O antifascismo nas páginas do periódico O Homem Livre (1933-1934)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Heckler, Bruno Mateus
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UPF
Texto Completo: http://repositorio.upf.br/handle/riupf/2658
Resumo: A vitória dos países Aliados1 sobre os países do Eixo2 e o consequente fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) foi encarado por muitos como um golpe definitivo contra o nazifascismo, afinal, os horrores do conflito foram revelados ao mundo, de modo que uma experiência daquelas, além de suficientemente traumática, possuía caráter pedagógico e continha, para aqueles que acreditavam nessa narrativa, uma esperança sintetizada em torno da crença de que não seríamos capazes de deixar que qualquer forma de fascismo tomasse novamente impulso. No entanto, parafraseando Bertold Brecht (1898-1956), e sua mais famosa frase, “a cadela do fascismo está sempre no cio”. O fascismo clássico, de fato, pode ter morrido em 1945, no entanto, conjunturas à parte, ideias identificadas com o fascismo não deixaram de ser uma inspiração para grupos sociais, instituições, movimentos políticos e indivíduos, mesmo que, às vezes, estes sequer tenham maiores conhecimentos teóricos a respeito do tema. Mais recentemente, com o surgimento da Alt-Right3 e a escalada de movimentos políticos de extrema direita ao redor do mundo, o conceito de fascismo passou a ser abordado com maior frequência no debate público. No contexto brasileiro, a ascensão de Jair Messias Bolsonaro, eleito presidente em 2018, desencadeou diversos questionamentos a respeito da natureza das suas ideias e de seus seguidores, cujo as palavras de ordem “Deus, Pátria e família”4 foram abundantemente utilizadas desde que o militar passou a ocupar os noticiários.
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O fascismo clássico, de fato, pode ter morrido em 1945, no entanto, conjunturas à parte, ideias identificadas com o fascismo não deixaram de ser uma inspiração para grupos sociais, instituições, movimentos políticos e indivíduos, mesmo que, às vezes, estes sequer tenham maiores conhecimentos teóricos a respeito do tema. Mais recentemente, com o surgimento da Alt-Right3 e a escalada de movimentos políticos de extrema direita ao redor do mundo, o conceito de fascismo passou a ser abordado com maior frequência no debate público. No contexto brasileiro, a ascensão de Jair Messias Bolsonaro, eleito presidente em 2018, desencadeou diversos questionamentos a respeito da natureza das suas ideias e de seus seguidores, cujo as palavras de ordem “Deus, Pátria e família”4 foram abundantemente utilizadas desde que o militar passou a ocupar os noticiários.The victory of the Allied1 countries over the Axis2 countries and the consequent end of the Second World War (1939-1945) was seen by many as a definitive blow against Nazi-fascism, after all, the horrors of the conflict were revealed to the world, so that a Such an experience, in addition to being sufficiently traumatic, had a pedagogical character and contained, for those who believed in this narrative, a hope synthesized around the belief that we would not be able to let any form of fascism gain momentum again. However, to paraphrase Bertold Brecht (1898-1956), and his most famous phrase, “the bitch of fascism is always in heat”. Classic fascism, in fact, may have died in 1945, however, circumstances aside, ideas identified with fascism continued to be an inspiration for social groups, institutions, political movements and individuals, even if, sometimes, these did not even have greater theoretical knowledge on the topic. More recently, with the emergence of Alt-Right3 and the rise of far-right political movements around the world, the concept of fascism has become more frequently addressed in public debate. In the Brazilian context, the rise of Jair Messias Bolsonaro, elected president in 2018, triggered several questions regarding the nature of his ideas and those of his followers, whose slogans “God, Country and family”4 have been abundantly used since the military started to occupy the news.Submitted by Franciele Silva (francielesilva@upf.br) on 2024-04-26T17:57:33Z No. of bitstreams: 1 PF2023BrunoHeckler.pdf: 846974 bytes, checksum: f95ebd7d7f35382417972661fd2bbdf5 (MD5)Made available in DSpace on 2024-04-26T17:57:33Z (GMT). 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