Os impactos dos arranjos de trabalho flexível para equidade de gênero no ambiente corporativo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Zaman, Susana Sefidvash
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/230169
Resumo: Embora as mulheres representem quase metade da força de trabalho, a equidade de gênero no ambiente corporativo ainda está longe do equilíbrio. Dentre possíveis obstáculos estão as discriminações enraizadas em crenças sobre os papéis sociais das mulheres e dos homens. Historicamente, a divisão social do trabalho imputa na mulher a responsabilidade primária, se não a única, pelos cuidados com crianças e idosos, tarefas domésticas e outras questões relacionadas à família, fazendo com que muitas abandonem suas carreiras. Neste sentido, a flexibilidade tem sido associada como uma estratégia organizacional eficaz para conciliar as demandas da carreira e da família e, portanto, para aumentar a participação e o avanço das mulheres no mercado de trabalho. A partir desse contexto, a presente dissertação se propõe a identificar como as práticas de flexibilidade contribuem, ou não, para a equidade de gênero no ambiente corporativo. Para tal, foi necessário entender (a) quais são os impactos da adoção de práticas de flexibilidade dentro da perspectiva de gênero; (b) como, no contexto pré-pandêmico, os impactos da adoção de tais práticas eram percebidos; e (c) quais são as principais mudanças na gestão dos ambientes organizacionais devido à difusão do trabalho remoto como consequência da pandemia da COVID-19. Foram adotados métodos mistos para o alcance destes objetivos, dentre eles uma revisão sistemática da literatura e o estudo exploratório de natureza quantitativa e qualitativa. Como principal contribuição desta pesquisa foi possível evidenciar que apesar da flexibilidade ser uma ótima forma para reduzir a disparidade entre os gêneros no mercado de trabalho, introduzi-la sozinha não é suficiente. Devido às crenças enraizadas na nossa sociedade em relação aos papéis de gênero, a adoção da flexibilidade pode impor barreiras às mulheres, especialmente se elas foram as únicas a adotarem. Este e outros desafios enfrentados pelas mulheres na adoção de práticas de flexibilidade são demonstrados nessa pesquisa. Uma vez que a cultura organizacional desempenha um papel fundamental para mediar os efeitos negativos, são oferecidos insights para as empresas que desejam promover uma cultura mais inclusiva e equânime entre homens e mulheres, através da formulação de políticas ou programas de flexibilidade.
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A partir desse contexto, a presente dissertação se propõe a identificar como as práticas de flexibilidade contribuem, ou não, para a equidade de gênero no ambiente corporativo. Para tal, foi necessário entender (a) quais são os impactos da adoção de práticas de flexibilidade dentro da perspectiva de gênero; (b) como, no contexto pré-pandêmico, os impactos da adoção de tais práticas eram percebidos; e (c) quais são as principais mudanças na gestão dos ambientes organizacionais devido à difusão do trabalho remoto como consequência da pandemia da COVID-19. Foram adotados métodos mistos para o alcance destes objetivos, dentre eles uma revisão sistemática da literatura e o estudo exploratório de natureza quantitativa e qualitativa. Como principal contribuição desta pesquisa foi possível evidenciar que apesar da flexibilidade ser uma ótima forma para reduzir a disparidade entre os gêneros no mercado de trabalho, introduzi-la sozinha não é suficiente. Devido às crenças enraizadas na nossa sociedade em relação aos papéis de gênero, a adoção da flexibilidade pode impor barreiras às mulheres, especialmente se elas foram as únicas a adotarem. Este e outros desafios enfrentados pelas mulheres na adoção de práticas de flexibilidade são demonstrados nessa pesquisa. Uma vez que a cultura organizacional desempenha um papel fundamental para mediar os efeitos negativos, são oferecidos insights para as empresas que desejam promover uma cultura mais inclusiva e equânime entre homens e mulheres, através da formulação de políticas ou programas de flexibilidade.Although women make up nearly half of the workforce, gender equality in the corporate environment is still not a reality. Among possible obstacles are discriminations rooted in beliefs about the social roles of women and men. Historically, the social division of labor places on women the primary, if not the only, responsibility for caring for children and the elderly, household chores and other issues related to the family, causing many to abandon their careers. In this sense, flexibility has been associated as an effective organizational strategy to reconcile career and family demands and, therefore, to increase women's participation and advancement in the labor market. From this context, this dissertation aims to identify how flexibility practices contribute, or not, to gender equality in the corporate environment. To do so, it was necessary to understand (a) what are the impacts of adopting flexibility practices from a gender perspective; (b) how, in the pre-pandemic context, the impacts of adopting such practices were perceived; and (c) what are the main changes in the management of organizational environments due to the spread of remote work as a result of the COVID-19 pandemic must be envisaged. Mixed methods were adopted to achieve these objectives, including a systematic literature review and an exploratory study of a quantitative and qualitative in nature. As the main contribution of this research, it was possible to show that, despite flexibility being a great way to reduce the disparity between genders in the labor market, introducing it alone is not enough. Due to ingrained beliefs in our society regarding gender roles, adopting flexibility can pose barriers to women, especially if they were the only ones to adopt. This and other challenges faced by women in adopting flexibility practices are highlighted in this research. As organizational culture plays a key role in mediating such negative effects, this study provides insights for companies that want to promote a more inclusive and equitable culture between men and women, through the formulation of flexibility policies or programs.application/pdfporEquidade de gêneroFlexibilização do trabalhoMulheresAmbiente organizacionalGender equalityFlexible work arrangementsHome officeOrganizational strategyOrganizational cultureOs impactos dos arranjos de trabalho flexível para equidade de gênero no ambiente corporativoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de EngenhariaPrograma de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e TransportesPorto Alegre, BR-RS2021mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001131670.pdf.txt001131670.pdf.txtExtracted Texttext/plain210735http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/230169/2/001131670.pdf.txt1045c9cb63b448eaf062a5d278957d1fMD52ORIGINAL001131670.pdfTexto completoapplication/pdf1969132http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/230169/1/001131670.pdf193ae6524ee06732a99a989e87209c5eMD5110183/2301692024-01-18 04:22:08.122803oai:www.lume.ufrgs.br:10183/230169Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532024-01-18T06:22:08Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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