Estudo das retrações moderadas e severas da membrana timpânica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Canali, Inesângela
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/219424
Resumo: Introdução: A falta de padronização entre os estudos das retrações, existentes na literatura, dificulta a determinação da sua real prevalência. As diferentes características das retrações entre crianças e adultos devem ser estudadas, bem como a avaliação do padrão audiométrico nesses casos. Objetivos: Analisar a prevalência das retrações moderadas e severas nas diferentes áreas da MT; avaliar o padrão audiométrico dessas orelhas; comparar o efeito da efusão no tamanho do gap aero-ósseo (gap) e na via óssea (VO); comparar as diferenças entre crianças e adultos. Delineamento: Estudo transversal Materiais e Métodos: Foram incluídas orelhas com retração moderada e/ou severa da MT. As retrações foram classificadas conforme a classificação de Sadé e Berco, modificada pelo nosso grupo de estudo, sendo a MT dividida em três segmentos: região atical, quadrantes posteriores e quadrantes anteriores. Foram excluídas orelhas com histórico de cirurgia otológica prévia. Presença de efusão foi avaliada. Limiares de via aérea (VA), VO e gap foram descritos através da média quadritonal (pure tone average - PTA) dos limiares em 500 Hz, 1.000Hz, 2.000 Hz e 4.000 Hz. Resultados: Foram incluídos 540 pacientes (661 orelhas), com idade média de 32  20 anos (4 - 81 anos). Alterações exclusivamente aticais estiveram presentes em 24,9% das orelhas, exclusivamente de quadrantes posteriores em 10,6%, e em mais de uma região, simultaneamente, em 64%. Não houve correlação entre a localização das retrações nas diferentes áreas da MT. Efusão esteve presente em 30,7% das orelhas. A prevalência das retrações foi maior na PF entre adultos e na PT isoladamente, ou não, em crianças (p= 0,00). As medianas do PTA da VA, VO e gap foram 25 dB, 10 dB e 12,5 dB, respectivamente e 72% das orelhas apresentaram gap ≤ 20 dB. Houve diferença na mediana do PTA conforme a severidade das retrações somente para a VA e gap, somente na PT. A mediana do PTA do gap foi menor nas orelhas com retração isolada da PF do que nas retrações de pars tensa, isoladas ou não (p <0,05). Observamos diferenças em relação ao tamanho do PTA do gap e da VO entre as orelhas com e sem efusão (p ≤ 0,05). Discussão: A prevalência da localização das retrações nas diferentes regiões da MT encontradas em nosso estudo, pode ser explicada pela fisiopatologia das vias de ventilação da orelha média. O envolvimento da PF, mesmo quando mais grave, não influencia a no tamanho do gap. No entanto, a gravidade da erosão ossicular nos quadrantes posteriores foi preditiva de um aumento nos limiares da VA e do gap. A repercussão do grau da perda auditiva nesses casos, principalmente do gap, está na decisão de quais pacientes se beneficiarão ou não de intervenção precoce. Conclusão: A região atical foi a mais acometida. A maior parte das retrações acometem PF e PT simultaneamente. A diferença entre crianças e adultos aconteceu basicamente em relação à localização das retrações. A severidade da retração determinou aumento dos limiares de VA e gap somente para PT.
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spelling Canali, InesângelaCosta, Sady Selaimen daRosito, Leticia Petersen Schmidt2021-04-02T04:26:21Z2020http://hdl.handle.net/10183/219424001123545Introdução: A falta de padronização entre os estudos das retrações, existentes na literatura, dificulta a determinação da sua real prevalência. As diferentes características das retrações entre crianças e adultos devem ser estudadas, bem como a avaliação do padrão audiométrico nesses casos. Objetivos: Analisar a prevalência das retrações moderadas e severas nas diferentes áreas da MT; avaliar o padrão audiométrico dessas orelhas; comparar o efeito da efusão no tamanho do gap aero-ósseo (gap) e na via óssea (VO); comparar as diferenças entre crianças e adultos. Delineamento: Estudo transversal Materiais e Métodos: Foram incluídas orelhas com retração moderada e/ou severa da MT. As retrações foram classificadas conforme a classificação de Sadé e Berco, modificada pelo nosso grupo de estudo, sendo a MT dividida em três segmentos: região atical, quadrantes posteriores e quadrantes anteriores. Foram excluídas orelhas com histórico de cirurgia otológica prévia. Presença de efusão foi avaliada. Limiares de via aérea (VA), VO e gap foram descritos através da média quadritonal (pure tone average - PTA) dos limiares em 500 Hz, 1.000Hz, 2.000 Hz e 4.000 Hz. Resultados: Foram incluídos 540 pacientes (661 orelhas), com idade média de 32  20 anos (4 - 81 anos). Alterações exclusivamente aticais estiveram presentes em 24,9% das orelhas, exclusivamente de quadrantes posteriores em 10,6%, e em mais de uma região, simultaneamente, em 64%. Não houve correlação entre a localização das retrações nas diferentes áreas da MT. Efusão esteve presente em 30,7% das orelhas. A prevalência das retrações foi maior na PF entre adultos e na PT isoladamente, ou não, em crianças (p= 0,00). As medianas do PTA da VA, VO e gap foram 25 dB, 10 dB e 12,5 dB, respectivamente e 72% das orelhas apresentaram gap ≤ 20 dB. Houve diferença na mediana do PTA conforme a severidade das retrações somente para a VA e gap, somente na PT. A mediana do PTA do gap foi menor nas orelhas com retração isolada da PF do que nas retrações de pars tensa, isoladas ou não (p <0,05). Observamos diferenças em relação ao tamanho do PTA do gap e da VO entre as orelhas com e sem efusão (p ≤ 0,05). Discussão: A prevalência da localização das retrações nas diferentes regiões da MT encontradas em nosso estudo, pode ser explicada pela fisiopatologia das vias de ventilação da orelha média. O envolvimento da PF, mesmo quando mais grave, não influencia a no tamanho do gap. No entanto, a gravidade da erosão ossicular nos quadrantes posteriores foi preditiva de um aumento nos limiares da VA e do gap. A repercussão do grau da perda auditiva nesses casos, principalmente do gap, está na decisão de quais pacientes se beneficiarão ou não de intervenção precoce. Conclusão: A região atical foi a mais acometida. A maior parte das retrações acometem PF e PT simultaneamente. A diferença entre crianças e adultos aconteceu basicamente em relação à localização das retrações. A severidade da retração determinou aumento dos limiares de VA e gap somente para PT.Introduction: The lack of standardization between studies on retractions makes it difficult to determine its real prevalence, based on the degree of severity and the region of the affected TM. T he different characteristics of retractions as well as the assessment of the audiometric pattern between children and adults should be evaluated. Objectives: To analyze the prevalence of moderate and severe retractions in the different areas of the TM to assess the audiometric pattern of these ears to analize the effect of the effusion in the air bone gap ( size and bone conduction ( the differences between children and adults. Design: Cross sectional study Materials and Methods: Were included ears with moderate and/or severe retraction of the TM The retractions were classified according to the Sadé and Berco classification, modified by our study group TM was divided into three segments: the atical region ( the posterior quadrants, and the anterior quadrants ( Ears with history of previous otological surgery were excluded. The presence of effusion was assessed. A ir conduction ( BC, and ABG thresholds were described using the 4 frequency pure tone average ( averaging the thresholds at 500 Hz, 1000 Hz, 2000 Hz, and 4000 Hz. Results: A total of 540 patients (661 ears) were included with the median age of 32 20 years ( 4 81 years). Isolated PF retractions were present in 24.9% of the ears, isolated PT retractions in 10.6%, and simultaneous PF and PT retractions in 64%. No correlation was observed between the localization of retract ions. Effusion was present in 30.7% of the ears. The prevalence of isolated PF retractions was higher among adults and, of PT retractions, isolated or not, in children p = The PTA medians of AC, BC, and ABG were 25 dB HL, 10 dB HL, and 12.5 dB HL, re spectively and 72% of the ears showed an ABG 20 dB HL. There was a difference in the median PTA according to the severity of retractions for AC and ABG; only in PT. The PTA median of the ABG was lower in the ears with isolated PF retractions than in PT r etractions, isolated or not p < We observe differences in relation to the ABG and BC PTA medians between the ears with and without effusion p 0.05). Discussion: The prevalence of the location of retractions in the different regions of the TM as observed in our study can be explained by the pathophysiology of the ventilation pathways of the middle ear. W e observed that the involvement of PF, even when more severe, does not influence the ABG size. However, the severity of the ossicular erosion in the posterior quadrants was predictive of an increase in the AC and the ABG thresholds. The repercussions of the degree of hearing loss in these cases, especially the ABG, a re the deciding factor, which will benefit patients by an early intervention. Conclusion: The atical region was the most affected. Most retractions affected the PF and the PT at the same time. The difference between children and adults was related to the l ocation of the retractions. The severity of the retractions caused an increase in the thresholds of AC and ABG, only for PT.application/pdfporMembrana timpânicaPrevalênciaCorrelação de dadosÍndice de gravidade de doençaAudiometriaTympanic membranePrevalenceCorrelation of dataSeverity of illness indexAudiometryEstudo das retrações moderadas e severas da membrana timpânicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do AdolescentePorto Alegre, BR-RS2020doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001123545.pdf.txt001123545.pdf.txtExtracted Texttext/plain190522http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/219424/2/001123545.pdf.txt0f5d3cfab34256c422ac7228ad913de5MD52ORIGINAL001123545.pdfTexto completoapplication/pdf2026758http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/219424/1/001123545.pdf1e2e23795c2dd5dd5c4cf739c63262b3MD5110183/2194242022-12-16 05:51:07.32091oai:www.lume.ufrgs.br:10183/219424Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-12-16T07:51:07Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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