Risco de anomalia congênita por misoprostol através do modelo de cox com truncamento à esquerda
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/138225 |
Resumo: | Introdução: O uso de medicamentos no período entre a concepção e a confirmação da gravidez é um aspecto importante da epidemiologia reprodutiva, particularmente quando é usado com a finalidade de forçar a menstruação. No Brasil, o misoprostol tornou-se rapidamente popular pelo seu poder abortivo, porém sua taxa de eficácia não está claramente definida. Na maioria dos estudos com gestantes a entrada no estudo ocorre em tempos (idades gestacionais) diferentes. Assim, o tempo entre a concepção e o evento de interesse usualmente é truncado à esquerda e não considerar formalmente este aspecto na análise pode produzir vieses. Neste estudo é investigada a associação entre anomalia congênita e o uso do misoprostol, comparando três métodos de análise. Métodos: Coorte de 4251 mulheres com 20 anos de idade ou mais, arroladas entre a 21ª e a 28ª semana de gestação e acompanhadas até o parto, procedentes de serviços de pré-natal do SUS localizadas em seis capitais brasileiras. Foram comparadas a razão de azares produzida pela regressão de Cox com e sem truncamento à esquerda, e a razão de chances estimada pela regressão logística Resultados: O uso de misoprostol foi identificado como fator de risco para anomalia congênita pelo modelo logístico (RC=2,9; IC95%: 1,12–7,44) e pelos modelos de Cox sem truncamento à esquerda (HR=3,3; IC95%:1,28-8,43) e com truncamento à esquerda (HR=4,8; IC95%:1,69-13,79), porém os preditores dos modelos multivariados são diferentes. Conclusão: A escolha do método de análise influencia os modelos finais e a magnitude da associação estimada. A característica de temporalidade incluída no modelo de Cox com truncamento à esquerda agrega informações importantes, principalmente, por se tratar de um desfecho que altera suas probabilidades de acontecimento com o desenvolver da gestação. |
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Zordan, Marília CanabarroVigo, ÁlvaroDal Pizzol, Tatiane da Silva2016-04-14T02:07:09Z2009http://hdl.handle.net/10183/138225000756772Introdução: O uso de medicamentos no período entre a concepção e a confirmação da gravidez é um aspecto importante da epidemiologia reprodutiva, particularmente quando é usado com a finalidade de forçar a menstruação. No Brasil, o misoprostol tornou-se rapidamente popular pelo seu poder abortivo, porém sua taxa de eficácia não está claramente definida. Na maioria dos estudos com gestantes a entrada no estudo ocorre em tempos (idades gestacionais) diferentes. Assim, o tempo entre a concepção e o evento de interesse usualmente é truncado à esquerda e não considerar formalmente este aspecto na análise pode produzir vieses. Neste estudo é investigada a associação entre anomalia congênita e o uso do misoprostol, comparando três métodos de análise. Métodos: Coorte de 4251 mulheres com 20 anos de idade ou mais, arroladas entre a 21ª e a 28ª semana de gestação e acompanhadas até o parto, procedentes de serviços de pré-natal do SUS localizadas em seis capitais brasileiras. Foram comparadas a razão de azares produzida pela regressão de Cox com e sem truncamento à esquerda, e a razão de chances estimada pela regressão logística Resultados: O uso de misoprostol foi identificado como fator de risco para anomalia congênita pelo modelo logístico (RC=2,9; IC95%: 1,12–7,44) e pelos modelos de Cox sem truncamento à esquerda (HR=3,3; IC95%:1,28-8,43) e com truncamento à esquerda (HR=4,8; IC95%:1,69-13,79), porém os preditores dos modelos multivariados são diferentes. Conclusão: A escolha do método de análise influencia os modelos finais e a magnitude da associação estimada. A característica de temporalidade incluída no modelo de Cox com truncamento à esquerda agrega informações importantes, principalmente, por se tratar de um desfecho que altera suas probabilidades de acontecimento com o desenvolver da gestação.Introduction: The use of drugs in the period between conception and confirmation of pregnancy is an important aspect of reproductive epidemiology, particularly when used with the purpose of forcing menstruation. In Brazil, misoprostol quickly became popular for its abortive power, but its rate of effectiveness is not clearly defined. Most studies with pregnant women reports that they entering in the study in time (gestational age) different. Thus, the time between conception and the event of interest is usually truncated to the left and not formally consider this aspect in the analysis can produce bias. In this study we investigated the association between congenital anomalies and the use of misoprostol, comparing three methods of analysis. Methods: Cohort study of 4251 women aged 20 or older, enrolled between 21 and 28 weeks of gestation and followed until delivery, coming from services prenatal SUS located in six Brazilian capitals. We compared the hazard ratio produced by Cox regression with and without truncation to the left, and odds ratios estimated by logistic regression Results: The use of misoprostol was identified as a risk factor for congenital anomalies by the logistic model (OR=2.9, 95%:1.12-7.44) and the Cox models without truncation to the left (HR=3.3, 95%:1.28-8.43) and left truncation (HR=4.8, 95%:1.69-13.79), but the predictors of the multivariate models are different. Conclusion: The choice of method of analysis influences the final models and the magnitude of the association estimated. A feature of temporality included in the Cox model with left truncation adds important information, especially since it is an outcome that changes your odds of developing the event of pregnancy.application/pdfporAnormalidades congênitasMisoprostolAnálise de regressãoSensibilidade e especificidadeEpidemiologiaRisco de anomalia congênita por misoprostol através do modelo de cox com truncamento à esquerdainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em EpidemiologiaPorto Alegre, BR-RS2009mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000756772.pdf000756772.pdfTexto completoapplication/pdf1072075http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/138225/1/000756772.pdf51466c8f8523ba66aceb231852bea626MD51TEXT000756772.pdf.txt000756772.pdf.txtExtracted Texttext/plain151375http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/138225/2/000756772.pdf.txte43478dbfdfd2ff6a74f8f23aeffe666MD52THUMBNAIL000756772.pdf.jpg000756772.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1210http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/138225/3/000756772.pdf.jpg2798b272aefc51dc78d8d72c970fa879MD5310183/1382252018-10-23 09:06:15.023oai:www.lume.ufrgs.br:10183/138225Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-23T12:06:15Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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