O Brasil que quer ser líder? Mercosul e Unasul na política externa brasileira para a América do sul (1988–2018)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/277586 |
Resumo: | É recorrente na academia brasileira que a Política Externa do governo Michel Temer (2016–2018) modificou a inserção internacional do Brasil e redimensionou a importância do país no contexto regional. Contudo, há dados que apontam que algumas dessas mudanças teriam iniciado anteriormente, ainda na gestão de Dilma Rousseff (2011–2016), levando à abdicação do protagonismo do país na América do Sul e do seu papel de liderança. Essa liderança, que não encontra consenso na literatura, é muitas vezes interpretada de forma negativa e, ou, confundida com pretensões hegemônicas. Reformulando o conceito de Liderança Regional, realizou-se uma análise histórica ampliada da política externa brasileira para a América do Sul (1988–2018), cobrindo o período desde a redemocratização, com o intuito de demonstrar que o objetivo brasileiro de se tornar um líder regional foi construído e reforçado paulatinamente, ao longo desses anos, mas que, somente a partir do governo Cardoso, todas as variáveis de liderança, em maior ou menor grau, se tornaram presentes. Dessa forma, utilizou-se do Mercosul e da Unasul como parâmetros de análise em cada um desses governos, buscando identificar se a perda da liderança brasileira na região se deu de maneira paulatina ou, como parte da literatura sugere, a partir da transição dos governos Rousseff-Temer. Nesse sentido, partiu-se para uma análise qualitativa, na qual foi utilizada o referencial teórico da Análise de Política Externa para estabelecer, através da análise longitudinal das variáveis que compõe o conceito de liderança formulado por nós (ação coletiva, propósito, poder e vontade política), quando se deu essa mudança e para evidenciar que essa inflexão rompeu com um padrão de inserção internacional que vinha se delineando desde o governo Cardoso. Conclui-se que a liderança brasileira foi um projeto político que evoluiu e que foi executado de diferentes formas ao longo do tempo, e que a troca per se de presidência, de Rousseff para Temer, não foi o que significou a inflexão de fato desta liderança. |
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Mallmann, Vinícius HenriqueSilva, André Luiz Reis da2024-08-23T06:30:21Z2024http://hdl.handle.net/10183/277586001209177É recorrente na academia brasileira que a Política Externa do governo Michel Temer (2016–2018) modificou a inserção internacional do Brasil e redimensionou a importância do país no contexto regional. Contudo, há dados que apontam que algumas dessas mudanças teriam iniciado anteriormente, ainda na gestão de Dilma Rousseff (2011–2016), levando à abdicação do protagonismo do país na América do Sul e do seu papel de liderança. Essa liderança, que não encontra consenso na literatura, é muitas vezes interpretada de forma negativa e, ou, confundida com pretensões hegemônicas. Reformulando o conceito de Liderança Regional, realizou-se uma análise histórica ampliada da política externa brasileira para a América do Sul (1988–2018), cobrindo o período desde a redemocratização, com o intuito de demonstrar que o objetivo brasileiro de se tornar um líder regional foi construído e reforçado paulatinamente, ao longo desses anos, mas que, somente a partir do governo Cardoso, todas as variáveis de liderança, em maior ou menor grau, se tornaram presentes. Dessa forma, utilizou-se do Mercosul e da Unasul como parâmetros de análise em cada um desses governos, buscando identificar se a perda da liderança brasileira na região se deu de maneira paulatina ou, como parte da literatura sugere, a partir da transição dos governos Rousseff-Temer. Nesse sentido, partiu-se para uma análise qualitativa, na qual foi utilizada o referencial teórico da Análise de Política Externa para estabelecer, através da análise longitudinal das variáveis que compõe o conceito de liderança formulado por nós (ação coletiva, propósito, poder e vontade política), quando se deu essa mudança e para evidenciar que essa inflexão rompeu com um padrão de inserção internacional que vinha se delineando desde o governo Cardoso. Conclui-se que a liderança brasileira foi um projeto político que evoluiu e que foi executado de diferentes formas ao longo do tempo, e que a troca per se de presidência, de Rousseff para Temer, não foi o que significou a inflexão de fato desta liderança.It is a recurring theme in Brazilian academia that the foreign policy of Michel Temer's government (2016-2018) has changed Brazil's international position and re-dimensioned the country's importance in the regional context. However, there is evidence to suggest that some of these changes began earlier, during Dilma Rousseff's administration (2011-2016), leading to the abdication of the country's protagonism in South America and its leadership role. This leadership, which does not find a consensus in the literature, is often interpreted negatively or confused with hegemonic pretensions. Reformulating the concept of Regional Leadership, an extended historical analysis of Brazil's foreign policy towards South America (1988-2018) was carried out, covering the period since re-democratisation, with the aim of demonstrating that Brazil's objective of becoming a regional leader was gradually built up and reinforced over these years, but that it was only since the Cardoso administration that all the leadership variables, to a greater or lesser degree, became present. In this way, Mercosur and Unasur were used as parameters for analysing each of these governments, seeking to identify whether the loss of Brazilian leadership in the region occurred gradually or, as some of the literature suggests, from the transition between the Rousseff and Temer governments. With this in mind, we embarked on a qualitative analysis, using the theoretical framework of Foreign Policy Analysis to establish, through a longitudinal analysis of the variables that make up the concept of leadership formulated by us (collective action, purpose, power and political will), when this change took place and to show that this inflection broke with a pattern of international insertion that had been outlined since the Cardoso government. The conclusion is that Brazilian leadership was a political project that evolved and was executed in different ways over time, and that the change of presidency per se, from Rousseff to Temer, was not what signified the de facto inflection of this leadership.application/pdfporRelações internacionaisLiderança políticaPolítica externa : BrasilAmérica do SulIntegração regionalMercosulRegional leadershipBrazilian Foreign PolicySouth AmericaRegionalismForeign Policy AnalysisO Brasil que quer ser líder? Mercosul e Unasul na política externa brasileira para a América do sul (1988–2018)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Filosofia e Ciências HumanasPrograma de Pós-Graduação em Ciência PolíticaPorto Alegre, BR-RS2024doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001209177.pdf.txt001209177.pdf.txtExtracted Texttext/plain623629http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/277586/2/001209177.pdf.txtbfaaa01cf41dc81a1411ec7d5f144e94MD52ORIGINAL001209177.pdfTexto completoapplication/pdf1865167http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/277586/1/001209177.pdf769466c085fd043c03460a5ec7fd8cb4MD5110183/2775862024-08-24 06:43:08.356946oai:www.lume.ufrgs.br:10183/277586Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532024-08-24T09:43:08Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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