A importância da instrução probatória no processo criminal: a inconstitucionalidade das permissões de delegação de atos instrutórios na Lei nº 8.038/90

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cacioli, Clara Brino
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do Mackenzie
Texto Completo: https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/28264
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo analisar a constitucionalidade dos dispositivos relativos à delegação de atos instrutórios previstos na Lei nº 8.038/90, quais sejam os artigos 3º, caput, inciso III e 9º, § 1º, à luz do relevante papel da instrução probatória no processo criminal. Para tanto, a instrução probatória foi compreendida como pedra fundamental do processo penal, elevando-se a necessidade de resguardar sua integridade pela incidência de princípios e garantias constitucionais, especificamente, a identidade física do juiz e a imediação. Sob tal perspectiva, a aplicabilidade da Lei nº 8.038/90, no que toca à possibilidade de delegação de atos instrutórios, mostrou-se incoerente com a regra de competência do foro por prerrogativa de função e, em último grau, a própria configuração de um modelo processual penal de matriz constitucional que ampara o Estado Democrático de Direito. Por esta razão, a incidência de mecanismos de controle de constitucionalidade sobre esses dispositivos legais foi elencada como possível ferramenta para a preservação da unicidade do sistema processual em torno da orientação que lhe confere a Constituição de 1988.
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