTADOS: Entre os 243 participantes, 135 (56%) estavam em polifarmácia, 28 (12%) em hiperpolifarmácia. As frequências de polifarmácia e hiperpolifarmácia foram semelhantes entre homens e mulheres (p=0,959). O estado conjugal com maior frequência de polifarmácia foi o viúvo (59%) e com hiperpolifarmácia os divorciados (17%, p=0,724). Os pardos tiveram maior frequência de polifarmácia e os brancos a hiperpolifarmácia (p=0,561). Apesar de não ter sido significativo (p=0,700), quanto maior o grau de polifarmácia, menor foram os anos de estudo: controle com 6,4±4,18anos, polifarmácia 6,0±4,73anos e hiperpolifarmácia 5,6±3,85anos demonstrando uma relação linear. Os participantes que moravam sozinhos apresentaram menor frequência, tanto de hiper (5%) quanto de polifarmácia (49%, p=0,026). CONCLUSÃO: Concluímos que polifarmácia e hiperpolifarmácia foram prevalentes entre os nonagenários e centenários estudados, pois menos de um terço não apresentava nenhuma dessas características. Por outro lado, escolaridade e morar sozinho foram fatores protetores.
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