A subalternização da mão de obra negra decorrente do racismo no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Borges, Ester Gatti Bispo
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital do Mackenzie
Texto Completo: https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/38516
Resumo: O artigo em questão busca analisar a subalternização da mão de obra da população negra no Brasil decorrente, principalmente, do racismo estrutural e institucional. Essas formas de racismo conservaram uma estrutura social totalmente desigual e preconceituosa, que manteve a população branca em uma posição de destaque, enquanto a população não branca permaneceu, forçadamente, nas margens da sociedade, enfrentando vários obstáculos. No contexto pós abolição não houveram políticas voltadas à verdadeira integração da população negra na dita democracia, fazendo com que esse grupo minorizado tivesse uma maior propensão a ocupar lugares de servidão. Tratando-se das relações de trabalho, não foi diferente, assim como os outros diversos campos de uma vida social, como educação, moradia, escolaridade etc, o povo preto e pardo se viu sem oportunidade para ascender e ocupar lugares de liderança e destaque, reservados na grande maioria das vezes às pessoas brancas. Esse fato derruba, então, a difundida ideia de meritocracia, porque não existe meritocracia onde há desigualdade e, pessoas negras são a minoria em cargos de destaque, não por serem incapazes, mas por não terem todas as oportunidades e acesso que pessoas brancas possuem. Além disso, o acesso a cursos como Direito, Medicina e Engenharia, por exemplo, ficaram restritos a integrantes das classes mais altas, compostas majoritariamente por pessoas brancas, enquanto os trabalhos precarizados foram destinados às pessoas pretas e pardas, justamente por serem desprezadas pela classe alta e por ser disseminada uma cultura popular racista que acredita que quando se trata de um esforço intelectual, pessoas negras ficam aquém de pessoas brancas. A relação entre o racismo e a subalternização da mão de obra negra é direta e o mercado de trabalho, assim como todos os âmbitos de nossas vidas, é contaminado por ideais racistas, que buscam sempre manter a divisão social baseada na ascensão da população branca e na servidão da população negra. Sendo assim, a presente pesquisa trará dados concretos que confirmarão que, apesar de a igualdade social ser promovida pela Constituição Federal, a desigualdade em nosso país é mais estruturada e abraçada ainda.
id UPM_b358a38e52325abf4166e343acfd1cbd
oai_identifier_str oai:dspace.mackenzie.br:10899/38516
network_acronym_str UPM
network_name_str Repositório Digital do Mackenzie
repository_id_str 10277
spelling Borges, Ester Gatti BispoBertolin, Patrícia Tuma MartinsAndrade, Bruna Soares Angotti Batista deGarcia, Juliana Santos2024-04-18T00:18:03Z2024-04-18T00:18:03Z2023-12O artigo em questão busca analisar a subalternização da mão de obra da população negra no Brasil decorrente, principalmente, do racismo estrutural e institucional. Essas formas de racismo conservaram uma estrutura social totalmente desigual e preconceituosa, que manteve a população branca em uma posição de destaque, enquanto a população não branca permaneceu, forçadamente, nas margens da sociedade, enfrentando vários obstáculos. No contexto pós abolição não houveram políticas voltadas à verdadeira integração da população negra na dita democracia, fazendo com que esse grupo minorizado tivesse uma maior propensão a ocupar lugares de servidão. Tratando-se das relações de trabalho, não foi diferente, assim como os outros diversos campos de uma vida social, como educação, moradia, escolaridade etc, o povo preto e pardo se viu sem oportunidade para ascender e ocupar lugares de liderança e destaque, reservados na grande maioria das vezes às pessoas brancas. Esse fato derruba, então, a difundida ideia de meritocracia, porque não existe meritocracia onde há desigualdade e, pessoas negras são a minoria em cargos de destaque, não por serem incapazes, mas por não terem todas as oportunidades e acesso que pessoas brancas possuem. Além disso, o acesso a cursos como Direito, Medicina e Engenharia, por exemplo, ficaram restritos a integrantes das classes mais altas, compostas majoritariamente por pessoas brancas, enquanto os trabalhos precarizados foram destinados às pessoas pretas e pardas, justamente por serem desprezadas pela classe alta e por ser disseminada uma cultura popular racista que acredita que quando se trata de um esforço intelectual, pessoas negras ficam aquém de pessoas brancas. A relação entre o racismo e a subalternização da mão de obra negra é direta e o mercado de trabalho, assim como todos os âmbitos de nossas vidas, é contaminado por ideais racistas, que buscam sempre manter a divisão social baseada na ascensão da população branca e na servidão da população negra. Sendo assim, a presente pesquisa trará dados concretos que confirmarão que, apesar de a igualdade social ser promovida pela Constituição Federal, a desigualdade em nosso país é mais estruturada e abraçada ainda.The article in question seeks to analyze the subordination of the black workforce in Brazil, mainly due to structural and institutional racism. These forms of racism have preserved a totally unequal and prejudiced social structure, which has kept the white population in a prominent position, while the non-white population has forcibly remained on the margins of society, facing various obstacles. In the post-abolition context, there were no policies aimed at truly integrating the black population into the so-called democracy, making this minority group more likely to occupy positions of servitude. When it came to labor relations, it was no different: just like the other various fields of social life, such as education, housing, schooling, etc., black and brown people found themselves without the opportunity to ascend and occupy positions of leadership and prominence, reserved in the vast majority of cases for white people. This fact overturns the widespread idea of meritocracy, because there is no meritocracy where there is inequality, and black people are the minority in prominent positions not because they are incapable, but because they don't have all the opportunities and access that white people have. In addition, access to courses such as law, medicine and engineering, for example, have been reserved for members of the upper classes, made up mostly of white people, with the most precarious jobs going to black and brown people, precisely because they are despised by the same upper class and because a racist popular culture is disseminated that believes that when it comes to intellectual effort, black people fall short of white people. The relationship between racism and the subordination of the black workforce is direct and the job market, like all areas of our lives, is contaminated by racist ideals that always seek to maintain the social division based on the ascension of the white population and the servitude of the black population. Therefore, this research will provide real data that will confirm that although social equality is promoted in our Federal Constitution, inequality in our country is even more structured and embraced.Textohttps://dspace.mackenzie.br/handle/10899/38516Universidade Presbiteriana MackenzieUPMBrasilmão de obraracismoracismo estruturalracismo instiitucionallaborracismstructural racisminstitutional racismA subalternização da mão de obra negra decorrente do racismo no Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisporreponame:Repositório Digital do Mackenzieinstname:Universidade Presbiteriana Mackenzie (MACKENZIE)instacron:MACKENZIEinfo:eu-repo/semantics/openAccessFaculdade de Direito (FD)ORIGINALESTER GATTI BISPO BORGES ._4870219_assignsubmission_file_TCC Ester Borges - A subalternização da mão de obra negra decorrente do racismo no Brasil.pdfESTER GATTI BISPO BORGES ._4870219_assignsubmission_file_TCC Ester Borges - A subalternização da mão de obra negra decorrente do racismo no Brasil.pdfapplication/pdf470233https://dspace.mackenzie.br/bitstreams/6230620a-c6ea-4d24-9e77-5bb06c9a7ab5/download846fcc3b796e96649561b2122f6741a5MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82269https://dspace.mackenzie.br/bitstreams/2884a9b2-1a42-4bf1-94b4-47b2b674e472/downloadf0d4931322d30f6d2ee9ebafdf037c16MD52TEXTESTER GATTI BISPO BORGES ._4870219_assignsubmission_file_TCC Ester Borges - A subalternização da mão de obra negra decorrente do racismo no Brasil.pdf.txtESTER GATTI BISPO BORGES ._4870219_assignsubmission_file_TCC Ester Borges - A subalternização da mão de obra negra decorrente do racismo no Brasil.pdf.txtExtracted texttext/plain58849https://dspace.mackenzie.br/bitstreams/e650e1f7-abb7-401f-8ad4-2342df0b2a03/downloadae28e0541563482a0c241a4112a448faMD53THUMBNAILESTER GATTI BISPO BORGES ._4870219_assignsubmission_file_TCC Ester Borges - A subalternização da mão de obra negra decorrente do racismo no Brasil.pdf.jpgESTER GATTI BISPO BORGES ._4870219_assignsubmission_file_TCC Ester Borges - A subalternização da mão de obra negra decorrente do racismo no Brasil.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2387https://dspace.mackenzie.br/bitstreams/e9d7da2b-ab53-4206-91cc-0f9bd87f67d9/downloadec859da55833c74733ce75e0972b1c07MD5410899/385162024-04-18 03:02:28.066oai:dspace.mackenzie.br:10899/38516https://dspace.mackenzie.brBiblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://tede.mackenzie.br/jspui/PRIhttps://adelpha-api.mackenzie.br/server/oai/repositorio@mackenzie.br||paola.damato@mackenzie.bropendoar:102772024-04-18T03:02:28Repositório Digital do Mackenzie - Universidade Presbiteriana Mackenzie (MACKENZIE)falseTElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKPGJyPjxicj4KQ29tIG8gYWNlaXRlIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgw6AgVW5pdmVyc2lkYWRlIFByZXNiaXRlcmlhbmEgTWFja2VuemllIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSBkaXN0cmlidWlyIHNldSB0cmFiYWxobyAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyBmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgo8YnI+PGJyPgpBY2VpdGFuZG8gZXNzYSBsaWNlbsOnYSB2b2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgUHJlc2JpdGVyaWFuYSBNYWNrZW56aWUgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIG8gc2V1IHRyYWJhbGhvIHBhcmEgcXVhbHF1ZXIgbWVpbyBvdSBmb3JtYXRvIGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgo8YnI+PGJyPgpDb25jb3JkYXLDoSBxdWUgc2V1IHRyYWJhbGhvIHRhbWLDqW0gc2Vyw6EgcmVnaWRvIHBlbGEgQ3JlYXRpdmUgQ29tbW9ucyBxdWUgTsODTyBwZXJtaXRlIG8gdXNvIGNvbWVyY2lhbCBvdSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbyBkYSBvYnJhIHBvciB0ZXJjZWlyb3MgY29uZm9ybWUgZGVzY3JpdG8gZW0gPGEgaHJlZj0iaHR0cHM6Ly9jcmVhdGl2ZWNvbW1vbnMub3JnL2xpY2Vuc2VzL2J5LW5jLW5kLzQuMC8iIHRhcmdldD0iX2JsYW5rIj5odHRwczovL2NyZWF0aXZlY29tbW9ucy5vcmcvbGljZW5zZXMvYnktbmMtbmQvNC4wLzwvYT4uCjxicj48YnI+ClZvY8OqIGRlY2xhcmEgcXVlIHNldSB0cmFiYWxobyDDqSBvcmlnaW5hbCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBvIGRlcMOzc2l0byBkbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCjxicj48YnI+CkNhc28gbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXJhIGNvbmNlZGVyIMOgIFVuaXZlcnNpZGFkZSBQcmVzYml0ZXJpYW5hIE1hY2tlbnppZSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRvIHNldSB0cmFiYWxobyBvcmEgZGVwb3NpdGFkby4KPGJyPjxicj4KQ0FTTyBPIFRSQUJBTEhPIE9SQSBERVBPU0lUQURPIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTyBRVUUgTsODTyBTRUpBIEEgVU5JVkVSU0lEQURFIFBSRVNCSVRFUklBTkEgTUFDS0VOWklFLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KPGJyPjxicj4KQSBVbml2ZXJzaWRhZGUgUHJlc2JpdGVyaWFuYSBNYWNrZW56aWUgc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyIGNsYXJhbWVudGUgbyBzZXUgbm9tZSAocykgb3UgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIGRldGVudG9yKGVzKSBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZG8gc2V1IHRyYWJhbGhvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIGFsw6ltIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuCg==
dc.title.none.fl_str_mv A subalternização da mão de obra negra decorrente do racismo no Brasil
title A subalternização da mão de obra negra decorrente do racismo no Brasil
spellingShingle A subalternização da mão de obra negra decorrente do racismo no Brasil
Borges, Ester Gatti Bispo
mão de obra
racismo
racismo estrutural
racismo instiitucional
labor
racism
structural racism
institutional racism
title_short A subalternização da mão de obra negra decorrente do racismo no Brasil
title_full A subalternização da mão de obra negra decorrente do racismo no Brasil
title_fullStr A subalternização da mão de obra negra decorrente do racismo no Brasil
title_full_unstemmed A subalternização da mão de obra negra decorrente do racismo no Brasil
title_sort A subalternização da mão de obra negra decorrente do racismo no Brasil
author Borges, Ester Gatti Bispo
author_facet Borges, Ester Gatti Bispo
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Borges, Ester Gatti Bispo
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Bertolin, Patrícia Tuma Martins
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Andrade, Bruna Soares Angotti Batista de
Garcia, Juliana Santos
contributor_str_mv Bertolin, Patrícia Tuma Martins
Andrade, Bruna Soares Angotti Batista de
Garcia, Juliana Santos
dc.subject.por.fl_str_mv mão de obra
racismo
racismo estrutural
racismo instiitucional
labor
racism
structural racism
institutional racism
topic mão de obra
racismo
racismo estrutural
racismo instiitucional
labor
racism
structural racism
institutional racism
description O artigo em questão busca analisar a subalternização da mão de obra da população negra no Brasil decorrente, principalmente, do racismo estrutural e institucional. Essas formas de racismo conservaram uma estrutura social totalmente desigual e preconceituosa, que manteve a população branca em uma posição de destaque, enquanto a população não branca permaneceu, forçadamente, nas margens da sociedade, enfrentando vários obstáculos. No contexto pós abolição não houveram políticas voltadas à verdadeira integração da população negra na dita democracia, fazendo com que esse grupo minorizado tivesse uma maior propensão a ocupar lugares de servidão. Tratando-se das relações de trabalho, não foi diferente, assim como os outros diversos campos de uma vida social, como educação, moradia, escolaridade etc, o povo preto e pardo se viu sem oportunidade para ascender e ocupar lugares de liderança e destaque, reservados na grande maioria das vezes às pessoas brancas. Esse fato derruba, então, a difundida ideia de meritocracia, porque não existe meritocracia onde há desigualdade e, pessoas negras são a minoria em cargos de destaque, não por serem incapazes, mas por não terem todas as oportunidades e acesso que pessoas brancas possuem. Além disso, o acesso a cursos como Direito, Medicina e Engenharia, por exemplo, ficaram restritos a integrantes das classes mais altas, compostas majoritariamente por pessoas brancas, enquanto os trabalhos precarizados foram destinados às pessoas pretas e pardas, justamente por serem desprezadas pela classe alta e por ser disseminada uma cultura popular racista que acredita que quando se trata de um esforço intelectual, pessoas negras ficam aquém de pessoas brancas. A relação entre o racismo e a subalternização da mão de obra negra é direta e o mercado de trabalho, assim como todos os âmbitos de nossas vidas, é contaminado por ideais racistas, que buscam sempre manter a divisão social baseada na ascensão da população branca e na servidão da população negra. Sendo assim, a presente pesquisa trará dados concretos que confirmarão que, apesar de a igualdade social ser promovida pela Constituição Federal, a desigualdade em nosso país é mais estruturada e abraçada ainda.
publishDate 2023
dc.date.issued.fl_str_mv 2023-12
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2024-04-18T00:18:03Z
dc.date.available.fl_str_mv 2024-04-18T00:18:03Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/38516
url https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/38516
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv Texto
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Presbiteriana Mackenzie
dc.publisher.initials.fl_str_mv UPM
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Presbiteriana Mackenzie
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Digital do Mackenzie
instname:Universidade Presbiteriana Mackenzie (MACKENZIE)
instacron:MACKENZIE
instname_str Universidade Presbiteriana Mackenzie (MACKENZIE)
instacron_str MACKENZIE
institution MACKENZIE
reponame_str Repositório Digital do Mackenzie
collection Repositório Digital do Mackenzie
bitstream.url.fl_str_mv https://dspace.mackenzie.br/bitstreams/6230620a-c6ea-4d24-9e77-5bb06c9a7ab5/download
https://dspace.mackenzie.br/bitstreams/2884a9b2-1a42-4bf1-94b4-47b2b674e472/download
https://dspace.mackenzie.br/bitstreams/e650e1f7-abb7-401f-8ad4-2342df0b2a03/download
https://dspace.mackenzie.br/bitstreams/e9d7da2b-ab53-4206-91cc-0f9bd87f67d9/download
bitstream.checksum.fl_str_mv 846fcc3b796e96649561b2122f6741a5
f0d4931322d30f6d2ee9ebafdf037c16
ae28e0541563482a0c241a4112a448fa
ec859da55833c74733ce75e0972b1c07
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Digital do Mackenzie - Universidade Presbiteriana Mackenzie (MACKENZIE)
repository.mail.fl_str_mv repositorio@mackenzie.br||paola.damato@mackenzie.br
_version_ 1822588144231383040