Quedas e fraturas ósseas em idosos: perfil farmacoepidemiológico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Resende, Daiane Freitas
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Pimentel, Juliana Aparecida, Ribeiro, Saulo, Silva, Poliane Tâmara, Chequer, Farah Maria Drumond
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano (Online)
Texto Completo: http://seer.upf.br/index.php/rbceh/article/view/6879
Resumo: O aumento no número de idosos, cada vez mais expressivo no país, é uma importante alteração populacional. A polifarmácia é um evento bastante comum a esse grupo etário. Ela incorre, entre outros riscos, em uma maior probabilidade de quedas, ocasionalmente levando a fraturas e podendo causar comprometimento da capacidade funcional. Este estudo tem como objetivo descrever o perfil farmacoepidemiológico de idosos atendidos em uma clínica de fisioterapia e correlacionar essas informações com a ocorrência de quedas e fraturas nesse grupo populacional. Um questionário estruturado foi aplicado aos idosos, ou aos seus cuidadores, atendidos nas Clínicas Integradas de Fisioterapia da Universidade de Itaúna no período de fevereiro a março de 2016. A amostra foi selecionada por conveniência, sendo entrevistados sessenta pacientes com idade igual ou superior a 60 anos. Foi utilizado o Critério de Beers (2015) para a seleção dos medicamentos potencialmente inapropriados para idosos. Constatou-se, neste estudo, que as classes farmacológicas associadas a quedas e fraturas foram anticonvulsivantes, antidepressivos tricíclicos, benzodiazepínicos, inibidores seletivos da recaptação de serotonina e opioides. Benzodiazepínicos foram os mais relatados, seguidos de inibidores seletivos da recaptação de serotonina. Constatou-se ainda que 75% dos idosos utilizavam pelo menos um medicamento potencialmente inapropriado. Em torno de 50% relataram queda, e 63,5% relataram ter tido fratura óssea no ano de 2015, não necessariamente proveniente de quedas. O maior número de quedas ocorreu na faixa etária entre 65 e 69 anos, no sexo feminino. Houve maiores relatos de fraturas no rádio e, em seguida, na coluna. Quedas e fraturas ósseas na população idosa são frequentes e determinam complicações que alteram negativamente a qualidade de vida. Evidencia-se a importância de uma equipe multiprofissional apta ao acompanhamento do idoso, também capaz de avaliar a farmacoterapia quanto ao risco associado a tais eventos.
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