Interação entre formigas e flores : como a presença de Camponotus termitarius (Emery, 1902) em inflorescências do bravatá-do-banhado molda a diversidade, morfologia e comportamento de visitantes florais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/276190 |
Resumo: | Plantas e insetos estabelecem diversas interações, sendo a relação entre formigas e plantas, em particular, marcada por efeitos positivos ou negativos. Sobre as flores, as informações sobre o impacto da mirmecofauna nos visitantes florais concentram-se principalmente na frequência de visitas, sem abordar possíveis efeitos na composição de espécies ou atributos morfológicos dos visitantes. Os estudos aqui apresentados focam nas interações entre formigas e Eryngium chamissonis Urb., que é conhecido como gravatá-do-banhado, comum em campos alagados no Rio Grande do Sul, Brasil. Na Universidade Federal de Pelotas, em Capão do Leão, Rio Grande do Sul, utilizamos 17 blocos para a amostragem. Analisamos especificamente como a presença e comportamento de Camponotus termitarius sobre as inflorescências de E. chamissonis, afetam os visitantes florais, tanto no âmbito da frequência de visitas quanto na abundância, riqueza, diversidade funcional e em atributos relacionados à percepção ou fuga das formigas. Em quatro tratamentos distintos, variando na presença de formigas vivas e besouros alfinetados, identificamos que a interação com C. termitarius reduz o número de visitas dos visitantes florais, especialmente abelhas e dípteros. Esses efeitos se estendem aos atributos morfológicos da comunidade de visitantes, como comprimento do fêmur e corpo, demonstrando que em plantas com a presença de formigas a comunidade de visitantes florais possui fêmures maiores e corpos menores. Destacamos a influência significativa de C. termitarius nas interações inseto-flores, incluindo aspectos como a composição morfológica dos visitantes florais. Discutimos, que os efeitos provenientes do risco de predação, exercido pelas formigas, podem estar diretamente associados aos nossos achados. Este estudo contribui para uma compreensão mais abrangente da dinâmica entre formigas e flores, oferecendo novas perspectivas sobre os efeitos dessas interações. |
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Carvalho, Daniel Andre deCavalleri, Adriano2024-07-11T05:40:14Z2024http://hdl.handle.net/10183/276190001200705Plantas e insetos estabelecem diversas interações, sendo a relação entre formigas e plantas, em particular, marcada por efeitos positivos ou negativos. Sobre as flores, as informações sobre o impacto da mirmecofauna nos visitantes florais concentram-se principalmente na frequência de visitas, sem abordar possíveis efeitos na composição de espécies ou atributos morfológicos dos visitantes. Os estudos aqui apresentados focam nas interações entre formigas e Eryngium chamissonis Urb., que é conhecido como gravatá-do-banhado, comum em campos alagados no Rio Grande do Sul, Brasil. Na Universidade Federal de Pelotas, em Capão do Leão, Rio Grande do Sul, utilizamos 17 blocos para a amostragem. Analisamos especificamente como a presença e comportamento de Camponotus termitarius sobre as inflorescências de E. chamissonis, afetam os visitantes florais, tanto no âmbito da frequência de visitas quanto na abundância, riqueza, diversidade funcional e em atributos relacionados à percepção ou fuga das formigas. Em quatro tratamentos distintos, variando na presença de formigas vivas e besouros alfinetados, identificamos que a interação com C. termitarius reduz o número de visitas dos visitantes florais, especialmente abelhas e dípteros. Esses efeitos se estendem aos atributos morfológicos da comunidade de visitantes, como comprimento do fêmur e corpo, demonstrando que em plantas com a presença de formigas a comunidade de visitantes florais possui fêmures maiores e corpos menores. Destacamos a influência significativa de C. termitarius nas interações inseto-flores, incluindo aspectos como a composição morfológica dos visitantes florais. Discutimos, que os efeitos provenientes do risco de predação, exercido pelas formigas, podem estar diretamente associados aos nossos achados. Este estudo contribui para uma compreensão mais abrangente da dinâmica entre formigas e flores, oferecendo novas perspectivas sobre os efeitos dessas interações.Plants and insects establish various interactions, with the relationship between ants and plants, in particular, marked by positive or negative effects. Concerning flowers, information on the impact of myrmecofauna on floral visitors focuses primarily on visitation frequency, without addressing potential effects on species composition or morphological attributes of the visitors. The studies presented here focus on interactions between ants and Eryngium chamissonis Urb., known as "gravatá-do-banhado," common in wetlands in Rio Grande do Sul, Brazil. At the Federal University of Pelotas in Capão do Leão, Rio Grande do Sul, we used 17 blocks for sampling. We specifically analyzed how the presence and behavior of Camponotus termitarius on E. chamissonis inflorescences affects floral visitors, both in terms of frequency of visits and abundance, richness, functional diversity and attributes related to the perception or escape of ants. In four distinct treatments, varying in the presence of live ants and pinned beetles, we identified that the interaction with C. termitarius reduces the number of visits by floral visitors, especially bees and dipterans. These effects extend to the morphological attributes of the visitor community, such as femur and body length, demonstrating that in plants with the presence of ants, the floral visitor community has larger femurs and smaller bodies. We highlight the significant influence of C. termitarius on insect-flower interactions, including aspects like the morphological composition of floral visitors. We discuss that the effects arising from the predation risk imposed by ants may be directly associated with our findings. These studies contribute to a more comprehensive understanding of the dynamics between ants and flowers, offering new perspectives on the effects of these interactions.application/pdfengFormigasInteraçãoEryngium chamissonisAntsInteractionPlantsInteração entre formigas e flores : como a presença de Camponotus termitarius (Emery, 1902) em inflorescências do bravatá-do-banhado molda a diversidade, morfologia e comportamento de visitantes floraisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de BiociênciasPrograma de Pós-Graduação em Biologia AnimalPorto Alegre, BR-RS2024mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001200705.pdf.txt001200705.pdf.txtExtracted Texttext/plain8078http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/276190/2/001200705.pdf.txtb3d18cb387703756c46cbaaf61e66273MD52ORIGINAL001200705.pdfTexto parcialapplication/pdf122120http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/276190/1/001200705.pdfbbcdedf192d51a39b917ecfc05e26629MD5110183/2761902024-07-27 05:43:04.288371oai:www.lume.ufrgs.br:10183/276190Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532024-07-27T08:43:04Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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Plantas e insetos estabelecem diversas interações, sendo a relação entre formigas e plantas, em particular, marcada por efeitos positivos ou negativos. Sobre as flores, as informações sobre o impacto da mirmecofauna nos visitantes florais concentram-se principalmente na frequência de visitas, sem abordar possíveis efeitos na composição de espécies ou atributos morfológicos dos visitantes. Os estudos aqui apresentados focam nas interações entre formigas e Eryngium chamissonis Urb., que é conhecido como gravatá-do-banhado, comum em campos alagados no Rio Grande do Sul, Brasil. Na Universidade Federal de Pelotas, em Capão do Leão, Rio Grande do Sul, utilizamos 17 blocos para a amostragem. Analisamos especificamente como a presença e comportamento de Camponotus termitarius sobre as inflorescências de E. chamissonis, afetam os visitantes florais, tanto no âmbito da frequência de visitas quanto na abundância, riqueza, diversidade funcional e em atributos relacionados à percepção ou fuga das formigas. Em quatro tratamentos distintos, variando na presença de formigas vivas e besouros alfinetados, identificamos que a interação com C. termitarius reduz o número de visitas dos visitantes florais, especialmente abelhas e dípteros. Esses efeitos se estendem aos atributos morfológicos da comunidade de visitantes, como comprimento do fêmur e corpo, demonstrando que em plantas com a presença de formigas a comunidade de visitantes florais possui fêmures maiores e corpos menores. Destacamos a influência significativa de C. termitarius nas interações inseto-flores, incluindo aspectos como a composição morfológica dos visitantes florais. Discutimos, que os efeitos provenientes do risco de predação, exercido pelas formigas, podem estar diretamente associados aos nossos achados. Este estudo contribui para uma compreensão mais abrangente da dinâmica entre formigas e flores, oferecendo novas perspectivas sobre os efeitos dessas interações. |
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