Identificação de potenciais indicadores de risco para erros de medicação relacionados à farmacoterapia de idosos hospitalizados

• Autor(a) principal: Bühler, Francine Vieira
• Data de Publicação: 2015
• Outros Autores: Crivellaro Gonçalves, Carla Beatrice, Amaral, Elisa Bortolini do
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano (Online)
• Texto Completo: http://seer.upf.br/index.php/rbceh/article/view/4589

O aumento na incidência de erros na administração de medicações nos hospitais é preocupante e estimula os profissionais a procurar alternativas para minimizá-los. O objetivo do presente estudo foi identificar potenciais indicadores de risco para erros de medicação entre idosos internados em um hospital terciário, localizado em Passo Fundo, RS. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário semiestruturado desenvolvido pelas autoras, incluindo os parâmetros de complexidade da terapia medicamentosa, critérios de Beers (2012) e o grau de conhecimentos sobre os medicamentos prescritos, obtido por meio de entrevista com os pacientes e consulta nas prescrições médicas eletrônicas. Trata- -se de um estudo transversal quantitativo, aprovado pelo comitê de ética em pesquisa e que recebeu análise estatística descritiva e analítica, utilizando o teste de correlação de Pearson e análise linear simples. A abordagem de 84 pacientes evidenciou carência de conhecimento em relação à terapia medicamentosa; mais da metade dos pacientes (57,1%) utilizavam medicamentos potencialmente inapropriados para idosos, e a complexidade da terapêutica farmacológica avaliada por meio do índice de complexidade da farmacoterapia apresentou uma média de 42,03 (±15,77) pontos. O indicador para potenciais erros de medicação apresentou pontuação mé- dia de 187,3 (±95,8) e deverá ser validado por meio de um estudo já em desenvolvimento. Esses fatores podem contribuir para a prevenção de erros de medicação e devem servir de alerta para a equipe de saúde. Faz-se necessária a implementação de medidas de ação educativas com todos os profissionais envolvidos no processo terapêutico e a participação ativa do paciente e de seu familiar na terapia. Acredita-se que quanto mais informações o paciente receber a respeito do seu diagnóstico e do tratamento farmacológico, mais ele poderá contribuir para prevenir que erros ocorram, garantindo assim uma terapia medicamentosa eficaz e segura.