Fatores relacionados ao contato pele a pele entre mãe e recém-nascido e a oportunidade de amamentação na primeira hora de vida

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Abdala, Leticia Gabriel
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/234377
Resumo: Introdução: Recém-nascidos (RN) que apresentam boas condições de vitalidade ao nascer, quando colocados imediatamente no colo materno, têm uma melhor transição para o meio extrauterino, tanto pela estabilização mais rápida da respiração e temperatura como menor estresse e choro. O Ministério da Saúde recomenda esta prática de contato pele a pele (CPP) a todo RN sadio, de forma imediata e contínua após o parto, por pelo menos uma hora, estimulando-se o aleitamento nesse período. Objetivo: Analisar os fatores associados a realização de contato pele a pele entre mãe e RN e a oportunidade de amamentação na primeira hora de vida. Método: Trata-se de estudo observacional, transversal, conduzido no centro obstétrico de um hospital Amigo da Criança, em Porto Alegre/RS, em que a pesquisadora acompanhou a interação mãe-bebê durante os primeiros 60 minutos pós-parto. Foram incluídos RN à termo, com peso ≥2500g, nascidos de parto vaginal e de cesárea. Foram excluídos filhos de mães com história/suspeita de drogadição, soropositivas para o vírus HIV e portadores de malformações congênitas. Resultados: Foram incluídas 111 duplas mãe-bebê, sendo 68,4% (n=76) nascidos de parto vaginal e 31,6% (n=35) de cesárea. A prevalência de CPP na primeira hora de vida foi de 81%. Contudo, evidenciou-se que é comum na primeira hora de vida a colocação do RN enrolado em tecido sobre a mãe – o chamado “contato pele-pano”. Assim, a prevalência de CPP exclusivo foi de 53,2%. A mediana do tempo de CPP foi de 30 minutos (IQR: 15-45). Em 71,2% dos casos os RN tiveram a oportunidade de iniciar a amamentação na primeira hora de vida, sendo que 74,4% destes efetivamente apresentaram sucção. O tipo de contato da mãe-RN não influenciou na duração da amamentação, embora os RN que não realizaram CPP tenham sugado por tempo discretamente inferior (p=0,906). A temperatura da sala de parto não mostrou associação estatisticamente significativa (p>0,05) com o tipo de contato mãe-bebê, mas teve associação significativa (p=0,037) com o início do aleitamento. Conclusões: Constatou-se que adesão da prática de contato pele a pele ocorreu na maioria dos casos. O contato pele a pele deve ser encorajado durante, pelo menos, a primeira hora de vida após o nascimento, com o mínimo de interrupção e até que a primeira amamentação seja concluída, desde que a mãe eo recémnascido permaneçam estáveis. Sugere-se que sejam realizados estudos futuros para investigar grupos de igual tamanho de RN nascidos de parto normal e de cesárea com o propósito de analisar associação com o contato pele a pele.
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Foram incluídos RN à termo, com peso ≥2500g, nascidos de parto vaginal e de cesárea. Foram excluídos filhos de mães com história/suspeita de drogadição, soropositivas para o vírus HIV e portadores de malformações congênitas. Resultados: Foram incluídas 111 duplas mãe-bebê, sendo 68,4% (n=76) nascidos de parto vaginal e 31,6% (n=35) de cesárea. A prevalência de CPP na primeira hora de vida foi de 81%. Contudo, evidenciou-se que é comum na primeira hora de vida a colocação do RN enrolado em tecido sobre a mãe – o chamado “contato pele-pano”. Assim, a prevalência de CPP exclusivo foi de 53,2%. A mediana do tempo de CPP foi de 30 minutos (IQR: 15-45). Em 71,2% dos casos os RN tiveram a oportunidade de iniciar a amamentação na primeira hora de vida, sendo que 74,4% destes efetivamente apresentaram sucção. O tipo de contato da mãe-RN não influenciou na duração da amamentação, embora os RN que não realizaram CPP tenham sugado por tempo discretamente inferior (p=0,906). A temperatura da sala de parto não mostrou associação estatisticamente significativa (p>0,05) com o tipo de contato mãe-bebê, mas teve associação significativa (p=0,037) com o início do aleitamento. Conclusões: Constatou-se que adesão da prática de contato pele a pele ocorreu na maioria dos casos. O contato pele a pele deve ser encorajado durante, pelo menos, a primeira hora de vida após o nascimento, com o mínimo de interrupção e até que a primeira amamentação seja concluída, desde que a mãe eo recémnascido permaneçam estáveis. Sugere-se que sejam realizados estudos futuros para investigar grupos de igual tamanho de RN nascidos de parto normal e de cesárea com o propósito de analisar associação com o contato pele a pele.Background: Healthy newborns (NB) go through a smoother transition to the extrauterine environment when placed in skin-to-skin contact (SSC) with the mother immediately after birth. This is due to a quicker stabilization of breathing and temperature and a decrease in stress and crying levels. The uninterrupted practice of skin-to-skin contact immediately after birth to every healthy newborn for at least one hour and breastfeeding are recommended by the Ministry of Health. Objective: We sought to analyze the factors related to SSC between mother and newborn and the opportunity of breastfeeding in the first hour of life. Method: This study was conducted in an obstetric center of a Child’s Friend hospital in Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil, and had a transversal and observational design. The researcher monitored the interaction between mother and baby after birth for 60 minutes. Term newborns with ≥2500g, following both vaginal and cesarean delivery, were included in the study. Children from mothers with drug use history or suspicion, HIV-positive and congenital anomalies were excluded. Results: Then, 111 mother-baby pairs were included, 68,4% (n=76) born vaginally, and 31,6% (n=35) born by cesarean. The prevalence of skin-to-skin contact in the first hour of life was 81%. However, it was evidenced that it is common in the first hour of life to place the RN wrapped in blanket on the mother - the so-called "skin-to-wrap contact”. Thus, 53,2% practiced SSC exclusively. The median time to skin-to-skin contact was 30 minutes (IQR: 15-45). The onset of breastfeeding was promoted for 71.2% of newborns, and 74.4% of them actually had suction. The type of mother-baby contact did not influence the duration of breastfeeding although NB that didn’t had SSC had sucked for slightly lower time (p=0,906). The temperature of the birth room did not show statistically significant association (p>0,05) with the type of mother-infant contact, but had association with the begin of suckling (p=0,037). Conclusions: It was observed that adhesion of the practice of skin-to-skin contact occurred in the majority of the cases. Skin-to-skin contact should be encouraged for at least the first hour of life after birth, with minimun interruption and until the first breastfeeding is completed as long as the mother and newborn remain stable. It is suggested that future studies be conducted to investigate groups of equal size of RN born from normal delivery and cesarean section with the purpose of analyzing association with skin-to-skin contact.application/pdfporEnfermagem neonatalAleitamento maternoRecém-nascidoSalas de partoNeonatal NursingBreastfeedingInfant, NewbornDelivery RoomsFatores relacionados ao contato pele a pele entre mãe e recém-nascido e a oportunidade de amamentação na primeira hora de vidainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de EnfermagemPrograma de Pós-Graduação em EnfermagemPorto Alegre, BR-RS2017mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001023111.pdf.txt001023111.pdf.txtExtracted Texttext/plain95270http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/234377/2/001023111.pdf.txt96d763095e5a99f41b5877b5d62c1797MD52ORIGINAL001023111.pdfTexto completoapplication/pdf1162307http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/234377/1/001023111.pdf95fdcea457174e83949e99a200e54ebaMD5110183/2343772022-02-22 04:59:06.994832oai:www.lume.ufrgs.br:10183/234377Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-02-22T07:59:06Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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