O legado de equipamentos olímpicos : uma análise dos usos no período pós-jogos no Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Gabriela Costa da
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/257361
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo geral verificar o legado de equipamentos olímpicos através da análise de uso de cada equipamento olímpico no período pós-jogos. Para atingir o objetivo proposto, foram escolhidas as áreas olímpicas dos bairros Barra da Tijuca e Deodoro, na cidade do Rio de Janeiro – RJ, sede dos Jogos Olímpicos de 2016, por abrigarem a maior parte dos equipamentos, nomeadamente: Parque Aquático Maria Lenk, Jeunesse Arena, Velódromo, Arenas Cariocas 1, 2 e 3, Centro de Tênis, Arena do Futuro e Centro Aquático, no Parque Olímpico, e Campo Olímpico de Golfe, no bairro Barra da Tijuca; e Piscina de Canoagem Slalom, Pista BMX, Arena Juventude, Centro Nacional de Tiro, Piscina do Pentatlo Moderno, Centro de Hóquei sobre Grama e Centro de Hipismo, no Complexo Esportivo de Deodoro. Os dados foram coletados através de questionários, aplicados presencialmente nos equipamentos olímpicos e nas proximidades e via internet, com usuários e moradores do entorno do Parque Olímpico, Campo Olímpico de Golfe e Complexo Esportivo de Deodoro. Também foram realizadas entrevistas estruturadas, presencialmente nos equipamentos olímpicos e no entorno imediato e via ligação por WhatsApp, com os seguintes grupos: usuários, moradores do entorno e funcionários do Parque Olímpico, Campo Olímpico de Golfe e Complexo Esportivo de Deodoro; alunos do colégio Alfa Cem (Jeunesse Arena, Parque Olímpico); e funcionário da Prefeitura do Rio de Janeiro. Os dados quantitativos provenientes dos questionários foram analisados através de frequências e testes estatísticos não-paramétricos e os dados de natureza qualitativa das entrevistas foram analisados através de interpretações dos significados e frequências. Para descrever e analisar as características da configuração espacial da cidade do Rio de Janeiro, foi utilizada análise sintática. Os resultados evidenciam a importância da construção de equipamentos multifuncionais, os quais são adaptáveis para receber diferentes atividades que atendam não só atletas, por meio de treinamentos e competições, como também a população em geral através de projetos sociais. A gestão privada dos equipamentos olímpicos tende a apresentar melhor manutenção do que a pública, contudo, quando uma instituição, tal como o Exército, recebe recursos públicos para serem investidos na manutenção dos equipamentos, estes tendem a apresentar manutenção adequada. Por sua vez, o fato das instalações olímpicas contribuírem para o desenvolvimento e valorização do bairro indica que localizar os equipamentos olímpicos de maneira descentralizada implicaria no crescimento qualificado de diferentes áreas da cidade-sede. Embora seja importante que todas as instalações estejam em áreas acessíveis, com infraestrutura urbana adequada (p. ex., iluminação, pavimentação, comércios e hotéis) e segura quanto ao crime, equipamentos olímpicos utilizados tanto por atletas, para treinamentos e competições, quanto pela população, por meio de projetos sociais, estariam melhor localizados em áreas carentes, tendo em vista que os principais usuários de instalações com estes usos são caracterizados pela baixa renda. Ainda, apesar das instalações estarem localizadas em áreas periféricas ou em expansão, devido à ausência de áreas livres em zonas centrais, verifica-se que a disponibilidade de transporte público e de vias adequadas reduz problemas gerados pela distância entre as instalações e o local de moradia dos usuários. Adicionalmente, a percepção de segurança por parte de usuários de áreas olímpicas é sustentada pelo desconhecimento de assaltos e pela presença de cercamento, que canaliza a entrada e saída de pessoas a um único portão vigiado por guardas, como acontece no Parque Olímpico do Rio de Janeiro e no Campo Olímpico de Golfe. Por sua vez, o fato das pessoas sentirem falta da maior supervisão de guardas em grandes áreas abertas, poderia ser tratado também pela inclusão de atividades que sirvam como atratores de usuários e, logo, contribuam para a supervisão dessas grandes áreas. Embora a presença de vegetação e manutenção e limpeza adequadas e as características dos equipamentos (cores, dimensões e formas) contribuam para a aparência das áreas olímpicas, verifica-se que tal aparência não tem um impacto direto sobre os usos desses equipamentos, pois dependem de outros aspectos, como a conservação dos espaços internos. Por fim, espera-se que os resultados obtidos nesta pesquisa possam contribuir para o conhecimento acerca do planejamento de equipamentos olímpicos visando os seus usos no período pós-jogos.
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Os dados foram coletados através de questionários, aplicados presencialmente nos equipamentos olímpicos e nas proximidades e via internet, com usuários e moradores do entorno do Parque Olímpico, Campo Olímpico de Golfe e Complexo Esportivo de Deodoro. Também foram realizadas entrevistas estruturadas, presencialmente nos equipamentos olímpicos e no entorno imediato e via ligação por WhatsApp, com os seguintes grupos: usuários, moradores do entorno e funcionários do Parque Olímpico, Campo Olímpico de Golfe e Complexo Esportivo de Deodoro; alunos do colégio Alfa Cem (Jeunesse Arena, Parque Olímpico); e funcionário da Prefeitura do Rio de Janeiro. Os dados quantitativos provenientes dos questionários foram analisados através de frequências e testes estatísticos não-paramétricos e os dados de natureza qualitativa das entrevistas foram analisados através de interpretações dos significados e frequências. Para descrever e analisar as características da configuração espacial da cidade do Rio de Janeiro, foi utilizada análise sintática. Os resultados evidenciam a importância da construção de equipamentos multifuncionais, os quais são adaptáveis para receber diferentes atividades que atendam não só atletas, por meio de treinamentos e competições, como também a população em geral através de projetos sociais. A gestão privada dos equipamentos olímpicos tende a apresentar melhor manutenção do que a pública, contudo, quando uma instituição, tal como o Exército, recebe recursos públicos para serem investidos na manutenção dos equipamentos, estes tendem a apresentar manutenção adequada. Por sua vez, o fato das instalações olímpicas contribuírem para o desenvolvimento e valorização do bairro indica que localizar os equipamentos olímpicos de maneira descentralizada implicaria no crescimento qualificado de diferentes áreas da cidade-sede. Embora seja importante que todas as instalações estejam em áreas acessíveis, com infraestrutura urbana adequada (p. ex., iluminação, pavimentação, comércios e hotéis) e segura quanto ao crime, equipamentos olímpicos utilizados tanto por atletas, para treinamentos e competições, quanto pela população, por meio de projetos sociais, estariam melhor localizados em áreas carentes, tendo em vista que os principais usuários de instalações com estes usos são caracterizados pela baixa renda. Ainda, apesar das instalações estarem localizadas em áreas periféricas ou em expansão, devido à ausência de áreas livres em zonas centrais, verifica-se que a disponibilidade de transporte público e de vias adequadas reduz problemas gerados pela distância entre as instalações e o local de moradia dos usuários. Adicionalmente, a percepção de segurança por parte de usuários de áreas olímpicas é sustentada pelo desconhecimento de assaltos e pela presença de cercamento, que canaliza a entrada e saída de pessoas a um único portão vigiado por guardas, como acontece no Parque Olímpico do Rio de Janeiro e no Campo Olímpico de Golfe. Por sua vez, o fato das pessoas sentirem falta da maior supervisão de guardas em grandes áreas abertas, poderia ser tratado também pela inclusão de atividades que sirvam como atratores de usuários e, logo, contribuam para a supervisão dessas grandes áreas. Embora a presença de vegetação e manutenção e limpeza adequadas e as características dos equipamentos (cores, dimensões e formas) contribuam para a aparência das áreas olímpicas, verifica-se que tal aparência não tem um impacto direto sobre os usos desses equipamentos, pois dependem de outros aspectos, como a conservação dos espaços internos. Por fim, espera-se que os resultados obtidos nesta pesquisa possam contribuir para o conhecimento acerca do planejamento de equipamentos olímpicos visando os seus usos no período pós-jogos.This research aims to verify the legacy of Olympic venues through the analysis of the use of each Olympic venue in the post-Olympic period. In order to reach the proposed goal, were chosen the Olympic areas in Barra da Tijuca and Deodoro neighborhoods, in the city of Rio de Janeiro - RJ, which hosted the 2016 Olympic Games, for they shelter most of the venues, namely: Maria Lenk waterpark, Jeunesse Arena, Rio Olympic Velodrome, Carioca Arenas 1, 2 and 3, Olympic Tennis Center, Future Arena and the Olympic Aquatics Stadium, in Barra Olympic Park, and Olympic Golf Course, in Barra da Tijuca neighborhood; and Olympic Whitewater Stadium, Olympic BMX center, Youth Arena, National Shooting Center, Aquatics Center, Olympic Hockey Center and National Equestrian Center, at Deodoro Olympic Park. The data has been collected through questionnaires at the Olympic venues and surroundings and via internet, with users and residents of the Barra Olympic Park, Olympic Golf Course and Deodoro Olympic Park’s whereabouts. Were also carried out structured interviews, face-to-face at the Olympic venues in the immediate surroundings and via Whatsapp call, with the following groups: users, residents of the surroundings and Olympic Park, Olympic Golf Course and Deodoro Sports Complex workers, Colégio Alfa Cem students, and workers of the Rio de Janeiro City Hall. The quantitative data obtained from the questionnaires was analyzed through frequencies and non parametric tests and the data of qualitative nature was analyzed through interpretations of the meanings and frequencies. To describe and analyze the characteristics of the spatial configuration of the city of Rio de Janeiro, Syntactic Analysis was used. The result points out the importance of the construction of multi-use venues, which are adaptable to host different activities that not only meet the needs of athletes, providing space for training and competitions, but also the population’s needs via social projects. The private management of the venues tends to show better maintenance than the public one. However, when an institution, such as the Army, gets public resources to be invested in the venues’ maintenance, these tend to show adequate maintenance. In turn, the fact that the Olympic buildings contribute to the development and valuation of the neighborhood indicates that locating the Olympic venues in a decentralized way results in the qualified growth of different areas of the Host City. Although it is important that every venue is in accessible areas, with adequate infrastructure (such as lighting, paving, shops and hotels) and safe against criminality, Olympic venues used as much by athletes, for training and competitions, as the population, via social projects, would be better located in needy areas, as the main users of venues with this purpose are characterized as low-income people. Moreover, despite the fact that the venues are located in peripheral or expanding areas, due to the lack of free areas in central zones, it’s verified that the availability of public transportation and adequate ways reduce problems created by the distance between the venues and the residents’ dwelling places. In addition, the perception of security from the users of Olympic areas is sustained by the unawareness of the existence of robberies and the presence of a fence that channels the entrance and exit of people in one single gate, as it is at Barra Olympic Park and at the Olympic Golf Course. In turn, the fact that the people notice the lack of supervision of guards in bigger open areas could also be treated with the inclusion of activities which serve as users attractors and, thus, contribute to the supervision of such areas. Even though the presence of vegetation, the proper maintenance and cleaning, and the characteristics of the venues (colors, sizes and shapes) help with the appearance of the Olympic areas, it’s seen that such appearance doesn’t have a direct impact on the use of such venues, since they depend on other aspects, such as the conservation of the internal areas. Lastly, it’s expected that the results obtained with this research may contribute with knowledge about the planning of Olympic venues considering their uses in the post-Olympic period.application/pdfporPercepção do usuárioComplexo esportivoCentro desportivoRio de Janeiro (RJ)Olympic ParkOlympic venuesPost-games useUsers’ perceptionO legado de equipamentos olímpicos : uma análise dos usos no período pós-jogos no Rio de Janeiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de ArquiteturaPrograma de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e RegionalPorto Alegre, BR-RS2022doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001166777.pdf.txt001166777.pdf.txtExtracted Texttext/plain1557065http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/257361/2/001166777.pdf.txt1c5d8748ee5f78e006fa7c9c38223103MD52ORIGINAL001166777.pdfTexto completoapplication/pdf20434480http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/257361/1/001166777.pdf8166e735d224a5e9acff5167396eb132MD5110183/2573612023-04-22 03:22:32.356104oai:www.lume.ufrgs.br:10183/257361Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-04-22T06:22:32Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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