Centro de interpretação do Manauara

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cabral Filho, Camilo Gil
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do Mackenzie
Texto Completo: https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/32727
Resumo: Um complexo arquitetônico do início do século XX em estado de ruínas e com a possibilidade de se transformar em shopping. Essa foi a proposta de projeto concebida para o Complexo Booth Line; localizado no Centro Histórico de Manaus, o qual é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Apesar de ser tombado, o que sugere que o mesmo seria de grande importância para a história da capital amazonense, esse conjunto arquitetônico apresenta-se cada dia mais deteriorado e esquecido pela população da cidade. O Complexo Booth Line ficou conhecido assim em razão de uma de suas casas pertencer à companhia marítima Booth Steamship, que dentre seus navios, um fazia o trajeto Inglaterra – Manaus. Esse conjunto arquitetônico foi construído durante a “Belle Époque Amazônica”, período no qual grandes edificações foram erguidas. Dentre elas, o Teatro Amazonas (inaugurado em 1896), tão moderno e luxuoso que levou Manaus ser considerada uma das cidades mais desenvolvidas do país. Tudo devido ao dinheiro obtido com a extração de látex para a produção de borracha. Mesmo sendo o conjunto arquitetônico propriedade privada, acredito que ele deva ter uma destinação nobre, em razão do mesmo evocar uma época importante para cidade e por estar localizado na área mais vibrante do Centro Histórico, em frente ao Rio Negro. Proponho repensar a maneira com que o patrimônio histórico vem sendo feito em Manaus. Não é somente tombar uma edificação privada e permitir que ela se torne o que o proprietário queira que ela seja, sem considerar que certas edificações tem um caráter mais urbano, portanto mais especial para a cidade. Algumas edificações, como é o caso do Complexo Booth Line, precisam ser pensadas a partir de uma dimensão mais pública. Nem todos os edifícios históricos devem se tornar clínicas médicas, shoppings ou hotéis boutique. Entender o que tem em volta do Complexo Booth Line, compreender as diferenças entre os diversos tipos de manauaras que habitam a cidade e as demandas dela, me fizeram chegar ao Centro de Interpretação do Manauara. Este, dividido em cinco segmentos – dança, comida, descanso, praça e diversão –, apresenta-se como um espaço que gera encontros. É um lugar em que é possível ver o manauara realizando diferentes atividades, sem a ótica museológica exclusiva da exposição para a contemplação. Você deve entender o manauara ao frequentar o centro de interpretação
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