Envolvimento da proteína prion celular em processos de aprendizado, memória e outros parâmetros comportamentais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Coitinho, Adriana Simon
Data de Publicação: 2004
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/266626
Resumo: Prion é o agente infeccioso responsável por doenças neurodegenerativas conhecidas como encefalopatias espongiformes transmissíveis (EET), que atingem tanto o homem quanto outros animais. A partícula infecciosa é composta por PrPsc que é uma isoforma anormal de uma proteína celular normal, PrPC, ligada a superfície celular por uma âncora de glicosilfosfatidil inositol que é expressa na maioria das células, mas principalmente nos neurônios. As doenças causadas por prions tem sido associadas com o acúmulo da forma anormal da proteína e seus efeitos tóxicos, porém não se sabe se a perda da função de PrPc é um componente importante. O objetivo principal desta tese foi caracterizar o envolvimento de PrPc nos eventos celulares e moleculares necessários para a formação da memória da tarefa de esquiva inibitória no hipocampo. Além disso, também investigamos o efeito da administração de MK-801, anfetamina e cafeína na atividade locomotora de camundongos knockout para PrPc (Prnp⁰/⁰) e controles. Os resultados demonstram que PrPc é crucial para a consolidação da memória de curta (STM) e longa duração (LTM). Demonstramos que a interação PrPc-laminina exerce um papel fundamental na formação da memória através da ativação de duas vias sinalizadoras clássicas, da proteína quinase A (PKA) e da proteína quinase ativada por mitógeno (MAPK). Além disso, a interação entre PrPc e a proteína STI1 (stress inducible protein I) também exerce um papel importante na memória. Adicionalmente, mostramos que camundongos Prnp⁰/⁰ e ratos com 9 meses de idade infundidos com um anticorpo anti-PrPc apresentaram prejuízo na STM e LTM. O entendimento da função do PrPc na memória pode ajudar a caracterização de aspectos biológicos das EET e identificar candidatos a fármacos para terapia.
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