Biologia da mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae) em uva ‘Itália’ e acerola

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pasinato, Joel
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/235499
Resumo: Bactrocera carambolae Drew & Hancock (Diptera: Tephritidae) é uma espécie nativa do sudeste Asiático, presente no Brasil, onde está restrita aos estados do Amapá e Roraima recebendo status de praga quarentenária presente. Sua possível dispersão para outras regiões do Brasil poderia colocar em risco a produção de frutas com grandes prejuízos. Dentre as frutíferas cultivadas no Brasil, destacam-se a videira amplamente cultivada nas regiões Nordeste e Sul e, recentemente, a aceroleira nas regiões Norte e Nordeste. Neste contexto, este trabalho objetivou conhecer a biologia de B. carambolae em uva ‘Itália’(Vitis vinifera) e em acerola (Malpighia emarginata). O experimento foi conduzido no laboratório de Entomologia da EMBRAPA Amapá. Seis grupos de 20 casais oriundos da criação de laboratório, mantida em dieta artificial, foram acondicionados em gaiolas de plástico e expostos, cada um, a dez bagas de cv. Itália, por três horas e meia (11h às 14h30min), ao longo de nove dias. Outros seis grupos de casais nas mesmas condições receberam dez acerolas. Foram registrados o número de puncturas, de ovos viáveis e inviáveis em uva. Nos dois frutos avaliou-se o número, peso e viabilidade dos pupários e aduração dos estágios imaturos. Com os adultos emergidos de cada espécie de fruto, formaram-se casais dos quais se observou fecundidade, fertilidade e longevidade. Por baga, foi constatado, em média ± EP, 5,9 ± 0,22 puncturas, 39,5 ± 1,44 ovos e 0,4 ± 0,06 ovos viáveis. Os ovos foram depositados em grupos. A média de pupários por fruto foi de 0,1 ± 0,02 (uva) e 0,5 ± 0,10 (acerola) com peso médio de 11 ± 0,7 mg e 8 ± 0,3 mg, respectivamente. A viabilidade pupal foi de 82,4% (uva) e 70,6% (acerola). O tempo médio ± EP de uma geração, em dias, foi de 25,8 ± 1,10 (uva) e 19,7 ± 0,21 (acerola). A fecundidade média foi de 1.663,8 ± 501,01 (uva) e 206,9 ± 26,21 (acerola) com viabilidade de 5,63% (uva) e 12,47% (acerola). A longevidade média, em dias, foi semelhante entre os hospedeiros com 81,9 ± 9,97 em uva e 76,0 ± 0,19 em acerola. A taxa liquida de reprodução (Ro) foi, 1,2 em uva e 39,2 em acerola e a razão finita de aumento (λ) 1,01 (uva) e 1,20 (acerola). Verificou-se que B. carambolae completa o desenvolvimento em uva ‘Itália’ e em acerola e deixa prole, podendo ambos ser considerados hospedeiros da espécie. No entanto, o potencial de crescimento da espécie nos dois hospedeiros é baixa.
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spelling Pasinato, JoelRedaelli, Luiza RodriguesBotton, Marcos2022-02-26T04:56:34Z2018http://hdl.handle.net/10183/235499001094510Bactrocera carambolae Drew & Hancock (Diptera: Tephritidae) é uma espécie nativa do sudeste Asiático, presente no Brasil, onde está restrita aos estados do Amapá e Roraima recebendo status de praga quarentenária presente. Sua possível dispersão para outras regiões do Brasil poderia colocar em risco a produção de frutas com grandes prejuízos. Dentre as frutíferas cultivadas no Brasil, destacam-se a videira amplamente cultivada nas regiões Nordeste e Sul e, recentemente, a aceroleira nas regiões Norte e Nordeste. Neste contexto, este trabalho objetivou conhecer a biologia de B. carambolae em uva ‘Itália’(Vitis vinifera) e em acerola (Malpighia emarginata). O experimento foi conduzido no laboratório de Entomologia da EMBRAPA Amapá. Seis grupos de 20 casais oriundos da criação de laboratório, mantida em dieta artificial, foram acondicionados em gaiolas de plástico e expostos, cada um, a dez bagas de cv. Itália, por três horas e meia (11h às 14h30min), ao longo de nove dias. Outros seis grupos de casais nas mesmas condições receberam dez acerolas. Foram registrados o número de puncturas, de ovos viáveis e inviáveis em uva. Nos dois frutos avaliou-se o número, peso e viabilidade dos pupários e aduração dos estágios imaturos. Com os adultos emergidos de cada espécie de fruto, formaram-se casais dos quais se observou fecundidade, fertilidade e longevidade. Por baga, foi constatado, em média ± EP, 5,9 ± 0,22 puncturas, 39,5 ± 1,44 ovos e 0,4 ± 0,06 ovos viáveis. Os ovos foram depositados em grupos. A média de pupários por fruto foi de 0,1 ± 0,02 (uva) e 0,5 ± 0,10 (acerola) com peso médio de 11 ± 0,7 mg e 8 ± 0,3 mg, respectivamente. A viabilidade pupal foi de 82,4% (uva) e 70,6% (acerola). O tempo médio ± EP de uma geração, em dias, foi de 25,8 ± 1,10 (uva) e 19,7 ± 0,21 (acerola). A fecundidade média foi de 1.663,8 ± 501,01 (uva) e 206,9 ± 26,21 (acerola) com viabilidade de 5,63% (uva) e 12,47% (acerola). A longevidade média, em dias, foi semelhante entre os hospedeiros com 81,9 ± 9,97 em uva e 76,0 ± 0,19 em acerola. A taxa liquida de reprodução (Ro) foi, 1,2 em uva e 39,2 em acerola e a razão finita de aumento (λ) 1,01 (uva) e 1,20 (acerola). Verificou-se que B. carambolae completa o desenvolvimento em uva ‘Itália’ e em acerola e deixa prole, podendo ambos ser considerados hospedeiros da espécie. No entanto, o potencial de crescimento da espécie nos dois hospedeiros é baixa.Bactrocera carambolae Drew & Hancock (Diptera: Tephritidae), native to southestern Asia, has its distribution limited, in Brazil, to the states of Amapa and Roraima, having the status of quarantinable pest. Its possible dissemination to other Brazilian regions could put the fruit production at risk, with significant economical losses. The grape, widely cultivated in Northeastern and Southern Brazil, and more recently the acerola, in Northern and Northeastern regions, are commercially important fruit in Brazil. In this paper, we studied the biology of B. carambolae in ‘Itália’ grape (Vitis vinifera) and in acerola (Malpighia emarginata) in laboratory. Six groups of 20 couples from laboratory colony were maintained on artificial diet and put into plastic cages. Each couple was exposed to ten 'Italia' grapes, for 3.5 hours (11 am to 02:30 pm), during nine days. In a similar way, other six couple groups received ten acerolas. We recorded the number of punctures on fruits, viable and unviable eggs on grape. The number, weight and viability of puparia and the duration of immature stages were analyzedin both fruits. Couples emerged from each fruit species were used to evaluate fecundity, fertility and longevity. Per fruit, we recorded in average (± SE), 5.9 ± 0.22 punctures, 39.5 ± 1.44 eggs, and 0.4 ± 0.06 viable eggs. Eggs were laid in groups. The mean number of puparia per fruit was 0.1 ± 0.02 (grape) and 0.5 ± 0.10 (acerola) with mean weight of 11 ± 0.7 mg and 8 ± 0.3 mg, respectively. The pupal viability was 82.4% (grape) and 70.6% (acerola). The mean duration ± SE of one generation (days), was 25.8 ± 1.10 (grape) and 19.7 ± 0.21 (acerola). The mean fecundity was 1,663.8 ± 501.01 (grape) and 206.9 ± 26.21 (acerola), with viability of 5.63% (grape) and 12.47% (acerola). The mean longevity (days) was similar between hosts, 81.9 ± 9.97 in grape and 76.0 ± 0.19 in acerola. The net reproduction rate (Ro) was 1.2 in grape and 39.2 in acerola, and the finite growth rates (λ) 1.01 (grape) and 1.20 (acerola). We verified that B. carambolae completes its development in both ‘Italia’ grape and in acerola, producing offspring. Both species host this pest, but with a low spreading potential.application/pdfporMosca das frutasBactrocera CarambolaeUva ItáliaAcerolaPraga de plantaBiologia da mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae) em uva ‘Itália’ e acerolaBiology of carambola fruit fly (Bactrocera carambolae) on 'Italia’ grape and acerola info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de AgronomiaPrograma de Pós-Graduação em FitotecniaPorto Alegre, BR-RS2018mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001094510.pdf.txt001094510.pdf.txtExtracted Texttext/plain104489http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/235499/2/001094510.pdf.txt07c4d317725f112f6a7ab9735dba2ec3MD52ORIGINAL001094510.pdfTexto completoapplication/pdf701676http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/235499/1/001094510.pdf27f53d13cd0e8717c4f0ab65848af08eMD5110183/2354992022-03-26 05:02:47.251049oai:www.lume.ufrgs.br:10183/235499Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-03-26T08:02:47Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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