Gerenciamento do fluxo de pacientes : criação de uma unidade de curta permanência em um Serviço de Medicina Interna

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barcelos, Daniel de Souza
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/72937
Resumo: Diversos serviços de saúde no Brasil vem apresentado episódios de superlotação, em um contexto onde os recursos são limitados. A redução do tempo de permanência em internações hospitalares tem como consequência direta a disponibilização de mais leitos-dia. O gerenciamento e melhoria do fluxo de pacientes ao longo das internações hospitalares é importante, sendo que o uso eficiente dos leitos pode acontecer devido a uma série de fatores. Estudos demonstram que equipes multidisciplinares podem realizar uma assistência de qualidade, reduzindo custos e o tempo em que os pacientes permanecem internados, sem impacto na reinternação ou mortalidade. Também há trabalhos que apontam a eficácia de unidades dedicadas ao atendimento de doenças específicas. A admissão de pacientes dentro de critérios bem definidos aumenta o giro de leitos. Com o objetivo de analisar se a equipe multidisciplinar Medicina Interna – Emergência (MIE) poderia contribuir para a redução do tempo de permanência hospitalar dos pacientes portadores de doenças prevalentes, sem alterar os indicadores de reinternação e mortalidade, o presente estudo experimental, controlado, não-randomizado, comparou o período pré e pós-intervenção, ou seja, a criação de uma Unidade de Curta Permanência no Serviço de Medicina Interna, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Foram analisadas internações ocorridas através da Emergência do HCPA, de pacientes com 14 anos ou mais, com as doenças prevalentes classificadas conforme grupos do CID-10 (J09-J018; J40-J47; N30-N39; I30-I52; I60-I69; B20-B24; C15-C26; A30-A49; e E10-E14), no período compreendido entre 01 de dezembro de 2008 a 30 de novembro de 2010 (n = 11040). Os resultados do estudo demonstram que após a criação da equipe E-MEI e a sua unidade de curta permanência, houve uma redução do tempo de permanência dos pacientes internados pelas causas selecionadas (antes: 10,89 ± 13,17 dias, após: 9,47 ± 11,24 dias, p = 0,006), e uma diminuição mais acentuada nas internações do Serviço de Medicina Interna [antes (n = 680): 14,33 ± 14,57 dias, após (n = 1243): 9,77 ± 10,62 dias, p = 0,000]. Não ocorreu alteração na taxa de mortalidade de todos os pacientes admitidos para as causas selecionadas [antes (n = 3800): 11,3%, após (n = 3958): 11,8% p = 0,123]. Também não houve alteração na taxa de reinternação de 7 dias na amostra estudada [antes (n = 3369): 7,2%, depois de (n = 3491): 6,7%, p = 0,407].
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Com o objetivo de analisar se a equipe multidisciplinar Medicina Interna – Emergência (MIE) poderia contribuir para a redução do tempo de permanência hospitalar dos pacientes portadores de doenças prevalentes, sem alterar os indicadores de reinternação e mortalidade, o presente estudo experimental, controlado, não-randomizado, comparou o período pré e pós-intervenção, ou seja, a criação de uma Unidade de Curta Permanência no Serviço de Medicina Interna, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Foram analisadas internações ocorridas através da Emergência do HCPA, de pacientes com 14 anos ou mais, com as doenças prevalentes classificadas conforme grupos do CID-10 (J09-J018; J40-J47; N30-N39; I30-I52; I60-I69; B20-B24; C15-C26; A30-A49; e E10-E14), no período compreendido entre 01 de dezembro de 2008 a 30 de novembro de 2010 (n = 11040). Os resultados do estudo demonstram que após a criação da equipe E-MEI e a sua unidade de curta permanência, houve uma redução do tempo de permanência dos pacientes internados pelas causas selecionadas (antes: 10,89 ± 13,17 dias, após: 9,47 ± 11,24 dias, p = 0,006), e uma diminuição mais acentuada nas internações do Serviço de Medicina Interna [antes (n = 680): 14,33 ± 14,57 dias, após (n = 1243): 9,77 ± 10,62 dias, p = 0,000]. Não ocorreu alteração na taxa de mortalidade de todos os pacientes admitidos para as causas selecionadas [antes (n = 3800): 11,3%, após (n = 3958): 11,8% p = 0,123]. Também não houve alteração na taxa de reinternação de 7 dias na amostra estudada [antes (n = 3369): 7,2%, depois de (n = 3491): 6,7%, p = 0,407].Several health services in Brazil has shown episodes of overcrowding, in a context where resources are limited. Reducing the length of stay in hospital has as a direct consequence the provision of more beds-day. Managing and improving the flow of patients throughout the hospital is important, and the efficient use of beds can happen due to a number of factors. Studies have shown that multidisciplinary teams can perform quality care, reducing costs and the time patients remain hospitalized, with no impact on mortality or rehospitalization. There are also studies that show the effectiveness of units dedicated to the treatment of specific diseases. The admission of patients into well-defined criteria increases the turnover of beds. With the objective of analyzing the multidisciplinary team Internal Medicine – Emergency, could help to reduce the length of hospital stay of patients with diseases prevalent, without changing the indicators of rehospitalization and mortality, the present study experimental, controlled, not -randomized study compared the pre-and post-intervention, ie the creation of a Short Stay Unit in the Department of Internal Medicine, Hospital de Clinicas de Porto Alegre (HCPA). We analyzed hospital admissions through the Emergency HCPA, for patients aged 14 years or older with prevalent disease groups classified according to the ICD-10 (J09-J018, J40-J47, N30-N39, I30-I52, I60-I69; B20-B24, C15-C26, A30-A49, and E10-E14), during the period from December 1, 2008 to November 30, 2010 (n = 11,040). The study results show that after the creation of the multidisciplinary team, and its Short Stay Unit, there was a reduction in the length of stay of inpatients by selected causes (before: 10.89 ± 13.17 days after: 9 47 ± 11.24 days, p = 0.006) and a greater reduction in hospitalizations Service of Internal Medicine [before (n = 680): 14.33 ± 14.57 days after (n = 1243): 9, 77 ± 10.62 days, p = 0.000]. No change in the mortality rate of all patients admitted to selected causes [before (n = 3800): 11.3% after (n = 3958): 11.8% p = 0.123]. There was also no change in the rate of readmission than 7 days in our sample [before (n = 3369): 7.2% after (n = 3491): 6.7%, p = 0.407].application/pdfporTempo de internaçãoUnidades hospitalaresEquipe de assistência ao pacientePolíticas, planejamento e administração em saúdeLength of stayMultidisciplinary teamPatient flow managementGerenciamento do fluxo de pacientes : criação de uma unidade de curta permanência em um Serviço de Medicina Internainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Medicina: Ciências MédicasPorto Alegre, BR-RS2013mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000884186.pdf000884186.pdfTexto completoapplication/pdf514395http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/72937/1/000884186.pdf35882e1bba7adf8fefa52aba847160a2MD51TEXT000884186.pdf.txt000884186.pdf.txtExtracted Texttext/plain75299http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/72937/2/000884186.pdf.txtf48d260e52f5bd8059181eb88e6b122fMD52THUMBNAIL000884186.pdf.jpg000884186.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1333http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/72937/3/000884186.pdf.jpgabc477d83dc954a3d01d574c27b43cb8MD5310183/729372018-10-15 08:05:45.385oai:www.lume.ufrgs.br:10183/72937Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-15T11:05:45Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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