Lesões serrilhadas superficialmente elevadas e lesões deprimidas convencionais e seus riscos para carcinoma. Aspectos endoscópicos e histopatológicos. Considerações sobre a histogênese e o rastreamento do câncer colorretal
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do Mackenzie |
Texto Completo: | https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/38762 |
Resumo: | Introdução: Nas colonoscopias há ainda muitas lesões perdidas, a proteção é menor no cólon proximal e acontecem muitos casos de carcinomas de intervalo. Objetivo: Comparar as características das lesões serrilhadas superficialmente elevadas (G1) com as lesões deprimidas (G2), que são as lesões mais difíceis de detectar durante as colonoscopias e seus riscos para câncer. Método: Estudo retrospectivo, transversal, observacional, no Hospital 9 de Julho, em São Paulo, Brasil. G1: 217 lesões serrilhadas superficiais elevadas ressecadas de janeiro 2012 - maio 2019. G2: :558 lesões deprimidas, janeiro 2006 – maio 2019. Resultados: No G1, 47 lesões IIA com 5 a 10 mm (21,7%) e 170 LST (78,3%) com > 10 mm (até 8,0 cm), em 12653 colonoscopias (1,7%). No G2, 558 lesões (IIA+IIC - 63,8%, IIC - 23,5% e IIC+IIA - 12,7%) a partir de 1 ou 2 mm (até 6,0 cm), em 36174 colonoscopias (1,5%). Idade: G1 aumentando nos > 60 anos e as deprimidas, nos > 50 anos (p -0,026). No G1 sexo feminino (63,4%) e no G2, não houve predominância (p<0,001). Tamanho médio: G1: 16,2 mm e G2: 9,2mm. G1: predomínio de 1,0 a 2,0 cm e deprimidas <10 mm (p<0,001). No G1 185 lesões < 20 mm, sendo 62,7% hiperplásicas e 37,3% ASS. Nas 32 lesões > 20 mm, 22 ASS (68,7%) e 10 PH (31,3%) (p<0,05). No G2, com um grande percentual de displasias AG em relação as de BG (p<0,001) e esta diferença se acentuou a partir de 10 mm. Localização: G1 predominou no cólon proximal e G2, no distal e reto (p<0,001). No G1, todas as 17 lesões do reto eram hiperplásicas (100%), no sigmoide, 18 de 22 (81,8%) e no descendente 18 de 19 (94,7%). Por outro lado, 94,5% dos 91 ASS se localizaram no cólon proximal. Quanto a histologia no G1 não observamos nenhum carcinoma invasivo para a submucosa e no G2, 28 casos (5,0%). Excluindo os pólipos hiperplásicos do G1 e considerando os carcinomas invasivos para a submucosa como neoplasias de alto grau no G2, ficamos com 91 adenomas sésseis serrilhados no G1, com 88 (96,7%) com alterações mucosas arquiteturais discretas (NIMBG) e 3 (3,3%) neoplasias na mucosa de alto grau (NIMAG) e no G2, 417 NIMBG e 141 Neoplasias de Alto Grau, sendo 113 na mucosa (NIMAG) e 28 adenocarcinomas invadindo a submucosa (p<0,001). Conclusão: As lesões serrilhadas ressecadas são maiores, se localizam preferencialmente no cólon proximal ao ângulo esplênico, principalmente em mulheres, a partir da sexta década e com um gradiente crescente de alterações arquiteturais do reto ao ceco. As deprimidas são menores, em todos os segmentos do cólon, em ambos os sexos, a partir da quinta década e com grau acentuado de displasia e que se mantém praticamente inalterado em relação a sua localização. Os 91 ASS apresentaram displasias intensas em 3,3% dos casos e nenhum carcinoma. As 558 lesões deprimidas apresentaram displasias intensas na mucosa em 20,2% dos casos e carcinomas invadindo a submucosa em 5,0%, totalizando neoplasia de alto risco em 25,2% das lesões deprimidas (p<0,001). |
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Parada, Artur AdolfoMalafaia, Osvaldo2024-06-12T19:59:12Z2024-06-12T19:59:12Z2020Introdução: Nas colonoscopias há ainda muitas lesões perdidas, a proteção é menor no cólon proximal e acontecem muitos casos de carcinomas de intervalo. Objetivo: Comparar as características das lesões serrilhadas superficialmente elevadas (G1) com as lesões deprimidas (G2), que são as lesões mais difíceis de detectar durante as colonoscopias e seus riscos para câncer. Método: Estudo retrospectivo, transversal, observacional, no Hospital 9 de Julho, em São Paulo, Brasil. G1: 217 lesões serrilhadas superficiais elevadas ressecadas de janeiro 2012 - maio 2019. G2: :558 lesões deprimidas, janeiro 2006 – maio 2019. Resultados: No G1, 47 lesões IIA com 5 a 10 mm (21,7%) e 170 LST (78,3%) com > 10 mm (até 8,0 cm), em 12653 colonoscopias (1,7%). No G2, 558 lesões (IIA+IIC - 63,8%, IIC - 23,5% e IIC+IIA - 12,7%) a partir de 1 ou 2 mm (até 6,0 cm), em 36174 colonoscopias (1,5%). Idade: G1 aumentando nos > 60 anos e as deprimidas, nos > 50 anos (p -0,026). No G1 sexo feminino (63,4%) e no G2, não houve predominância (p<0,001). Tamanho médio: G1: 16,2 mm e G2: 9,2mm. G1: predomínio de 1,0 a 2,0 cm e deprimidas <10 mm (p<0,001). No G1 185 lesões < 20 mm, sendo 62,7% hiperplásicas e 37,3% ASS. Nas 32 lesões > 20 mm, 22 ASS (68,7%) e 10 PH (31,3%) (p<0,05). No G2, com um grande percentual de displasias AG em relação as de BG (p<0,001) e esta diferença se acentuou a partir de 10 mm. Localização: G1 predominou no cólon proximal e G2, no distal e reto (p<0,001). No G1, todas as 17 lesões do reto eram hiperplásicas (100%), no sigmoide, 18 de 22 (81,8%) e no descendente 18 de 19 (94,7%). Por outro lado, 94,5% dos 91 ASS se localizaram no cólon proximal. Quanto a histologia no G1 não observamos nenhum carcinoma invasivo para a submucosa e no G2, 28 casos (5,0%). 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Considerações sobre a histogênese e o rastreamento do câncer colorretalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do Mackenzieinstname:Universidade Presbiteriana Mackenzie (MACKENZIE)instacron:MACKENZIEinfo:eu-repo/semantics/openAccesshttp://lattes.cnpq.br/0300957415364593http://lattes.cnpq.br/2371784666547763Filho, Jurandir Marcondes Ribashttp://lattes.cnpq.br/7077398001188294Campos, Antonio Carlos Ligockihttp://lattes.cnpq.br/6013394303815901Gonçalves, Antonio RochaNassif, Paulo Afonso Nuneshttp://lattes.cnpq.br/5902051031307945Introduction: There are many missed lesions in colonoscopy, protection is less effective in the proximal colon and there are many cases of interval cancer. Objective: Compare the characteristics of superficially elevated serrated lesions with depressed lesions, which are the most difficult lesions to detect during colonoscopies. Method: Retrospective, cross-sectional and observational study at Hospital 9 of July, São Paulo, Brazil. G1: 217 superficially elevated lesions with the histological diagnosis of serrate lesions, from january-2012 to may2019 and G2: 558 depressed lesions from january-2006 to may2019. Results: In G1, 47 IIA lesions with 5 to 10 mm (21,7%), 170 LST (78,3%) > 10 mm (maximum of 8.0 cm) in 12653 colonoscopies (1,7%). In G2, 558 lesions (IIA + IIC - 63.8%; IIC - 23.5% and IIC + IIA - 12.7%) from 1 or 2 mm (up to 6.0 cm), in 36174 colonoscopies (1.5%). Age: G1 increasing in > 60 years; G2, in > 50 years (p -0.026). In G1, females predominated (63.4%) and in G2 there was no predominance (p <0.001). Average size: G1, 16.2 mm and G2, 9.2 mm (p <0.001). In G1 185 lesions < 20 mm (62.7%) being hyperplastic and 69 SSA (37.3%). In the 32 lesions > 20 mm, 22 SSA (68.7%) and 10 HP (31.3%) (p <0.05). In G2, all with a high percentage of high-grade dysplasia in relation to the low-grade, and this difference was accentuated from 10 mm (p <0.001). Location: G1 predominated on the proximal colon and G2 on the distal and rectum (p <0.001). In G1, all 17 lesions of the rectum were hyperplastic (100%), sigmoid, 18 out of 22 (81.8%) and descendant 18 out of 19 (94.7%). On the other hand, 94.5% of the 91 SSA were in the proximal colon. As for histology in G1, we did not observe any invasive submucosal carcinoma and in G2, 28 cases (5.0%). Excluding the hyperplastic polyps of G1 and considering invasive submucosal carcinoma as high-grade neoplasm in G2, we had 91 serrated adenomas in G1, with 88 (96.7%) LGIMN and 3 (3.3%) HGIMN and in G2, 417 LGIMN and 141 high-grade neoplasms (113 mucosal neoplasia – HGIMN - and 28 submucosal adenocarcinomas) (p <0.001). Conclusion: Serrated lesions are larger, and usually located proximally to the splenic flexure, in women, especially from the age of 60 onwards and with an increasing gradient of architectural atypia from the rectum to the cecum. The depressed lesions are smaller, in all segments of the colon, in both sexes, from the age of 50 onwards and with a marked degree of atypia, which remains practically unchanged in relation to its location. The 91 SSA presented intense atypia in 3.3% of the cases and no carcinoma. The 558 depressed lesions presented intense atypia in the mucosa in 20.2% of the cases and submucosal carcinomas in 5.0%, adding up to a total of high-risk neoplasia in 25.2% of the depressed lesions (p <0.001).PROSUP/Taxasserrated lesionsdepressed lesionsinterval cancerscreeningcolonoscopycolon polypscolorectal cancerBrasilFaculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)UPMPrincípios da CirurgiaCNPQ::CIENCIAS DA SAUDELICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82269https://dspace.mackenzie.br/bitstreams/f571b216-4d99-43a1-b723-13324cbb98f3/downloadf0d4931322d30f6d2ee9ebafdf037c16MD51ORIGINAL2020 - ARTUR ADOLFO PARADA - DOUTORADO.pdf2020 - ARTUR ADOLFO PARADA - DOUTORADO.pdfapplication/pdf2111225https://dspace.mackenzie.br/bitstreams/3cbb1e8f-f5a8-4d94-b39c-455f07678ec1/downloadc0be102e26001ae14050690bbda196d7MD522020 - ARTUR ADOLFO PARADA.pdf2020 - ARTUR ADOLFO PARADA.pdfapplication/pdf157640https://dspace.mackenzie.br/bitstreams/ac1bd5cc-566b-4d34-9657-b68eb23daefb/download974e084266d1176c4fdfe7a8e90b0287MD53TEXT2020 - 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Introdução: Nas colonoscopias há ainda muitas lesões perdidas, a proteção é menor no cólon proximal e acontecem muitos casos de carcinomas de intervalo. Objetivo: Comparar as características das lesões serrilhadas superficialmente elevadas (G1) com as lesões deprimidas (G2), que são as lesões mais difíceis de detectar durante as colonoscopias e seus riscos para câncer. Método: Estudo retrospectivo, transversal, observacional, no Hospital 9 de Julho, em São Paulo, Brasil. G1: 217 lesões serrilhadas superficiais elevadas ressecadas de janeiro 2012 - maio 2019. G2: :558 lesões deprimidas, janeiro 2006 – maio 2019. Resultados: No G1, 47 lesões IIA com 5 a 10 mm (21,7%) e 170 LST (78,3%) com > 10 mm (até 8,0 cm), em 12653 colonoscopias (1,7%). No G2, 558 lesões (IIA+IIC - 63,8%, IIC - 23,5% e IIC+IIA - 12,7%) a partir de 1 ou 2 mm (até 6,0 cm), em 36174 colonoscopias (1,5%). Idade: G1 aumentando nos > 60 anos e as deprimidas, nos > 50 anos (p -0,026). No G1 sexo feminino (63,4%) e no G2, não houve predominância (p<0,001). Tamanho médio: G1: 16,2 mm e G2: 9,2mm. G1: predomínio de 1,0 a 2,0 cm e deprimidas <10 mm (p<0,001). No G1 185 lesões < 20 mm, sendo 62,7% hiperplásicas e 37,3% ASS. Nas 32 lesões > 20 mm, 22 ASS (68,7%) e 10 PH (31,3%) (p<0,05). No G2, com um grande percentual de displasias AG em relação as de BG (p<0,001) e esta diferença se acentuou a partir de 10 mm. Localização: G1 predominou no cólon proximal e G2, no distal e reto (p<0,001). No G1, todas as 17 lesões do reto eram hiperplásicas (100%), no sigmoide, 18 de 22 (81,8%) e no descendente 18 de 19 (94,7%). Por outro lado, 94,5% dos 91 ASS se localizaram no cólon proximal. Quanto a histologia no G1 não observamos nenhum carcinoma invasivo para a submucosa e no G2, 28 casos (5,0%). Excluindo os pólipos hiperplásicos do G1 e considerando os carcinomas invasivos para a submucosa como neoplasias de alto grau no G2, ficamos com 91 adenomas sésseis serrilhados no G1, com 88 (96,7%) com alterações mucosas arquiteturais discretas (NIMBG) e 3 (3,3%) neoplasias na mucosa de alto grau (NIMAG) e no G2, 417 NIMBG e 141 Neoplasias de Alto Grau, sendo 113 na mucosa (NIMAG) e 28 adenocarcinomas invadindo a submucosa (p<0,001). Conclusão: As lesões serrilhadas ressecadas são maiores, se localizam preferencialmente no cólon proximal ao ângulo esplênico, principalmente em mulheres, a partir da sexta década e com um gradiente crescente de alterações arquiteturais do reto ao ceco. As deprimidas são menores, em todos os segmentos do cólon, em ambos os sexos, a partir da quinta década e com grau acentuado de displasia e que se mantém praticamente inalterado em relação a sua localização. Os 91 ASS apresentaram displasias intensas em 3,3% dos casos e nenhum carcinoma. As 558 lesões deprimidas apresentaram displasias intensas na mucosa em 20,2% dos casos e carcinomas invadindo a submucosa em 5,0%, totalizando neoplasia de alto risco em 25,2% das lesões deprimidas (p<0,001). |
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