Fatores de risco clínicos, obstétricos e demográficos relacionados à indicação de cesariana em nulíparas em um hospital universitário: estudo de coorte prospectivo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/35025 |
Resumo: | As taxas de cesariana têm aumentado nas últimas décadas em todo o mundo e em especial nos países desenvolvidos ou em desenvolvimento. Frequentemente a taxa de cesariana de um país, região ou instituição é considerada um marcador de qualidade no atendimento da população obstétrica. Estas taxas podem variar muito dentro de um mesmo país ou região, pois dependem de vários fatores clínicos (patologias pré-existentes e aquelas que se desenvolvem durante a gestação) e fatores não clínicos (sociais, econômicos, de complexidade hospitalar, público ou privado e diferenças entre profissionais). A compreensão dos fatores associados às taxas elevadas de cesariana permitirá o desenvolvimento de estratégias e políticas públicas para diminuir as diferenças sociais e promover a saúde de todas as mulheres. Objetivo: identificar os fatores capazes de contribuir com o aumento de risco para a primeira cesariana, especificamente em mulheres sem parto prévio. Método: foi realizado um estudo de coorte prospectivo em hospital público e universitário de Porto Alegre (RS), no período de dezembro de 2006 a junho de 2007. Foram inicialmente incluídas todas as nulíparas (510 pacientes) atendidas durante o período em estudo. As informações foram obtidas a partir de registros feitos por ocasião da admissão, parto e pós-parto. Os questionários incluíam itens de características sócio-demográficas e características de saúde materna e fetal. Resultados: na regressão logística, as variáveis que tiveram significância (P < 0,05) na associação com aumento de cesarianas em nulíparas foram: macrossomia fetal (RC 10,29, IC 95% 1,08 - 98,02); apresentação não cefálica (RC 10,12, IC 95 % 3,04 - 33,66); emergências obstétricas (RC 8,74, IC 95 % 2,62 – 29,15); doenças fetais (RC 3,48, IC 95 % 1,71 – 7,09); ); idade gestacional igual ou maior a 40 semanas (RC 2,18, IC 95 % 1,39 - 3,41); distúrbios hipertensivos (RC 2,04, IC 95 % 1,21 - 3,46); idade materna (RC 1,10, IC 95 % 1,05 – 1,14). Conclusões: Este estudo demonstrou que determinadas características obstétricas, clínicas e demográficas presentes já na admissão hospitalar da gestante são, ao menos, parcialmente responsáveis pelo número de cesarianas. |
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